COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Domingo,
14/4/2002
Comentários
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Oh Heitor, o fervoroso
Heitor, Não entendi a razão de você levantar a questão da parcialidade/imparcialidade, mas vamos lá. Não existe nada na estrutura de nossa mente (psiquê) que "impeça" o ser humano ser imparcial; ser parcial é totalmente voluntário. Aqui vai a definição de parcial pelo dicionário do Houaiss: "que toma partido a favor ou contra uma pessoa, uma facção etc., sem que importe a justiça ou a verdade; injusto, partidário". Logo, a parcialidade é um termo pejorativo. Na realidade, a mente é estimulada por preferências porque há opções no mundo externo - prefere-se o mais agradável ao desagradável. Num nível conceitual e em questões abstratas (como ideologia e correntes filosóficas, etc), existem os termos parcialidade e imparcialidade - e, repito, essa modalidade mental está num nível de pensamento em que ser parcial é totalmente voluntário. Agora, se esse seu comentário é uma crítica indireta aos sites que indiquei porque há grupos de pessoas que querem ser conciliatórias, isso não tem nada a ver com imparcialidade, pois ser cordato e conciliatório é apenas ouvir o outro lado e tentar uma saída comum, levando em conta interesses mútuos. E não quer dizer que sejam imparciais ou alheios. Bem, agora, vamos lá com relação ao pacifismo amadorístico, que nem sei bem o que quer dizer e nem sugeri em momento algum. Não há níveis de pacifismo. É como a questão do velho exemplo de estar "meio grávida". Ou se está ou não se está. Pacifismo ou não-pacifismo. Quanto a insinuar uma ingenuidade - que até seria bom ter na minha idade - digo que sei suficientemente de Teoria do Estado - matéria que sugiro a todos que discutem política - inclusive aos políticos, para saber sobre a estrutura do Estado e como ele funciona. Portanto sei que a formalidade da paz e da guerra exigem certa burocracia do ponto de vista dos tratados e que a sociedade civil nesse caso não pode tomar a iniciativa, pois não é legalmente competente. Mas a população, de forma organizada, pode pressionar e apresentar soluções. O Governo está cada vez mais sensível a ações civis. E, digo mais, a paz desejada pela população tem, a meu ver, mais legitimidade que um ato governamental - muitas vezes vazios or ser apenas vontade de um político. Bem, quanto ao pacifismo na nossa sociedade, cabe registrar que essa é uma das diretrizes de política externas do Estado brasileiro, conforme determina nossa Constituição, por sua vez, em conformidade com os cinco conceitos básicos da Carta da Nações Unidas - aliás não entendo ser contra a ONU, como o Rafael afirma, pois trata-se de uma organização que é na verdade um grande forum, como este aqui, do DC, só que são diplomatas credenciados por seus governos que discutem o ponto de vista de seus governos e que depois chegam a conclusões através de resoluções na Assembléia Geral ou então no Conselho de Segurança quando há matérias mais críticas e iminentes. Mas retomando a questão de amadorismo em contrapartida aos que você diz que são mais competentes porque estão na máquina estatal (políticos, militares e diplomatas), vale notar que ninguém na máquina do governo é melhor ou pior de qualquer um de nós aqui. Alías, é da população que saem os funcionários do governo, eles não são surgem do além nem são alienígenas. Foram às mesmasescolas que nós e estão por aí, nos restaurantes, nas ruas.... É gente de carne e osso. Portanto, amadorismo serve para esportes e não para qualificar pessoas que desejem promover a paz. E, por último, Heitor, obrigado por me obrigar a escrever estas definições, que estão sendo úteis para por a minha mente atenta. Apesar de te encher, valorizo o teu fervor por tuas idéias. Continue me provocando!! Abraço dominical, Antonio
[Sobre "O injustificável"]
por
Antonio Oliveira
14/4/2002 às
21h06
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(+) Antonio Oliveira no Digestivo...
