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Sexta-feira,
8/6/2007
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Leitores
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Descartes revisitado
Se você seguir a máxima de Descartes, corre o risco de entrar em outra ilusão, que é achar que só o que pensa existe. Um convite a revisar o conceito de pensar e o de existir. Exemplo: uma pedra não pensa (no sentido cartesiano mesmo), portanto ela não existe. Se nós a pensamos pedra, nós existimos, mas não ela. Mas ela está lá, existindo. Eu pergunto - como é possível que ela exista sem pensar. Talvez ela só exista em nós. Mas parece tão real! Ou: ela pode ter um pensar diferente do meu, tão excludente e preconceituoso, limitado à minha paupérrima percepção sensorial. A pergunta de Hamlet ricocheteia na cabeça - ser ou não ser! e faz a dobradinha - pensar ou não pensar! Sempre há uma pedra no meio do caminho... Cáspite!
[Sobre "Penso, logo existo"]
por
Marcia Rocha
8/6/2007 às
18h14
201.8.103.68
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Nível de leitura
Ótimo texto, Ana. Há pouco, li um ensaio (que considerei muito bom) onde se diz, entre outras coisas, que o escritor escreve para seus pares, e o acadêmico (estudante), para seus professores. A questão da clareza do texto é relativa, também, ao leitor. É complicado dizer isso hoje, quando existe essa tendência de massificação a todo custo nas letras, mas o nível dos leitores é muito variável. Abraços.
[Sobre "Guia para escrever bem ou Manual de milagres"]
por
Guga Schultze
8/6/2007 às
12h42
201.80.147.216
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O escrever insípido e inodoro
Ana, só pra somar: a Web, a indexação dos mecanismos de busca e o uso de anúncios de textos (que dependem da indexação) podem ser a próxima moda do escrever claro, "objetivo", em ordem direta - ou, de outra maneira, escrever insosso, incolor, insípido e inodoro. As probabilidades de um texto claro, "objetivo" e raso ser indexado é muito maior do que um texto mais "criativo" (um "Cruz Credo" no meio, por exemplo, pode linkar anúncios religiosos num blog, num site que não têm nada a ver com religião). Quem diz que, daqui a uns tempos, na ânsia de os textos serem indexados ou renderem algumas verdinha$ não haverá um "padrão" (argh!) pra se escrever também na Web, para facilitar traduções, por exemplo, hein? É só pra somar mesmo. Belo texto, Ana. Ítalo Calvino é "o cara" e as "Lições Americanas", principalmente pra quem sacar um pouco de Mitologia, são peças textuais preciosas. Abraço
[Sobre "Guia para escrever bem ou Manual de milagres"]
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Rogério Kreidlow
http://rogerkrw.blogspot.com
8/6/2007 às
02h44
201.11.65.104
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Cada leitor tem sua história
Luis Eduardo, esse texto só confirma o que eu já havia notado em você: uma preocupação verdadeira em formar leitores. Sempre achei que esses intelectuaus que ficam rotulando as práticas de leitura não querem que ela seja democratizada. Michel Peroni e Joëlle Bahloul fizeram pesquisas sobre o percurso biográfico de diferentes leitores e mostraram que não existe uma linearidade. Cada um tem uma história: lê-se mais em determinada época do que em outra, muda-se o gênero, alguns começam pelos clássicos, outros talvez nunca os leiam... O importante é começar a ler o que se gosta e ter a chance de conhecer e, principalmente, de ter o direito de escolher. Todos os direitos da leitura a todos!Parabéns pelo texto e pela mensagem!
[Sobre "O desafio de formar leitores"]
por
Áurea Thomazi
7/6/2007 às
20h52
200.223.104.207
(+) Áurea Thomazi no Digestivo...
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abri o Digestivo para relaxar
Ana, tarde de feriado. Depois de corrigir um monte de trabalhos, abri o Digestivo para relaxar. Que gostoso "ouvir" essas diferentes versões da mesma história. Fantasiei o fogão à lenha, senti o gostinho do café e ouvi os cachorros latindo ao longe. Viajei até o Jequitinhonha e deu vontade de ouvir outras histórias como essa, nessa "língua" do jeitinho que o povo fala... Parabéns!
[Sobre "Conte a sua versão da história, uai"]
por
Áurea Thomazi
7/6/2007 às
20h09
200.223.104.207
(+) Áurea Thomazi no Digestivo...
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É isso aí
Falou, ou melhor, esceveu e disse, e eu concordo...
[Sobre "O bit, o papel e você no meio"]
por
Anna
7/6/2007 às
14h48
201.70.5.253
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Belo texto!
Parabéns!!!!! Somente surge isso, neste momento: esta pequena expressão, para agradecer pela sensibilidade com que trata a nossa língua portuguesa. Sem palavras diante de tanta veracidade no que li, enquanto, hoje em dia vejo, a língua portuguesa sendo tratada como algo comum (ou mesmo vulgar), em nome de uma "estilística". Respeito a estilística, mas, antes de tudo e qualquer coisa, respeito a língua que falo, pois somente ela é o retrato de quem sou.
[Sobre "Minha pátria é a língua portuguesa"]
por
Normelia Farias
7/6/2007 às
14h40
201.79.216.87
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o ensaio de Ana Janinni
Aí, Ivan: você só falou dos que vieram fazer parte da badalação da notoriedade, mas não dos talentos colaterais e low profiles: o ensaio de Ana Janinni, na época, foi ousado em técnica, linguagem e conteúdo artístico. Vale rever.
[Sobre "Memórias da revista Senhor"]
por
Clarice
7/6/2007 às
14h21
189.12.19.223
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Nonato Luiz: amor pelo belo
Nonato Luiz reafirma o seu talento, a sua inventividade e o seu amor pelo belo. Ele, de forma única e com uma grande "sacada", nos dá o prazer desse som. É sempre gostoso ouví-lo e curtir as suas fantásticas performances. Belo trabalho. É impossível ouvir e não se arrepiar.
[Sobre "Vida de viajante"]
por
Kaika Luiz
http://www.kaikaluiz.multiply.com
7/6/2007 às
11h50
201.9.42.26
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doce exercício da complacência
"Por que a crítica, hoje, não é bem-vinda", do Julio Daio Borges, devia ser reproduzido em toda mídia impressa, nos espaços culturais. Não exatamente para o leitor desses espaços (que já os procura por necessidade de crítica), mas para quem a pratica, não resistindo ao doce exercício da complacência. Há uma enorme ética em dizer "não", "negativo", "tá mal-feito", "é medíocre por isso e por aquilo", "no livro anterior estava em melhor forma" etc. Mas, parece, todo crítico é Salieri e todo "artista" é Mozart. Que que há, moçada? Ler é um ato civilizado, e civilização se faz com construção, reconstrução e, até, com destruição. Tenhamos a coragem de reconhecer que só reputação não basta. Conheço mais injustiças a favor que injustiças contra. Gênios ignorados, deve ter havido na humanidade uns 500. Imbecis idolatrados, um milhão. Não quer ser enganado. Não quero perder meu tempo (tão pequeno e precioso): necessito de uma crítica de discuta, para valer, a obra que li: comigo, com todos.
[Sobre "Por que a crítica, hoje, não é bem-vinda"]
por
Paulo Bentancur
7/6/2007 às
09h25
189.10.171.215
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Julio Daio Borges
Editor
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