COMENTÁRIOS
>>> Comentadores
Sábado,
19/5/2007
Comentários
201.21.106.114
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Ser descoberto?
Dri, ser descoberto? Por Deus! Escritor que se preza não cai nessa lorota de Brasil colônia; já éramos Brasil muito antes dos portugueses, já somos o que somos muito antes de um zé chegar e nos imprintar uma marca. Tem muito escritor bicho grilo, passa dos 30 escrevendo e indo em sarau. Não sabe a importância de dar uma entrevista, teatralizar um texto, participar de uma ONG. Outros [esses sim], criam sites, trazem propostas mais interativas, contemporâneas. Ser descoberto? Olha! Acho que isso é um luxo de poucos. Basta que se aperte a mão do publisher, tome um cafezinho. Ou você acha que um bom material e um bom público é suficiente? Esses atributos, eu e muitos outros já temos. Mas não basta. À editora não vale apenas o que o mercado está ditando como padrão, mas o autor que, de alguma forma, consegue se infiltrar no quadro daquela empresa, marcar uma reunião, apresentar os prós e contras de seu projeto. E todas elas, meus amigos, não nos permitem fazê-lo. Querem por correio.
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Marcel Dias Pitelli
http://www.marcelpitelli.com.br
19/5/2007 às
18h52
201.21.106.114
Marcel Dias Pitelli no Digestivo...
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Brainstorm? Era protesto!
Tá bom, Julio! Eu fui lá e fiz meu blog! Coloquei um texto legal, que impactou vários amigos meus; alguns escritores, outros não. Mas e aí? Como divulgar essa joça? Sabe o que eu acho? Entra no orkut! Estamos criando a história em Word, ilustrando com o Image Bank. Aí, você pega o PDF 995 e transfere o arquivo doc para formato pdf, tranca contra cópia. Finalmente, vai no RapidShare e disponibiliza para download. Agora estamos falando. Acho que blog vai sair fora. Está se tornando uma ferramenta para diário pessoal. Ninguém lê seu blog, a menos que você o tenha cruzado com blogs de famosos ou você seja um. Meu livro foi divulgado em todo Brasil; todo mundo gostou, vendeu e a tiragem acabou. Agora eu peno para encontrar uma editora comercial que o banque. O leitor nunca tem $; o editor está sempre ausente. Nós estamos lá no orkut, escrevendo e arrasando nas comunidades literárias, abrindo sites, ajudando outros escritores. Infelizmente, o papel e o selo ainda contam e muito...
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Marcel Dias Pitelli
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18/5/2007 às
22h01
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Opinião [parte 5]
De outra forma, parece-me que a literatura, de uns tempos para cá - e a televisão muito teve a contribuir -, está se direcionando ao escracho. Finalmente, temos livros curtos, práticos, que passam uma mensagem digerível a ambos os gêneros, alguns que se atrevem a cruzar todas as faixas etárias: um contra-senso, o nonsense. Maquiavelice, sátira deslavada; coisinhas e maldições que não são para serem lidas e pronunciadas, o tal do INDEX nos instiga. Quem duvidar, comecem a observar os dramaturgos contemporâneos, ver o caminho que estão traçando. A globalização, distribuição desigual de renda, crescimento acelerado das cidades; temos uma inversão de valores, desestabiliza e instaura novos padrões estéticos na metrópole; o paulistano, no caso, está frio, distante e indiferente. O intelectual se coloca em ar de superioridade e ridiculariza a pobreza. Vivemos uma era de individualismo e desagregação social.
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Marcel Dias Pitelli
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17/5/2007 às
15h11
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Opinião [parte 4]
Querem saber da verdade? Vou dizer a vocês, talvez relatando minha experiência; por certo, deve ser pequena em comparação à dos amigos jornalistas e blogueiros [nunca acreditei em blog, essa ferramenta unilateral]... Mas vamos por partes! Primeira coisa: com exceção a alguns blogs portugueses, ilustrados e cruzados [comunicados?], com vídeos e outras ferramentas midiáticas; os demais, a menos que sejam ‘impressionantes’, estão fadados a morrer. No Brasil, isso se reforça. Blogs de amigos meus, escrevem magistralmente, não têm visitas.