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Elogios ao Eliahu
Eliahu, Acho que você foi a pessoa mais honesta e realista de todos que escreveram aqui, pois fala ponderadamente sem insultar o adversário - e se o fizesse, estaria até justificado pois está literalmente "no calor da batalha" aí em Israel. Acho esse respeito fundamental. Além do mais, a realidade que você presencia no seu quotidano te dá credenciais reais. Creio que pessoas como você deveriam estar no poder em Isreal e na Palestina nestas horas. Ao Heitor, gostaria de usar o Eliahu, se ele permitir, como exemplo de que há na sociedade civil pessoas com mais sensatez e bom senso que os que estão dirigindo a situação política. Se déssemos o controle do estado às pessoas como o Eliahu, elas desejariam ter em suas mãos poder suficiente para tentar garantir que o amanhã seja melhor que o presente e o passado. Entretanto, uma grande parte dos dirigentes e dos políticos querem um poder que não existe - que é virtual, que vai além do poder usável para fazer algo concreto; é um poder que não tem começo nem fim, e cujo propósito muitas vezes serve apenas para preencher um ego vazio. Quem não tem a chamada "aspiração política" geralmente se satisfaz apenas com que as coisas sejam feitas, não lhes interessa o poder execessivo. Não digo que não existam políticos honestos e genuínos, mas como todos aqui sabemos, é uma raridade. Portanto, esse seria o recado com relação ao seu comentário sobre deixar a paz nas mãos de "amadores". Aliás, a frase é: "a guerra é tão importante que não se pode deixar na mãos de generais!". Abraços,
Antonio.
[Sobre "O injustificável"]
por
Antonio Oliveira
14/4/2002 às
19h46
200.193.226.137
(+) Antonio Oliveira no Digestivo...
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A paz e sociedade civil
Nunca vi ninguém convencer ninguém em política. De qualquer jeito, o debate faz bem. De minha parte, reitero o que escrevi num outro comentário no Digestivo Cultural: em conflitos armados não existem mocinhos. Não há elegância na guerra, de parte a parte.
Pelo relato do Eliahu, me convenço de que a humanidade estaria mais a salvo se as sociedades civis tomassem a iniciativa da paz. Tenho certeza que existem tanto palestinos quanto israelenses que não aguentam mais o conflito, que desejam poder deitar a cabeça no travisseiro com suas famílias e ter uma noite de real paz e tranquilidade, sem o ruído de tiros e explosões à distância - e às vezes nem tão longe... Você que vive em Israel, me diga se não é esse o sentimento, Eliahu? Vejo entrevistas pela CNN e BBC com palestinos e israelenses, pessoas normais como qualquer um de nós aqui, chorando e tremendo porque não sabem como será o amanhã. Eles querem uma vida normal, trabalhar, estar com a família etc. O que está acontecendo é um horror para os dois lados. Não sei se podemos dizer que um lado está ganhando e o outro perdendo. Na tragédia não se lucra. Mas aqui vai uma dica para os internautas que lêem inglês e que desejam ver iniciativas de paz de verdade entre Israel e Palestina, de pessoas e grupos não-governamentais. Vejam os seguintes sites abaixo, onde encontrarão outros links de israelenses/judeus e palestinos a favor da paz. Em especial, vejam o último site, do "Jews for Justice in the Middle East" (Judeus a favor da Justiça no Oriente Médio). Estes são os sites: www.ariga.com/
www.gush-shalom.org/
www.cactus48.com/truth.html
Abraços e shalom, Antonio Oliveira.
[Sobre "O injustificável"]
por
Antonio Oliveira
13/4/2002 às
22h20
200.193.226.137
(+) Antonio Oliveira no Digestivo...
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Iniciativas de paz de verdade
Para os internautas que leiam inglês e que desejam ver iniciativas de paz de verdade entre Israel e Palestina, vejam os seguintes sites abaixo, onde encontrarão outros links de israelenses/judeus e palestinos a favor da paz. Em especial, vejam o último site, do "Jews for Justice in the Middle East" (Judeus a favor da Justiça no Oriente Médio) onde encontrarão um detalhado relato dos fatos sobre toda a questão. É um texto definitivo. mas é só para quem quiser se informar de verdade. Estes são os sites: www.ariga.com/
www.gush-shalom.org/
www.cactus48.com/truth.html
Abraços e shalom.
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Antonio Oliveira
13/4/2002 às
21h43
200.193.226.137
Antonio Oliveira no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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