COMENTÁRIOS
Domingo,
14/4/2002
Comentários
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TERCEIRA DISTINÇÃO
Restrinjo-me apenas aos primeiros parágrafos. Entedi perfeitamente o que foi dito sobre música clássica e popular. E acho que hoje podemos fazer uma terceira distinção. Ouço apenas a música clássica, tenho atenção com a música popular, mas desconsidero plenamente a música VULGAR. Béla Bartok e Villa Lobos são dois exemplos de compositores que buscaram na música popular, nas cantigas, etc, recursos para suas obras. O que quero dizer -por isso minha terceira distinção- é que duvido que "É o Tchan", por exemplo, venha a ser um dia, base para a composição de um "Concerto nº5 para Piano e Orquestra" de algum compositor. Se vierem a cometer uma atrocidade musical destas, você tem mais um exemplo para aquele seu texto sobre vulgaridades. Não tenho nada contra a música popular, gosto de muitas peças, mas sinto um envolvimento muito maior com a "clássica".
[Sobre "O Exército de Pedro"]
por
Ricardo
14/4/2002 às
13h18
200.227.233.240
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USA X MÉXICO
O Eduardo Luedy é realmente muito inocente e acredita em tudo o que dizem. Não vou falar mais sobre o conflito do Oriente Médio, mas ele ainda acredita na tese terceiromundista de que os USA tomaram algma coisa do México. Vou deixar a California, o Novo México, Arizona, de lado e me concentrarei no Texas, cuja história conheçomuito bem, lá estive várias vezes. Antes, uma pergunta: por que será que são os mexicanos que querem entrar nos USA e não ao contrário? Pergunte para qualquer descendente de mexicano, cidadão americano, se ele(a) preferia estar submetido à uma administração mexicana. Dou de barato que 99% dirão que não e 1% mentiria, senão era muito simples, é só voltar! Por que não o fazem? A história da independência do Texas, originalmente Tejas (telhas, em espanhol, aliás fale para um mexicano que seu País se chama Méjico, com j; e saia correndo porque isto é o nome dos conquistadores espanhóis que mudaram o tradicional Mexico, com x, de mexí, umbigo em Azteca, nome da cidade capital, Umbigo do Mundo). Não foram os mexicanos, mas os enpanhóis, que expandiram o império pelo Texas, California, etc. Tiveram até um Imperador Alemão, Maximiliano, que nem falava espenahol ou criollo, só alemão e francês. Da 'aristocracia' baseada neste ditadores surgiu um embriagado General de Santa Ana, que de tal maneira tratava os locais que estes fugiram para o que hoje é o território do Estado do Texas. Lá já existiam fazendeiros algo-saxônicos, não propriamente americanos, que detestavam, mas foragidos de todos os demais Estados da Federação. Como o referido General queria estabelecer o mesmo regime pseudo-feudal na região, todos se rebelaram. Perderam a importante batalha de Los Álamos (San Antonio) onde pereceram alguns heróis como David Crockett) cujos sobreviventes foram trucidados e de cujos corpos dizem que se fizeram churrasco. Até que um ex-Senador pelo Tennessee, Sam Houston, junto com outro gênio político, Austin, organizaram a resistência em Pasadena, próxima à a tual Houston e ganharam a batalha. O Texas tornava-se INDEPENDENTE, não parte da Federação Americana à qual tiveram que aderir por não terem condições de se cuidar de seus rebanhos e combater os mexicanos a toda hora. Até hoje a Constituição do Estado do Texas contém uma cláusula, aceita pelo Congresso em Washington, que lhes dá direito de sesseção. Só para terminar: o Novo México já é majoritariamente 'chicano' e é um Estado bilingüe. Meu caro, não acreite em tudo o que as esquerdas 'bolivarianas' e castristas espalham como verdade.
[Sobre "O injustificável"]
por
Heitor De Paola
14/4/2002 às
13h06
200.255.208.136
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Será injustificável?
