COMENTÁRIOS
Quinta-feira,
17/5/2007
Comentários
Leitores
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Coisa de feiticeiro
"Mesmo decorando o número da página (fiz isso muitas vezes) eu havia me perdido; mesmo colocando um marcador de páginas no exemplar que eu tinha em casa". Hmmm. Isso parece obra daquele feiticeiro de quem o Dom Quixote fala... brincadeira, Guga. Gostei muito do seu texto, embora eu seja do time que amou o Dom Quixote.
[Sobre "Quixote que nada"]
por
Drica
17/5/2007 às
18h33
200.225.94.130
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Opinião [parte 5]
De outra forma, parece-me que a literatura, de uns tempos para cá - e a televisão muito teve a contribuir -, está se direcionando ao escracho. Finalmente, temos livros curtos, práticos, que passam uma mensagem digerível a ambos os gêneros, alguns que se atrevem a cruzar todas as faixas etárias: um contra-senso, o nonsense. Maquiavelice, sátira deslavada; coisinhas e maldições que não são para serem lidas e pronunciadas, o tal do INDEX nos instiga. Quem duvidar, comecem a observar os dramaturgos contemporâneos, ver o caminho que estão traçando. A globalização, distribuição desigual de renda, crescimento acelerado das cidades; temos uma inversão de valores, desestabiliza e instaura novos padrões estéticos na metrópole; o paulistano, no caso, está frio, distante e indiferente. O intelectual se coloca em ar de superioridade e ridiculariza a pobreza. Vivemos uma era de individualismo e desagregação social.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
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Marcel Dias Pitelli
http://www.marcelpitelli.com.br
17/5/2007 às
15h11
201.21.106.114
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Opinião [parte 4]
Querem saber da verdade? Vou dizer a vocês, talvez relatando minha experiência; por certo, deve ser pequena em comparação à dos amigos jornalistas e blogueiros [nunca acreditei em blog, essa ferramenta unilateral]... Mas vamos por partes! Primeira coisa: com exceção a alguns blogs portugueses, ilustrados e cruzados [comunicados?], com vídeos e outras ferramentas midiáticas; os demais, a menos que sejam ‘impressionantes’, estão fadados a morrer. No Brasil, isso se reforça. Blogs de amigos meus, escrevem magistralmente, não têm visitas.
Amigos, não é que o brasileiro não leia. Aliás, esse me soa um daqueles estereótipos que nos imputamos, reforço da transculturalização; como o do poderio americano e com o qual persistimos em nos equiparar sem antes estudarmos as imagens, a publicidade e o ‘Soft Power’. Assim fosse, literatura precária, jornal, revista, quadrinhos, Mangá, nada se venderia no Brasil.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Marcel Dias Pitelli
http://www.marcelpitelli.com.br
17/5/2007 às
15h09
201.21.106.114
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Opinião [parte 3]
Julio tem razão em alguns pontos. Acredito que quis falar de ambivalência, mas não chegou a mencioná-la. Afinal de contas, escritores que somos, expostos a leitores e toda uma mídia, já não nos basta a tal autocrítica [a nos deglutir vivos], devemos também fatalmente nos adaptar a uma realidade líquida e conceitos de mercado a nós sigilosos. Quando se trata de autocrítica, eu e muitos que conheço, nos pegamos num continuum refazendo a musicalidade de um trecho até que ressoe como um senoidal. Essa, para alguns lingüistas, seria uma forma de captar a atenção do leitor, tão disperso ao som de buzinas, o choro de caninos e bebês desmamados. De certa forma, parece-me que a ‘boa literatura’ está à mercê da realidade, turvando-se mais ficcional do que a própria ficção.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Marcel Dias Pitelli
http://www.marcelpitelli.com.br
17/5/2007 às
15h07
201.21.106.114
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Opinião [parte 2]
Não sei o que dizer: vim pedir espaço no Digestivo [assim como noutros sites literários], publicar meus contos, e o trabalho não é fácil [dentre várias linhas, sou colunista de Relações Internacionais pelo www.mundori.com.br, escrevo surrealismo, psicológico, suspense, realismo fantástico e poesia]. Meu nome já saiu no Diário de SP, no Jornal do ABC, na Jovem Pan, na coluna de Cezar Giobbi, Mônica Bergamo... Big shit? Yeah! Vez em quando estou no Chateaubriand, lendo ‘curtinhos’ a platéias de 200 pessoas. Esta semana, sentei-me ao lado de Marcelino Freire, entreguei-lhe meu livro [‘Sila’, o primeiríssimo de uma trilogia... Meu site é legal, temos todo um trabalho no Orkut; um trecho que foi também teatralizado no Chateaubriand - atores vindos do Nilton Travesso - e está online]. O que posso dizer, ‘Brasileiro não desiste nunca’? Que talvez um dia eu crie um blog e dê espaço a todos? Não sei. Eu precisaria me colocar na pessoa do Julio, saber o que é esse lado de selecionar e desprezar.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Marcel Dias Pitelli
http://www.marcelpitelli.com.br
17/5/2007 às
15h07
201.21.106.114
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Opinião [parte 1]
Amigos, como vocês mesmos dizem, venho descobrindo a cada dia que mais tenho a saber desse complexo meandro, ‘Mercado Editorial’ [parece se cruzar com fortes noções de sociabilidade].
