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Quarta-feira,
7/12/2005
Comentários
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resposta aos ouvidos cansados
Prezado Mário. Defendo, sim, a moçada. Dentro do meu trabalho junto a essa geração que está aí, aprendi a valorizar suas expressões, o modo como interpretam e dão retorno à cultura que lhes é imposta. Mas a arte não é reponsável pela geração de lendas e mitos como imagina. Ela apenas trafega por eles e através deles, faz leituras, usa-os como metáforas. O mito nasce dos valores sociais, de um desejo coletivo de idealização e sacramentação. Os adolescentes fazem muito isso, quando idolatram um cara como o Kurt Corbain, por exemplo. Outra: arte também é pode se imiscuir no celular, no outdoor, no grafite, no clip ou na web. Não separe,Mário: junte, agregue. A arte está mais próxima de vc do que pensa. Tem que ter olhos para ver, ouvidos para ouvir, mas não dá pra ver e ouvir sem pensar. Se pensar é o que cansa, tá faltando exercício. Beijo, Paula.
[Sobre "Arte para quem?"]
por
Paula
7/12/2005 às
10h48
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resposta ao Jardel
Olá, Jardel. Eu não quis dizer que o olhar das crianças é mais acurado que o dos adultos. Apenas utilizei o olhar juvenil como metáfora de uma atitude fresca e descondicionada de valores estéticos mais conservadores. Também não signifiquei que só o que é contemporãneo presta e o que é antigo deve ser enterrado. Há tanta coisa boa e ruim em arte contemporãnea quanto nas produções passadas. Contudo, só há um jeito de aprendermos a discernir (e veja que mesmo entre a crítica especializada não há consenso): é experenciando e nos informando à respeito. Minha proposta com este texto é fazer uma provocação e um apelo: é preciso que os adultos aprendam com as crianças esta atitude desprendida, relaxada e, porque não dizer – irreverente – em relação a arte dos nossos tempos. Deixando para assumir uma postura crítica e reflexiva para quando realmente souber do que está falando. Abç, Paula
[Sobre "Arte para quem?"]
por
Paula Mastroberti
30/11/2005 às
19h16
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resposta ao mediador
Ok, Rodolfo. De fato, quando a gente escreve um artigo – ainda mais para a web! – a gente tende a simplificar certas asserções a fim de dar mais destaque ao tema sobre o qual se está refletindo. No caso, eu apenas introduzi a imagem do visitante jovem como ponto de partida para uma reflexão que se pretende maior, e que tema ver com o seu comentário: a receptividade às novas linguagens artísticas. É preciso, muitas vezes, vir despreparado, ou descondicionado, no mínimo desapegar-se dos vícios que uma educação demasiado tradicional nos incute. Tenho noção da caricatura do meu texto, mas fiz isso em nome de uma visão desconstrutiva. Parti de uma radicalização para depois estruturar uma nova idéia ou perspectiva, associando a juventude, ou inexperiência, a uma maior aceitação da sensação de estranhamento que nos acomete quando em frente a arte contemporânea. Abraço, Paula.
[Sobre "Arte para quem?"]
por
Paula Mastroberti
30/11/2005 às
19h03
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papo de mãe pra mãe
Mas-bah! (como se diz aqui no sul). Ana, tô contigo em todos os graus de tentativa e acerto. Tragetórias semelhantes: sou formada em artes, já fiz cinema, já tive banda, só me sobrou o papel e a caneta (e o computador, por extensão). Depois que a gente tem um filho, as mídias de expressão se minimalizam, e a vida fica mais punk. Tudo pra melhor! Teu guri é tão lindo quanto a minha guria (papo de mãe olhuda). A minha diz que é poeta, e ama instalações e arte cyber-digital. Tem sete anos e meio. Tomara que o teu filho goste de mulher mais velha... Beijão
[Sobre "Escritora-apesar-de"]
por
Paula Mastroberti
5/11/2005 às
09h13
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Julio Daio Borges
Editor
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