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Domingo,
8/8/2004
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Urbanismo no Brasil
Oi, Daniela. Que bom você estar de volta, pois nos encantará com seu poder de observação, análise e síntese, olhando as coisas de nosso chão, em vez de alhures. Sobre o texto da semana, você nos oferece uma boa base para a reflexão. Concordo que o tecido urbano, da maioria de nossas cidades, é visto apenas pela lupa ou luneta financeira, sem quaisquer perspectivas histórica e social. Isto é feito não apenas pelas empresas do ramo - que têm a missão de sobreviverem, pelos proprietários de áreas urbanas - que nem sempre têm dinheiro líquido e precisam "fazê-lo", pelos arquitetos - que se (de)formam com o rastero objetivo da sobrevivência, tornando-os (inocentes) úteis às empresas incorporadoras, mas também - de novo, de nossas instituiçoes públicas ligadas ao tema, alías, míopes com todas as demais. O incrível é que muitas das intervenções urbanas para criar novos empreendimentos, como o condomínio referido, dão às costas não só às questões históricas, mas também a alguns princípios do próprio urbanismo, como a existência da diversidade de usos, como forma de dar vida ao local, à cídade. Esses empreendimentos pausterizados - embora com várias imperfeições em termos de vida social, são até úteis em locais degradados ou ermos, para criar um novo destino urbano e, ao seu redor, vida. Mas regiões da cidade onde já há vida - embora que entrópica, são catalizadores da confusão urbana e criadores do distanciamento na vida população e sua cidade. Parabéns pelo texto.
[Sobre "Qual a história para a nossa cidade?"]
por
Bernardo B. Carvalho
8/8/2004 às
19h48
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(+) Bernardo B. Carvalho no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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