COMENTÁRIOS
Quinta-feira,
9/5/2002
Comentários
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Ode a um sacerdote
Caro Alexandre, que texto lindo, que texto doído (doeu em mim ler e eu imagino o que tenha doído escrever)e que texto forte. Antes de mais nada, já que parece que incomoda um pouco você que alguém "de fora" da igreja dê pitaco no caso, meu nome não é Assunção Maria à toa: minha família é de origem italiana, o nome é mesmo em homenagem àquela que foi elevada aos céus livre de toda a impureza. Sou católica e levo sempre no peito a expressão concreta disso, por dentro e por fora. Sou também aluna do Olavo de Carvalho, e ele não é tão "de fora" quanto você pensa. Sempre em suas aulas expressa sincera preocupação com a crise que hoje a Igreja enfrenta. Deus, é tão difícil falar sobre tudo isso! Já é complicado lidar com as agressões constantes e gratuitas que se apresentam cada vez que se diz que é católico, pois a Igreja virou o alvo fácil de todos os ditos progressistas. Agora eles se acham mais que justificados em jogar lama. E a culpa é nossa: de cada fiel que vive um catolicismo morno, sem consciência do que é ser um sacerdote ou um leigo; de cada padre que se vê acuado dentro de sua paróquia pela sexualidade gritante e agressiva à sua volta, e não reage antes de pecar; de cada mulher católica que acha que o celibato sacerdotal é um fruto proibido a ser conquistado; das associações dentro da Igreja, que acham mais fácil fazer 'serviço social' que dar efetivo apoio espiritual aos que precisam. Quem, Pai, quem precisa mais que um sacerdote? Não sou contra a abolição do celibato, principalmente no caso dos padres seculares, mas a crise é tão mais profunda que isso! Tive sempre contato muito próximo com sacerdotes, cresci frequentando o Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, pois lá morava o meu paizinho, meu mais querido amigo, o monge que foi meu confessor por vinte anos, desde a minha primeira comunhão até a sua morte. Nunca, durante vinte anos de confissão completamente a sós com ele, tive qualquer motivo de sentir algo menos que a mais completa segurança. Em muitos momentos destas confissões, chorei abraçada com ele, discuti, fiquei zangada, ri, meditei, orei, senti a Graça Divina me tocando. Nunca, nunca, nunca senti a presença da mais leve sexualidade, da minha parte ou da dele. Quando ele morreu, tinha 74 anos, ou seja, vinte anos antes era um homem -- bastante charmoso -- de 54 anos, a sós com uma menina de 9. Este homem só me ensinou que é para cima que se olha, para o alto, me ensinou alegria de se confiar nossas vidas à Misericórdia Divina. Me ensinou valores como elegância e diplomacia, respeito ao próximo e a si mesmo. Quantas outras pessoas esse homem tocou em sua vida sacerdotal! Em seu sepultamento estavam presentes centenas de pessoas, algumas famosas, e o clima era de desolação geral. Meu amigo se foi em 1993, e não passa nunca muito tempo sem que eu pense nele com uma tremenda saudade. Tenho certeza que existem muitos outros sacerdotes que despertam o mesmo amor em seus orientandos que D. João desperta em mim. E tenho também a certeza inabalável que Deus perdoa TODOS os pecados daqueles que se arrependem, mesmo os que os homens não são capazes de perdoar. O elegante, o elevado, o respeitoso, o mais justo e cristão a fazer é pedir que Deus cure quem está doente. E devemos também bradar aos quatro cantos do mundo os nomes de sacerdotes como meu João. Eles existem em maior número que os que pecam. Paz de Cristo, Sue
[Sobre "Por pura obrigação"]
por
Assunção Medeiros
9/5/2002 à
01h23
200.184.36.124
(+) Assunção Medeiros no Digestivo...
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Injustiça mais do que concreta
Fabio e Rogério, não compreendo como podem zombar do grande poeta votorantino, sr. Boéscio Pulhatari. Ele, Boéscio, foi convidado para ser Ministro da Cultura, caso o candidato Luiz Inácio Monostatos da Silva ganhe as próximas eleições. Inclusive, para o conhecimento de vocês dois, o sr. Boéscio já tem o título da nova cartilha a ser adotada pelo MEC: "Abe-aba-dilú-lalá-cérbero-hot-dog-mático". Mordam-se de inveja!
