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Domingo,
29/7/2007
Comentários
Leitores
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Blogs e auto-ajuda
A internet não acabou com a escrita, mas democratizou a edição. Todos nós podemos escrever e publicar o que desejamos a um custo baixo. O que acaba ocorrendo é um mar de blogs onde cada um diz o que quer da maneira que quer. Estes textos acabam vez por outra se agrupando e tomando a forma de um volume impresso. Que talvez seja lido. Quando a auto-ajuda, apontado por João Macedo como responsável pelo assassínio da literatura, não creio ser este o caso. A literatura de auto ajuda ainda assim é literatura (sem julgamento de valor, se boa ou má). Uma literatura que reflete a realidade de nosso tempo. Há escritores sem leitores, porque todos escrevem, há psicólogos sem clientes, porque todos se auto-ajudam. Lembro-me que o primeiro romance em português foi um livro de auto ajuda: "Máximas de Virtude e Formosura", de Tereza Margarida da Silva Horta. Que talvez percebendo a possivel má recepção (especulo...), mudou o nome do livro para "Aventura de Diófanes".
[Sobre "A literatura de ficção morreu?"]
por
Alvao
http://sombrasesonhos.zip.net
29/7/2007 às
11h58
201.93.249.157
(+) Alvao no Digestivo...
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Antítese da metodologia
Ana, a prática da redação, como tudo nos direciona para um sentido de excelencia insuspeitado. A nossa formação sebastianista ou messianica aponta para uma valorização do talento em detrimento do trabalho arduo de desenvolver um pendor ou uma vocação. Alguns professores que tive primavam por me apresentar os obstáculos para a produção de textos, eram geniais ao demolir qualquer tentativa de expressão, que é o possível naquela idade, e com a frágil relação com a produção de textos. Os canones eram adorados, e aquela época se falava pouco do texto contemporaneo. Tínhamos professores avaros que eram bem sucedidos no intento de constranger a iniciação de futuros redatores. Foi então que abandonei a mão dos professores e busquei o ambiente do leitor obsessivo que consolidou por intuição e por contato com outros como eu, num estudante que poderia experimentar a produção de textos, partindo de uma relação mais aberta e independente com a literatura, então por isso lhes sou grato.
[Sobre "Dar títulos aos textos, dar nome aos bois"]
por
Carlos E.F. Oliveira
29/7/2007 às
11h44
189.24.115.174
(+) Carlos E.F. Oliveira no Digestivo...
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genial, um gênio, fantástico!
Guga, você é genial, um gênio, fantástico! O seu texto me faz saudosista de um Rio que não conheci, mas que aprendi a amar através das letras e melodias cheias de Tom do Jobim. Bjs
[Sobre "Dentro do Tom"]
por
Flávia Serretti
29/7/2007 às
10h01
200.255.80.190
(+) Flávia Serretti no Digestivo...
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Não estamos longe disso
A sub-cultura da auto-ajuda, que despreza o bom texto, vem tentando com insistência - e conivência das grandes editoras - assassinar a literatura. Acho que a morte da literatura está mais vinculada a essa sub-cultura do que à saída de moda da ficção e da poesia, uma vez que isto é consequência da primeira hipótese. E tudo está ligado à sobrevivência heróica do homo sensibilis e à proeminência medíocre do homo robotis.
No dia em que a literatura de ficção morrer, a literatura em si já terá suspirado há muito tempo. E, sinceramente, não acho impossível isso acontecer. Ou seja: verdadeiros escritores, guardiãs da arte, subsistirem numa camada subterrânea da sociedade e da cultura, como os primeiros cristãos nas catacumbas...
[Sobre "A literatura de ficção morreu?"]
por
Joel Macedo
29/7/2007 à
01h20
200.222.36.170
(+) Joel Macedo no Digestivo...
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CaleidoSampa
Elisa, que belo retrato de nossa cidade-caleidoscópio! Chamou-me a atenção uma das preciosidades recuperadas: "os entalhes sutis de mil novecentos e bolinha". Ah! Como já perambulei por ruas paradas no tempo e no espaço, examinando fachadas, à procura dos "entalhes sutis", admirando-as e imaginando de onde teriam vindo seus autores, esses artesãos/artistas, que também se perderam, no tempo e no espaço... Como gostaria de ver preservada essa memória, ainda que virtualmente!