Amigos, não é que o brasileiro não leia. Aliás, esse me soa um daqueles estereótipos que nos imputamos, reforço da transculturalização; como o do poderio americano e com o qual persistimos em nos equiparar sem antes estudarmos as imagens, a publicidade e o ‘Soft Power’. Assim fosse, literatura precária, jornal, revista, quadrinhos, Mangá, nada se venderia no Brasil.
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Marcel Dias Pitelli
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17/5/2007 às
15h09
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Opinião [parte 3]
Julio tem razão em alguns pontos. Acredito que quis falar de ambivalência, mas não chegou a mencioná-la. Afinal de contas, escritores que somos, expostos a leitores e toda uma mídia, já não nos basta a tal autocrítica [a nos deglutir vivos], devemos também fatalmente nos adaptar a uma realidade líquida e conceitos de mercado a nós sigilosos. Quando se trata de autocrítica, eu e muitos que conheço, nos pegamos num continuum refazendo a musicalidade de um trecho até que ressoe como um senoidal. Essa, para alguns lingüistas, seria uma forma de captar a atenção do leitor, tão disperso ao som de buzinas, o choro de caninos e bebês desmamados. De certa forma, parece-me que a ‘boa literatura’ está à mercê da realidade, turvando-se mais ficcional do que a própria ficção.
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Marcel Dias Pitelli
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17/5/2007 às
15h07
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Opinião [parte 2]
Não sei o que dizer: vim pedir espaço no Digestivo [assim como noutros sites literários], publicar meus contos, e o trabalho não é fácil [dentre várias linhas, sou colunista de Relações Internacionais pelo www.mundori.com.br, escrevo surrealismo, psicológico, suspense, realismo fantástico e poesia]. Meu nome já saiu no Diário de SP, no Jornal do ABC, na Jovem Pan, na coluna de Cezar Giobbi, Mônica Bergamo... Big shit? Yeah! Vez em quando estou no Chateaubriand, lendo ‘curtinhos’ a platéias de 200 pessoas. Esta semana, sentei-me ao lado de Marcelino Freire, entreguei-lhe meu livro [‘Sila’, o primeiríssimo de uma trilogia... Meu site é legal, temos todo um trabalho no Orkut; um trecho que foi também teatralizado no Chateaubriand - atores vindos do Nilton Travesso - e está online]. O que posso dizer, ‘Brasileiro não desiste nunca’? Que talvez um dia eu crie um blog e dê espaço a todos? Não sei. Eu precisaria me colocar na pessoa do Julio, saber o que é esse lado de selecionar e desprezar.
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Marcel Dias Pitelli
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17/5/2007 às
15h07
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Opinião [parte 1]
Amigos, como vocês mesmos dizem, venho descobrindo a cada dia que mais tenho a saber desse complexo meandro, ‘Mercado Editorial’ [parece se cruzar com fortes noções de sociabilidade].
Julio me conhece, falamos por e-mail várias vezes. Sempre me foi muito cordial. Creio eu, devo fazer parte dessa maldita esfera de estreantes. Dela não consigo me desvencilhar e jamais irei - muito me enraivece a falta de solidariedade num campo tão narcisista quanto as Letras - mais do que nunca, me proponho ajudar os que estão na mesma situação. Muitos estão abrindo sites e cobrando pelo espaço, perpetuando os empreendimentos comerciais que já se exaurem nas esferas editoriais; outros, mais corajosos, abrem espaços gratuitos [Sanfrei Books, Turba Literária, Garganta da Serpente...]. Seria o momento de falar das hierarquias que permeiam as instituições literárias, do quão paradoxais se colocam quando ignoram os ‘novos’ e ao mesmo tempo investem pela freqüentação de leitores? Prefiro nem comentar.
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Marcel Dias Pitelli
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17/5/2007 às
15h04
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Julio Daio Borges
Editor
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