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Sexta-feira,
1/6/2007
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Gram e o fim do Los Hermanos
esse segundo CD do Gram está simplesmente perfeito! eu já havia adorado o primeiro, uma verdadeira pérola, um achado após o fim do Los Hermanos... mas este segundo está muito mais elaborado, com letras mais profundas, a instrumentação mais precisa, e o conteúdo existencialista reforçado... pra ouvir muitas vezes seguidas! Junto com outra banda que vem atraindo órfãos do Los Hermanos, "Móveis coloniais de acaju", embora com outro estilo, o Gram se firma como uma das bandas mais criativas do novo rock brasileiro...
[Sobre "Seu minuto, meu segundo"]
por
Angelo
1/6/2007 à
00h24
201.79.29.200
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Exercício seminal.
Ana, nada como permitir que a manifestação mais expressiva, literatura, protagonize sua própria relação com seus interessados. Experimentamos os recortes mais diversos de textualidades poderosas, que não cabem em compassos, regras ou estereótipos e o unico julgamento possível é dos próprios julgadores e seus juízos vagos, que as vezes tornam estéreis letrados em fecundos relatores de sentenças. A expressão da literatura é feita pela experiência do leitor e da sua familiaridade com o código, se há nesse exemplo claro a ponte concreta com a oralidade, ora que os normatistas se denominem gramáticos e vivam a língua como fetiche. Literatura é sobretudo registro e quanto mais domínio das possibilidades e dos recursos, maior será a riqueza obtida dentro das leituras possíveis. Que bom que um evento possa ser narrado; viva a oralidade, e que alguns ainda possam se lembrar o que seja narrativa. Um exercício necessário e como tal rico em todas as suas possibilidades. Valeu, Ana.
[Sobre "Conte a sua versão da história, uai"]
por
Carlos E. F. Oliveir
31/5/2007 às
21h59
201.65.37.4
(+) Carlos E. F. Oliveir no Digestivo...
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O nome do jogo
Gostei da exposição clara do tema mas acredito que algumas posições, mesmo vindo de Borges, a esta altura escapam da perspectiva. Vejo a crítica como um apoio para o leitor em formação e a superestima corrente ao valor da critica traz um certo vício do mercado. Enquanto o leitor não atinge uma maturidade com os elementos que o enredam na literatura, ele deve sim, ouvir amigos, ler cadernos especializados e ter auxílio sabendo que livros custam dinheiro, ás vezes ganho sem mérito. Acredito até que esta história de ganhar dinheiro nada tenha a ver com escrever livros ou vender livros terá alguma coisa a ver com literatura? Apartado de toda esta questão ficou o leitor que este escritor é desde sempre, e o prazer que esta introspecção trouxe para a sua própria formação. Falamos de blogs e livros, acredito que não, o nome do jogo é mercado; e como escrever é um exercício individual em busca de afirmação, é muito comum alguns tropeços do ego, ainda que adiante se reestabeleça algum equilíbrio.
[Sobre "Blogs, livros e blooks"]
por
Carlos E. F. Oliveir
31/5/2007 às
21h37
201.65.37.4
(+) Carlos E. F. Oliveir no Digestivo...
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Dogmas literários e swap
Guga, sempre achei que escritor começasse no leitor, que tornasse escrever necessário e o rigor de escrever com apuro fosse latente. Vejo a disciplina como parte de um compromisso consigo mesmo, em aprimoramento e experimentações. O tanto que já se falou de escritor bom ou ruim, dos aspirantes a escritor; faz parecer uma religião de talento mediunico. Alguns grandes escritores sofrem de uma certa decrepitude dos modelos cosmogônicos em que investiram, então eles ficam repetitivos, perdem de certa forma a capacidade de nos surpreender, mas acredito que isto não os transforme em escritores ruins. Dentro da polêmica alimentada sobre o escritor iniciante, pouco se falou da queda de nível da crítica que celebra uma busca por cânones, é mais fácil. Então que suprimam o sujeito e critiquem textos apócrifos sem referencia pessoal. Escritores jovens ou jovens escritores, não sei... Frequento livros, experimento formas, percebo alguns estilos e reconheço ao menos a ousadia de experimentar.
[Sobre "Escritor, jovem escritor"]
por
Carlos E. F. Oliveir
31/5/2007 às
21h08
201.65.37.4
(+) Carlos E. F. Oliveir no Digestivo...
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Sobre o evento...
Ana, o evento no Museu de artes e ofícios é que dia e que horas, por favor?