Pode ser inocência minha, ingenuidade, sei lá... mas não me parece justo que uma região seja repartida de maneira arbitrária, por conta dos interesses de quem tem maior poder bélico e econômico. Quem ousaria hoje discutir a devolução do território que os EUA tomaram do México? Pois é? Eu queria que alguém me explicasse, vocês que estão tão perto do conflito, se a criação do Estado de Israel não foi um desses casos de arbitrariedade e de jogos de poder, e se isso não é a razão dos conflitos. Ou alguém aí acredita que a ONU tinha o direito de expropriar 78% da palestina e entregar aos judeus, assim sem mais nem menos?
Por fim, eu gostaria de responder à questão posta por Eliahu Feldman, sobre o porquê de Israel não jogar logo uma bomba atômica e terminar logo com o "problema". Me parece que a opinião pública internacional não perdoaria Israel por isso (nem acho que a maioria da população israelense aceitaria isso). Além disso, há o receio de que isso desencadeie um conflito de proporções não esperadas entre o mundo árabe e o ocidente.
Não, não acho que os palestinos sejam vítimas inocentes. Mas acho que a violência dos homens-bomba pode ser compreendida, em última instância, como uma reação a tais atitudes arbitrárias.
Seria preciso uma revisão histórica dessas atitudes para que o processo de paz conseguisse um mínimo de legitimidade. Eu, apesar de ingênuio, sou ainda cético. Ou alguém acredita que EUA e Inglaterra farão algum "mea culpa" algum dia?
Eduardo Luedy
ps. Leiam o artigo da Daniela Sndler sobre o assunto. Me parece menos pendente para o lado israelense do que o do Rafael.
[Sobre "O injustificável"]
por
Eduardo Luedy
14/4/2002 às
10h54
200.151.198.131
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Obrigado!
A todos que me honraram com seus comentários, muito obrigado. Sinto-me orgulhoso e recompensado por ter sido o articulista mais comentado da semana. Levantei um assunto que teve uma repercussão imensa, é claro que foi na hora certa que o Editor Julio aceitou o meu artigo. Sai ganhando, mais do que eu, a liberdade de informação, que todos nós, mais a Daniela, o Rafael, o Fábio e seus comentadores, precisamos manter como meta principal.
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Heitor De Paola
14/4/2002 às
11h04
200.255.208.97
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vamos ignorar o boicote!
Fui assistir a Onze homens, apesar de não me identificar com o trabalho de George Clooney, mesmo não me entusiasmando com os desempenhos de Brad Pitt, e ainda que decididamente não seja fã de Julia Roberts. E querem saber do melhor? O filme é excelente, bem dirigido, bom roteiro, belas cenas e muitas emoções. Vou certamente anotar o nome do diretor. Se me fosse possível diria a ele que da próxima vez não precisa contratar um elenco tão estelar. Do jeito que ele entende do ofício de fazer filmes imagino que até com iniciantes essa película sairia bem.
[Sobre "Digestivo nº 76"]
por
Toni
14/4/2002 às
10h53
200.154.144.165
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Sites recomendados
Caro Antônio Oliveira. Como nunca deixo de ler nada que me recomendam, principalmente pessoas inteligentes e informadas como você já deu mostras de ser, fui aos sites indicados. São muito bonitinhos e bem intencionados mas já se disse que o caminho para o inferno está pavimentado por boas intenções. Parafraseando alguém eu diria que 'a paz e a guerra são assuntos sérios demais para deixar em mãos de amadores', exigem profissionais. Políticos, diplomatas e guerreiros. Quem quiser acabar com as guerras (meta utópica do pacifismo amadorístico) deveria inventar outra Humanidade, com esta aqui não dá. O que se pode fazer é diminuir as perdas humanas e, secundariamente, materiais, que também são importantes na hora da reconstrução. Uma outra discordância é quando à imparcialidade. A 'arquitetura' da mente humana (para usar a linguagem informática) impede a imparcialidade. Sempre somos parciais, sempre temos um parti pri, um bias, a respeito de tudo. O que podemos é lutar dentro de nós mesmos para diminuir este bias a um mínimo irredutível. Mas qualquer opinião é parcial. Para finalizar, uma sugestão: por que que o Brasil, onde árabes e judeus convivem razoavelmente bem (a SAARA, no Rio, para que não é daqui: Sociedade de A(?) e Amigos da Rua da Alfândega, comécio varegista tradicional de descendentes do Oriente Médio, ao menos até os coreanos arrebanharem tudo), não oferece uma ajuda mais efetiva de paz, brasileira, não dentro do contexto deste absurdo que se chama ONU? A experiência de mediação do conflito entre Ecuador e Perú é altamente positiva. Nos USA, onde as comunidades, todas, são muito estanques ninguém sabe quase nada dos outros grupos. Aqui, todos temos uma experiência mais rica de amigos em todos os grupos. Somos um País de imigrantes, tanto quanto os USA mas aqui os contatos são maiores. Na Serra Gaúcha já não se sabe mais o que é italiano, o que é alemão e TODOS COMEM CHURRASCO, fazem até melhor que as churrascarias horrorosas do eixo Rio-São Paulo. A minha inocência utópiva (ninguém escapa dela em algum grau) vai por aí. Saudações,
[Sobre "O injustificável"]
por
Heitor De Paola
14/4/2002 às
10h26
200.255.208.97
(+) Heitor De Paola no Digestivo...
