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Sexta-feira,
5/6/2009
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Já senti o amor proibido
Me apaixonei pelo pai da minha melhor amiga. Nos conhecemos quando eu tinha 17 anos. Na mesma época, meses antes, conheci meu primeiro namorado. Ele também estava se envolvendo com uma outra pessoa... Por onze anos mantivemos uma distância segura. Cada um com os seus relacionamentos. Eu dizia de brincadeira para a minha amiga: "Quando o seu pai ficar solteiro, eu sou a primeira da fila. Tenho preferência por tempo de serviço, por todos esses anos de amizade..." Bem, o mundo dá voltas e DEFINITIVAMENTE temos que ter cuidado com o que dizemos! Ano passado, logo após o término de um longo relacionamento, essa amiga me convidou para viajarmos juntas. Eu aceitei. Precisava respirar um ar novo, restaurar as minhas forças. A informação de que ELE também iria estar lá não me desanimou, nem acendeu nada, afinal eu tinha acabado de vez um relacionamento de onze anos de idas e vindas. Ele foi antes e quando nós chegamos ele ficou super feliz. Os dois primeiros dias foram excelentes. À noite eu chorava baixinho na sala escrevendo pensamentos desconexos num bloco de anotações, purgando de vez aquela morte. No terceiro dia notei a mudança nele e perguntei se tinha acontecido algo. Aí é que eu soube que ele também tinha terminado o seu relacionamento, também confuso e também de onze anos, logo antes da viagem. A coincidência mexeu um pouco comigo, confesso. Mas eu tinha acabado de tirar um peso de cima de mim, a última coisa que eu queria era me envolver com quem quer que fosse! Os dias foram passando... Às vezes percebia que ele evitava fazer muitas programações com nós duas, mas ok. Na véspera de ele ir embora, ficamos completamente sozinhos em casa pela primeira vez. Foi um momento de tensão. Eu querendo tomar um drink, mas chovia e eu não podia sair pra comprar sequer uma cerveja. Não podia sair para dar uma volta no parque debaixo do chuvaréu. O jeito era inventar uma atividade segura. Era fim da Copa Europa, o porteiro nos falou mais cedo. Ligamos a TV. Ele sentou no mesmo sofá que eu, não sei por quê! Assim assiti ao jogo de futebol mais tenso da minha vida. Não lembro o placar, nem os times que estavam em campo, apenas um intenso medo e um igualmente intenso desejo... [Rio de Janeiro - RJ]
[Sobre "Promoção Elogio da Madrasta"]
por
Luciana Palhares
5/6/2009 às
16h04
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(+) Luciana Palhares no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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