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Terça-feira,
13/8/2002
Comentários
200.193.98.157
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Bruno Tolentino e Paulo Coelho
Eduardo, curiosamente um dos autores a quem, como observaste, falta reconhecimento oficial, o Bruno Tolentino, elogiou "Veronika decide morrer". Não li o livro, não gostei do pouco que li do Paulo Coelho e acho a prosa desse poeta muito confusa, por isso não fiz caso de enfrentar a crítica; mas lembro que saiu na Bravo! ou na República. Outra coisa: nem sei se lhe falta reconhecimento "oficial", já que Tolentino ganhou vários prêmios. Talvez falte mesmo o reconhecimento do reconhecimento. Um abraço!
[Sobre "Demorou"]
por
Guilherme Q.
13/8/2002 às
23h16
200.193.98.157
(+) Guilherme Q. no Digestivo...
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"Ismos"
Concordo, Hélion, que o samba "fale" perfeitamente bem sobre aquilo a que se propõe, não menos do que Bach, o Bonde do Tigrão ou uma criança batendo panelas. O que põe uns acima de outros é justamente o quanto cada um pretenda dizer e diga. Vamos aos mal-entendidos que continuam: quando eu digo "alta cultura", quero dizer alta cultura; e tu, quando dizes "cultura erudita", queres dizer alta cultura? Quando eu afirmei que ela era expressão dos dominadores, adotava, para ilustrá-lo, o modo de ver dum multiculturalismo de ressentidos que vê em toda parte algum "ismo", ou machismo, ou imperialismo, ou racismo, ou eurocentrismo, e censurando o objeto de sua revolta se acham muito pluralistas. O Harold Bloom chamou a isso "culture of complaint". De modo nenhum eu sou contra a variedade de culturas, nem direi coisa alguma contra o que haja de valoroso em cada uma delas. No entanto, há por aí esse multiculturalismo lamentável que vive de encontrar indícios e mensagens de opressão contra as "minorias" em toda a cultura e de interpretá-la como ferramenta de algum inimigo, a burguesia, as "oligarquias", o diabo a quatro. O texto do O. de C. apresenta a origem desse cacoete mental. Não é, como dizes, "achista", a menos que descrever fatos e resumir doutrinas seja o mesmo que dar palpites. Está ótimo discutir os fatos e contestar os resumos, se quiseres; mas nunca fingir que se trata de opiniões somente, e não de uma versão dos fatos. Se quiseres outras versões, põe MARXISM e MULTICULTURALISM no Google. Vais encontrar logo uns tantos autores relacionando, como ele, doutrina marxista e multiculturalismo. Ou podes ainda ler o citado Harold Bloom queixando-se de ver os clássicos de língua inglesa julgados por critérios políticos, em vez de literários: http://bostonreview.mit.edu/BR23.2/bloom.html Pessoalmente, nunca investiguei muito o que era isso porque já mo explicara mediante seu próprio exemplo uma professora universitária que, anos atrás, me dizia que não há povo tão estúpido quanto o "homem branco ocidental", só porque esse povo besta não arraigou o bastante as idéias de igualdade dos sexos e das raças, liberdade de pensamento, ativismo ecológico e outras maravilhas... justamente inventadas pelo homem europeu. Era o mesmíssimo raciocínio paradoxal que Carvalho atribui à Escola de Frankfurt e à revolução cultural.
[Sobre "O pensamento biônico"]
por
Guilherme Q.
13/8/2002 às
22h10
200.193.98.157
(+) Guilherme Q. no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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