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Eu não existo!
Esta tal Toni é um gaiato! Descobriu que eu não existo! É uma ótima fórmula: não concordo com o dizes....portanto não existes! Ah, Voltaire, volte! Este argumento já foi tentado antes pelo 'brilhante' sociólogo (?) Emir Sader contra Olavo de Carvalho. Vá ler a resposta em www.olavodecarvalho.org (não lembro se tem o br).
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Heitor De Paola
14/4/2002 às
10h21
200.255.208.97
(+) Heitor De Paola no Digestivo...
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É festa!
Pronto senhor! Aqui estão os salgadinhos senhor! Só o que consegui arrumar foram umas pastinhas, umas torradas e uns mini-quiches de queijo para servir quentinhos... Dê mais um tempo e faço uma massa de pizza para mais tarde! Olha só quanta visita chegando na sua varanda/tombadilho! Vem, Lolita, vamos lá para dentro organizar a cozinha e deixar os meninos brincar de navio à vontade!Deixa ver... a decoração da festa deve ser o trevo de quatro folhas ou o Union Jack!?! Hummm...
[Sobre "Na varanda"]
por
Assunção Medeiros
14/4/2002 às
02h11
200.184.36.128
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Companheiro Padre, um aparte..
Um aparte na liturgia? "O sr. padre me dê licença, mas discordo disso que o senhor disse. A verdade é assim e assim...". É isso mesmo? Acontece? Um abraço- Alexandre Soares
[Sobre "Reação"]
por
Alexandre Soares
13/4/2002 às
23h56
200.205.157.155
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Varanda mágica
Caro Alexandre
Li ontem seu artigo. Hoje li-o e voltei a lê-lo. Acho que não é prato para comer com pressa. Há ali sabores que eu quiz reter por mais tempo. Na leitura de hoje suou-me ora como música, ora como poesia. Lamento, mas nunca ouvi falar de Patrick O'Brian que você nos apresentou e nunca vi o "Master and Commander", mas, nêste instante, não tenho receio de parecer tolo em dizer que, a lê-lo, prefiro a música e poesia do seu resumo. Devo também dizer-lhe que estou um pouco inclinado a suspeitar que essa poesia e música que lhe são inerentes e que exalam de alguns de seus textos, mesmo quando neles se mostra de mal com o mundo, talvez sejam inspiradas e até ampliadas pelo desfrute de uma varanda e do que dela se possa ver às quatro da madrugada, nela passeando, para trás e para a frente, descalço, ouvindo o silêncio da cidade e vendo-lhes suas já diminuídas luzes ao longe, gozando da companhia de sua Lolita que o espera, e entretanto lendo Patrick O'Brian. Quantos de nós gostaríamos de nos sentir nesse "deck"...
De qualquer forma, e de onde quer que esteja, acho que Patrick O'Brian lhe fica devendo essa. Por oportuno, e sem nenhum desdouro para com os ingleses, quero dizer que acho que compreendo que ele se tenha preferido irlandês...
[Sobre "Na varanda"]
por
Valentim Carval
13/4/2002 às
21h52
195.23.129.35
(+) Valentim Carval no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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