Abraços.
[Sobre "a ópera mágica"]
por
Dennis
8/5/2002 às
16h19
200.204.143.186
(+) Dennis no Digestivo...
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A grande arte
Estou comovido. Jamais pensei que pudesse ser capaz... Gostaria de agradecer a todos que tornaram possível, direta ou indiretamente, a criação dessa obra.
Obrigado.
[Sobre "a ópera mágica"]
por
Rogério Macedo
8/5/2002 às
16h07
200.194.102.154
(+) Rogério Macedo no Digestivo...
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Promessa e dívida
Ô Antonio! A conclusão saiu aqui mesmo na minha coluna, na semana seguinte, como eu prometi logo depois da última foto. O endereço é: http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=494
[Sobre "Quando éramos reis, bispos, cavalos..."]
por
Rafael Lima
8/5/2002 às
15h54
200.179.78.2
(+) Rafael Lima no Digestivo...
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Quando éramos Reis, Bispos, Ca
Excelente relato do fenômeno Bobby Fischer. Com muita propriedade, detalhes e história. Quando sairá a conclusão deste artigo ? em que url poderei encontra-la ? Há mais artigos ligados ao xadrez ? Aonde posso encontra-los ?
Abraços
[Sobre "Quando éramos reis, bispos, cavalos..."]
por
Antonio Aldo
8/5/2002 às
15h47
200.191.60.110
(+) Antonio Aldo no Digestivo...
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um dia como boéscio pulhatari
Parabéns, Rogério! Retire seu prêmio na casa de campos dos Campos, em Campos do Gordão. Um abraço, Fabio.
[Sobre "a ópera mágica"]
por
Fabio
8/5/2002 às
15h12
200.183.94.214
(+) Fabio no Digestivo...
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Há cultura abaixo do Equador
O filme é bom, está bem feito e não deixa brechas na fotografia, na trilha, nos atores, nem mesmo na linha açucarada do ramance. É bom poder estar aqui para ver essa qualidade do nosso cinema. Quero faroeste caboclo. Quero país retratado.
[Sobre "Digestivo nº 80"]
por
Pompilio
8/5/2002 às
09h12
200.183.97.75
(+) Pompilio no Digestivo...
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Mantendo os caninos
Ah, Valentim- não poderia concordar mais. Uma coluna para a Sue! Ela vai ser um dos poucos casos de escritora que se tornou escritora porque pediram pra ela...Mas me deixe discordar só dum ponto- a sua afirmação de que atacar alguém verbalmente "contraria a elegância de quem gostaria de usar bengala" (mensagem 26). Ser elegante não é, necessariamente, ser banguela - ser alguém incapaz de mostrar os dentes de vez em quando, just for the hell of it. Mas se for, prefiro ser deselegante de vez em quando, e conservar os caninos...Ah, a melhor literatura do mundo foi escrita na pele de umas poucas vítimas com os caninos de uns escritores malvados...Um abraço- Alexandre. E volte sempre!
[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]
por
Alexandre Soares
8/5/2002 às
03h08
200.207.125.11
(+) Alexandre Soares no Digestivo...
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Oswald, pra que te quero?
Contesto a validade de um Oswald de Andrade nessa altura da história. Não entendo por que gastar latim e rios de tinta com ele. De qualquer modo, gostei do texto "existencialista" do giron. Parabéns ao Digestivo
[Sobre "Um homem sem profissão nem esperança"]
por
Douglas Ribeiro
7/5/2002 às
20h36
200.177.142.193
(+) Douglas Ribeiro no Digestivo...
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Uma defesa da crítica da razão
É difícil pensar positivamente em torno do ofício dos críticos. Não consigo respeitar a maioria deles (e neles incluo muitos citados pelo Giron no texto acima). Mesmo assim, sou levado a dar um crédito de confiança no articulista. Quem sabe a crítica ainda possa nos surpreender? Duvideodó!
[Sobre "Dizem que a crítica acabou; só se foi quando o verão chegou"]
por
Douglas Ribeiro
7/5/2002 às
19h37
200.177.24.26
(+) Douglas Ribeiro no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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