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Sexta-feira,
7/4/2006
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Rosa galáctico
Quero ver se atravesso ao menos algumas milhas de Sertão neste fim de semana. Bravo, Julio! Quando escreves sobre literatura, somos obrigado a imprimir, ler, reler, rereler. Quando tentei ler Rosa, pelo menos uma duas vezes (fui de cara ao Grande Sertão) não senti tanta dificuldade com a linguagem, como advertiam. Você entra naquele universo, há uma lógica própria. O motivo de não continuar foi, sei lá, aquela idéia de que, enfim, é no fundo o tal embate entre bem-mal, deus-demônio, nonada, e estava com uma cabeça tão pós-moderna, em função de outras leituras, que tudo aquilo parecia ter acabado. Bobagem, é claro. Essa, aliás, é uma das nossas maldições de brasileiro. Sem antes entendermos a nós mesmos, e entendermos árvores como Rosa, preocupamo-nos em ser primeiro franceses, depois norte-americanos... Guimarães é uma exuberante rosa de vermelho-vinho aveludado, cujo fascínio só implica em deixar de lado tantas flores de plástico às quais estamos domesticados.
[Sobre "Minha história com Guimarães Rosa"]
por
Rogério Kreidlow
7/4/2006 às
12h02
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(+) Rogério Kreidlow no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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