[Sobre "Cidade limpinha"]
por
Eiji Arata
28/7/2007 às
23h50
201.76.82.127
(+) Eiji Arata no Digestivo...
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Uma palavra-chave eliminada
Gostei muito desse seu texto, Ana Elisa. Ele me fez lembrar de muitas situações semelhantes que vivenciei. Uma especialmente, mais recente: o editor alterou o título de um livro por não "gostar" de uma palavra-chave usada pelo autor, não só no título como em todo o livro. Isto para mim chama-se prepotência...
[Sobre "Dar títulos aos textos, dar nome aos bois"]
por
simone
28/7/2007 às
18h21
201.62.190.170
(+) simone no Digestivo...
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Estratégia literária
Edu, gostei do texto, mas não concordo com algumas colocações acima. Acho mais válido equipar sua biblioteca e deixar bons títulos à disposição, do que impor leituras. Lembro-me que minha mãe tinha uma boa estratégia. Quando ela queria que lêssemos alguma coisa, ela deixava livros espalhados estrategicamente pela casa. Uma hora ou outra, eu e meus irmãos sempre dávamos uma olhada, no mínimo.
[Sobre "Um plano"]
por
Diogo Salles
http://www.diogosalles.com.br
28/7/2007 às
13h27
189.33.10.57
(+) Diogo Salles no Digestivo...
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Lição mal assimilada
Bom artigo, boa reflexão para leitores e escritores em potencial. Só acho que a mania de frases curtas etc é mais uma herança (negativa, em muitos casos) ou uma lição mal assimilada, do nosso Modernismo. Modestamente, só faltou o meu nome entre os pioneiros. Mantive uma oficina literária permanente durante 18 anos, a partir de 1974. Perdi a conta do número de alunos (muitos escritores, hoje) que passaram por ela. Parei há alguns anos, mas continuo achando que oficina pode ajudar, sim, e que talento, claro, não se compra em butiqe nem em supermercado. Abraço.
[Sobre "De vinhos e oficinas literárias"]
por
Moreira da Costa
28/7/2007 às
11h55
200.179.248.79
(+) Moreira da Costa no Digestivo...
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O jornalismo passa...
Caro André: discordo totalmente da sua tese. Na minha opinião, o jornalismo, o velho, não está morrendo e, se estiver, fico com a frase do Arthur Sulzberger, dono do New York Times, citada aí mesmo: não me importo. Na verdade junto aqui os dados do artigo ótimo do Rubem Fonseca, neste mesmo numero do Digestivo. Enquanto se falava na morte da literatura de ficção altos autores escreviam seus romances. Evidente que está havendo uma revolução na midia - mas encontrar jornalistas que saibam escrever, tenham cultura, leiam, saibam fazer uma reportagem e usem todos os recursos das novas midias vai ser dificil. Teremos talvez bons vídeos e péssimos ou medíocres textos, belíssimas fotos com simples legendas. Não sei, mas vamos em frente: como as pessoas, nada morre antes do tempo. Enquanto isso, fico aqui escrevendo minhas matérias. Como a caravana, do velho provérbio, o jornalismo passa, enquanto os cães ladram....
[Sobre "O velho jornalismo está morrendo"]
por
Ana L.Vasconcelos
http://www.cronopios.com.br
28/7/2007 às
11h32
201.82.185.27
(+) Ana L.Vasconcelos no Digestivo...
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Sempre haverá literatura
Num planeta habitado por pessoas que escrevem e outras que lêem, ainda que ocasionalmente - como quando caem de cama e param com sua rotina, por exemplo -, sempre haverá escritores e leitores, assim como sempre haverá mercadores de alimentação e gente para se alimentar. Portanto, a pergunta em questão, sempre refeita, já está se tornando retórica...
[Sobre "A literatura de ficção morreu?"]
por
isa fonseca
http://www.hisafarr.zip.net
28/7/2007 às
11h25
200.226.148.19
(+) isa fonseca no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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