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Sábado,
22/2/2003
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Penas ao ar
Um resgate desse teor deveria sair na imprensa todos os dias. Simona era a própria música encarnada, o encanto inocente de um povo brincalhão. Quanta alegria ofereceu aos atentos. Eram anos de dureza ideológica entre oriente e ocidente, disputando o quinhão dos despojos deixados ao longo dos rastros das lagartas de seus blindados. Aqui a elite pensante vivia seu bom momento histórico, tinha o braço armado legal para conter a represa já cheia de fraturas. O rompimento era uma questão de tempo. Rio abaixo já se construia a canalização das águas. E os "intelectuais" da imprensa escusa a desencarem o pau em cima de tudo. O negócio era a tiragem e a condição de arautos da liberdade que eles mesmos deixavam escapar por entre os dedos enquanto bolavam a mais nova figura de liguagem para a próxima edição, mesmo que fosse palavrão, regados, é claro, à cerveja ganha só pelo cachê da freqüência nos botecos da inconfidência. Compromisso com a lei, a verdade e o rigor da informação? nem pensar. O negócio era abrir e sacudir as penas do travesseiro. Foi isso o que ela irresponsavelmente fez a um dos maiores talentos musicais do Brasil. Com Wilson e com a família dele, que até hoje não lhe viu restabelecido o respeito devido.
[Sobre "Simonal e O Pasquim: nem vem que não tem"]
por
Luiz Carlos de Sousa
22/2/2003 às
15h31
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(+) Luiz Carlos de Sousa no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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