Julio me conhece, falamos por e-mail várias vezes. Sempre me foi muito cordial. Creio eu, devo fazer parte dessa maldita esfera de estreantes. Dela não consigo me desvencilhar e jamais irei - muito me enraivece a falta de solidariedade num campo tão narcisista quanto as Letras - mais do que nunca, me proponho ajudar os que estão na mesma situação. Muitos estão abrindo sites e cobrando pelo espaço, perpetuando os empreendimentos comerciais que já se exaurem nas esferas editoriais; outros, mais corajosos, abrem espaços gratuitos [Sanfrei Books, Turba Literária, Garganta da Serpente...]. Seria o momento de falar das hierarquias que permeiam as instituições literárias, do quão paradoxais se colocam quando ignoram os ‘novos’ e ao mesmo tempo investem pela freqüentação de leitores? Prefiro nem comentar.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Marcel Dias Pitelli
http://www.marcelpitelli.com.br
17/5/2007 às
15h04
201.21.106.114
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nem todo blogueiro...
Concordo plenamente com o Félix Maier, "a realização plena de qualquer autor é ver sua obra publicada em papel, em livro... não numa página virtual". Além disso, Julio, um escritor pode até ser também um blogueiro, mas, obviamente, nem todo blogueiro pode ser "um escritor" (autor de obras literárias, culturais, científicas etc.; ficcionista). Lembre-se disso.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Janethe Fontes
http://palavreando.zip.net/
17/5/2007 às
13h45
200.168.131.24
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Um personagem que amei
Quando li Dom Qixote, precisava ler Dom Quixote. Precisava de um herói ou anti-herói do jeito que ele era. Precisava
de alguém que lutasse contra monstros imaginários, como eu. E gostei desse cara. E gostei do livro e gostei de um tanto de coisa referente a ele. Dom Quixote. Um personagem que amei e continuo amando. É isso. Beijo. Dri
[Sobre "Quixote que nada"]
por
Adriana
17/5/2007 às
13h17
201.54.210.19
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Assim é o leitor que perde...
Parece-me, depois de mais de duas dezenas de comentários sobre este texto do Julio, que temos aqui dois times: os escritores (ou os que querem, um dia, ostentar este epíteto, auxiliados pelos simpatizantes destes) e os leitores (que por sua causa vêm acompanhados pelos críticos profissionais). Vejam o caso do Galera. Seu livro "Mãos de Cavalo" só se tornou um sucesso de crítica depois que leituras ocorreram! Obviedades à parte, é a função dos críticos ler e dizer o que acham, inclusive dos iniciantes, como foi no caso do Daniel. Morram horrorizados, estrebuchem de ódio! Mas é a função do crítico e da mídia analisar o material de um autor iniciante e dizer se vale a pena comprar o livro. O público espera isso destes profissionais. Ler o livro do Scliar ou do Pamuk e fazer uma resenha sobre eles, até eu faço. Se é o dever do escritor escrever bem, é o dever do crítico dizer isso ao público. Ignorar o escritor iniciante é menos do que se espera do profissional de coluna literária.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Albarus Andreos
http://albarusandreos.blogspot.com
17/5/2007 às
12h04
200.218.186.190
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Eu me sinto salva...
Li de uma vez só os textos sobre publicar e sobre a geração argh 90 (não concordo com esse termo, mas tudo bem...). Que alívio, eu me senti salva, embora ainda perdida, pois ainda não consegui publicar meus romances, minha poesia, meus livros de contos. Mas por que me senti salva? Eu jamais, quis, em primeira instância, ser publicada. Eu sempre quis fazer literatura; fiz jornalismo, mas fui estudar Letras e fazer curso de semiótica para entender melhor a questão do texto, da linguagem. Eu jamais quis ir ao Jô; eu jamais curti essa coisa de ser moderninho e ter benesses por ser uma pessoa conhecida; eu não queria ser uma pessoa conhecida; eu queria ser uma autora lida, mas lida de maneira que eu chamo de apropriada, que é através dos livros de papel. Eu adoro livros; eu uso muito, muito mesmo a internet, mas adoro livros. Enfim, é isso. Abraço, Julio!
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
isa fonseca
http://www.hisafarr.zip.net
17/5/2007 às
11h45
200.234.88.38
(+) isa fonseca no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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