[Sobre "Livros e letras"]
por
juliana
31/5/2007 às
18h52
150.164.101.75
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Sobre pedofilia
é um assunto delicado que temos de tomar cuidado pra não tratar com pieguice e não ceder ao senso-comum (que, como você bem nota, costuma estar comprometido com "a hipocrisia do silêncio social"). é muito negativo generalizar a complexidade desse tema, reduzindo-a à personificação daquele que abusa, muitas vezes pintado como "monstro" ou termo que o valha. o abuso de crianças não começa nas mãos do agressor; não só é socialmente silenciado, como socialmente estimulado - basta ver os programas de auditório em que meninas de quatro anos rebolam de mini-saia para uma platéia que urra e baba. mais, muito mais do que delicado, o assunto é extremamente complexo. mesmo uma afirmação como a de que o abuso de crianças é "uma chaga social de todos os tempos, de todos os lugares, de todas as classes", por mais óbvia que possa parecer, não deve ser dita sem reflexão. pois tal abuso só tem sido assim considerado nas últimas décadas.
embora a opressão do mais fraco não seja nenhuma novidade.
[Sobre "Abuso sexual de crianças: do silêncio para a tela"]
por
Marcos Visnadi
http://naminhacanja.blogspot.com
31/5/2007 às
18h04
201.52.69.8
(+) Marcos Visnadi no Digestivo...
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Bom texto, sem ser sisudo
Concordo com a Adriana. Na verdade, o Humor mesmo, "de verdade", é sempre inteligente. Não tem um texto do Guga "sério" ou "sisudo" - e ele tira um sarro legal (discretamente), na minhão percepção, de muita coisa, inclusive dos "aspirantes a escritor", o que é um barato. O García Márquez, só pra citar um, também tem um humor fantástico (fantástico mesmo) no jeito de enxergar o mundo (até o Euclides da Cunha tem, ou desperta). Belo texto, abraços
[Sobre "Escritor, jovem escritor"]
por
Rogério Kreidlow
http://rogerkrw.blogspot.com
31/5/2007 às
16h44
201.67.220.247
(+) Rogério Kreidlow no Digestivo...
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Aula
Ana, nesses pedacinhos de texto revelas o quão instigante, rico, infindável em causos e histórias, é nosso país (esse grande "sertão", afinal). A mudança do foco narrativo é uma aula para muitos "aspirantes". E por mais que a fase dos regionalismos - segundo os livros de História - tenha passado, acho que todas as nossas heranças, nossas muitas heranças, que vagueiam vivas pelo país afora, sempre têm (e merecem) um lugar especial em nossa produção literária. Por acaso, venho fazendo uma releitura de Os Sertões, mais voltada à esta questão da gênese do país. Parabéns por esta "aula". Abraços.
[Sobre "Conte a sua versão da história, uai"]
por
Rogério Kreidlow
http://rogerkrw.blogspot.com
31/5/2007 às
16h12
201.67.220.247
(+) Rogério Kreidlow no Digestivo...
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Reposta (continuação)
Seria esta minha opinião baseada na morfologia? Segundo o Aurélio, existe o uso antiquado do termo “pelo” como aglutinação da preposição “per” com o pronome oblíquo “o” (exemplo: “Padre Antônio Vieira não pudera fazer grandes progressos, pelo não ajudar a memória, rude e pesada”). Talvez esta seja a origem das minhas impressões na interpretação: “pelo” contém essa origem, com carga de pronome oblíquo, transmitindo a idéia de uma situação ativa do suposto sujeito, neste caso o leitor, em busca de uma obra disponível. Já “apenas” não transmite a idéia de quem foi atrás do quê. Este advérbio de intensidade tem a carga exata para o contexto da idéia: “se apenas uma pessoa leu” demonstra a irrelevância da exposição maciça, e também que a validade não pressupõe a publicação. “Subtil” Paralaxe, estaria você “do lado de lá” do Atlântico? Abraço! Vicente Escudero
[Sobre "Blogs, livros e blooks"]
por
Vicente Escudero
31/5/2007 às
13h46
200.168.153.132
(+) Vicente Escudero no Digestivo...
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Resposta (continua...)
Colega "Paralaxe". Sua observação é válida. Entretanto, o trecho do diálogo reproduzido é meramente exemplificativo e, como eu mesmo citei, na linha acima dele: "A conversa foi mais ou menos assim". Essa sua preocupação faria algum sentido se o trecho estivesse completo, terminando uma idéia. Aliás, você não só terminou a idéia como também atribuiu um sentido pessoal. Na entrevista, lembro-me de que Ferreira Gullar, ao dar essa resposta para a telespectadora (despretensiosa, ressalte-se), quis enfatizar a questão da irrelevância da publicação maciça do trabalho diante do processo de criação. Se eu tivesse usado "pelo menos", na minha opinião, estaria transmitindo um sentido no qual o leitor teve que procurar pelo trabalho, uma situação em que o leitor vai até o trabalho que já está publicado... (continua)
[Sobre "Blogs, livros e blooks"]
por
Vicente Escudero
31/5/2007 às
13h38
200.168.153.132
(+) Vicente Escudero no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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