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Sexta-feira,
24/12/2004
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O que eu queria mesmo...
Viva a mediocridade! Viva os ladrões de projetos! Viva o apelo ao acadêmico/tradicional/familiar e vamos enforcar todos os loucos. Sim, vamos abolir as idéias absurdas, vamos abominar a gratuidade da possibilidade de um gênio. Vamos sufocar o que há de humano em nós, em nome de algo maior: a sociedade, ou o socialmente aceitável. Mas, me desculpe, estou sendo panfletário, chato, arrogante. É que gostaria simplesmente de estar em minha sala tomando chá, comendo bolachinhas, cercado de impersonalidades. Tudo isso me cansa e eu não consigo me livrar disso, da humanidade. É meu vício olhar para eles, olhar para mim. Entristeço. Então acendo um cigarro e os reclames de TV falam da vida saudável. Ora, ora... viva os comerciais de margarina!!! Mas quem vai me enganar? Todo o talento dos publicitários é absurdamente inútil. Mas estou digitando tanta coisa e não estou dizendo nada... onde chegar? Cinismo ou esperança? Ah... as crianças não se importam... pelo menos, parecem não se importar. O que eu queria mesmo é retornar a um estágio em que uma ignorância sublime tomasse meu ser e eu fosse conduzido pelas mãos de um ser benevolente (mesmo uma imagem assim já foi rechaçada em/por minhas convicções). Olha, Andréa, no fim, devo dizer que eu queria mesmo é ter uma idéia original de mundo. Queria que não fosse algo amargo. Mas é. Amargo e nada original. Lamento... E a vida deve seguir (vida ou subvida?), devo eu cuidar de tirar a poeira de meus 5000 livros amargos e que gritam histericamente "Use-me, use-me e obterá sucesso!". Bom, adeus por ora!
[Sobre "Quase uma Tragédia Grega"]
por
Alessandro de Paula
24/12/2004 à
01h33
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(+) Alessandro de Paula no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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