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Quarta-feira,
30/8/2006
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O teatro de Bergman
Bergman só é um cineasta porque produziu filmes; a frase é, desculpe-me, óbvia. Lidando com cinema é natural (ou espera-se) que alguma coisa da especificidade (argh!) cinematográfica apareça na obra. Assim é que Bergman acaba focando os rostos ou usando algum corte, alguma montagem, tipicamente cinematográfica. Mas ele faz isso quase relutantemente. Bergman "pensa" como diretor de teatro. "Gritos e Sussurros" ou "O Sétimo Selo" poderiam ser facilmente montados em palco, sem grandes problemas. Se alguém tentar uma coisa dessas com, digamos, "2001 - Uma Odisséia no Espaço", essa eu queria ver. Mas isso realmente não importa. Bergman é um grande autor com seu grande e sombrio teatro que esfarela questões sem importância. Um teatro que não é pra todo mundo, não é pra mim, que preciso de pelo menos um ano de intervalo entre dois filmes dele, para me recompor de toda aquela morbidez cristã excessiva.
[Sobre "A despedida de Ingmar Bergman"]
por
Guga Schultze
http://gugasic.blogspot.com
30/8/2006 às
15h54
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(+) Guga Schultze no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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