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Quarta-feira,
11/6/2008
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Nada de Cronópios para mim!
Já tentei imergir na Cronópios algumas vezes. Mandei um conto ou outro, sei lá. Mas então lia os comentários das pessoas, via os seus assuntos... E nunca vi meus contos lá, como o Pipol nunca viu os seus na Capitu. Sentia-me sempre como o Zé, passando defronte a vitrine chique com chamadas e promoções escritas em inglês (40% Off...). Eu era como o cara com três reais no bolso que passa defronte ao Fran's Café na Fradique, ele vê as moças com cabelos alisados sorrindo para os seus namorados Pit Bulls. Ele olha então os três reais, sopesa as moedas numa palma, abotoa o último botão da camisa velha e decide entrar. Pergunta o que custa três paus e sai de lá com uma caixinha de Chicletes Andas, multicoloridos. Experimentou o que havia por detrás do espelho, mas como não está no mundo de Lewis Carroll, não mergulha nele. Olha então para o carrinho de cachorro quente e suspira arrependido. Teria ao menos matado a fome. "Nada de espelhos, da próxima vez", pensa. Nada de Cronópios para mim!
[Sobre "Cronópios"]
por
Albarus Andreos
http://www.charranspa.blogspot.com
11/6/2008 às
16h18
200.218.186.190
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Reino dos céus
"É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus". A frase, que foi mal traduzida do aramaico, ficou assim, na Bíblia. Mas os tempos, definitivamente, são outros. Pegue o seu camelo, dê um trato nele, enfie ele pelo buraco da agulha, ganhe muito dinheiro e torne-se uma das "infinitely fascinating people". Porque parece que o reino dos céus é aqui e agora. Quem somos nós (os pobres, sai azar!) para discordar?
[Sobre "Infinitely Fascinating People"]
por
Guga Schultze
11/6/2008 às
13h04
201.80.34.71
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Generalização dos amigos gays
Não sei não se sou adepta dos amigos gays... Às vezes, eles podem ser tão cruéis. Reparam demais nos nossos defeitos físicos e falam deles sem tato nenhum. Mas estou generalizando total. Que coisa feia! Aliás, até esse negócio de "ah como é bom ter um amigo gay" já é uma baita generalização! Como se fosse, "ai, é tão bom ter um bichinho de estimação". Ué... se o cara for gay, mas não tivermos interesses em comum, não vai ter por que sermos amigos, não é?
[Sobre "O rival"]
por
Juliana Dacoregio
http://www.somanypiecesofme.blogspot.com
11/6/2008 às
12h57
201.41.230.88
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Morreu o Wander Taffo?
Rafael, muito justa a sua homenagem! Acho que não foram tantas quanto o Taffo merecia, excelente guitarrista que era. Acredito que ele ainda merecerá muitos textos relevantes como o seu. Senti-me estimulado a este comentário por uma triste coincidência: eu chegara no dia 14/05, às 18h30, na EM&T, para um Workshop com o Conrado Paulino, e a secretária deu-me a notícia: "O workshop foi cancelado, assim como todas as aulas, por motivo de luto! O Wander morreu hoje de manhã, ligamos pra você mas não tinha ninguém em casa". Fiquei confuso: o Wander Taffo? Sim. Morreu do coração... Foi um choque, pois faria 54 anos no sábado seguinte! É uma pena quando alguém de tanto talento, referência como músico no seu instrumento (como era o Wander), nos deixa prematuramente. Não o conhecia pessoalmente, e esse workshop na EM&T, a escola de ponta que ele ajudou a criar, seria uma possibilidade para isso. Uma infeliz coincidência, justamente naquele dia! Um grande músico a menos no Brasil e no mundo.
[Sobre "Obrigado, Wander Taffo"]
por
Guto Maia
http://doisdobrasil.blogspot.com/
11/6/2008 às
03h04
189.78.96.197
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Três vivas ao Cronópios
Enquanto entes históricos, somos todos dotados de história. Mas há diferença entre os que, tão mergulhados nela, deixam-se atravessar e os que, por algum comichão de inconformismo, se lançam na tentativa de potencializá-la. Não há vantagem de um em relação ao outro, mas o segundo caso, possui uma responsabilidade da qual o primeiro se esquiva. A Cronópios é um dos exemplos do segundo caso, isso porque Edson e Pipol arriscam-se na alegria séria de fundar um canal da contemporaneidade, com ferramentas da contemporaneidade, para a contemporaneidade, que antes de beneficiá-los, beneficia a centenas de internautas assíduos e a milhares de errantes. E isso, na raça, no dente e na pedra. Ainda que a Cronópios acabasse hoje (e espero que ela dure muito), já teria deixado seu legado: uma geração de escritores que a tem em seu horizonte de eventos. A gênese já foi criada pela ação de ambos - a entrevista é apenas verbalização do que eles já têm na alma: verdade! Ah, e a foto tb está bacana!
[Sobre "Cronópios"]
por
M-A
http://www.marcioandre.com
11/6/2008 às
02h26
201.51.211.111
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Retrato sem retoque
Sem comentário. Retrato do Brasil. Retrato sem retoque, impossível de melhorar.
[Sobre "A semente da impunidade"]
por
Franklin Netto
http://www.conscienciadamata.com.br
10/6/2008 às
23h24
201.38.208.66
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Filial do Inferno
É... O problema é quando a gente se apaixona por esse amigo gay, e ama-ama-ama ele, mais do que a própria vida, e sabe que não pode viver sem ele, muito menos COM ele... É uma filial do Inferno.
[Sobre "O rival"]
por
ana lima
10/6/2008 às
21h01
201.36.214.227
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Parabéns!
Bela entrevista. Parabéns!
[Sobre "Cronópios"]
por
Cláudio B. Carlos
http://www.balaiodeletras.blogspot.com
10/6/2008 às
20h03
200.102.109.138
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Sr. Zé, falta uma assinatura!
Fantástica entrevista! Quanto à questão sobre pra que serve um bom leitor, arrisco um palpite: no mínimo, ajuda a formar jornalistas melhores. Explico-me. Hoje, durante uma palestra sobre critica teatral na ECO-UFRJ, um dos convidados, o professor de teatro da Escola, José Henrique, que dirige a peça O Processo (em cartaz no Rio), baseada na obra de Kafka, contou um "causo" de arrancar os cabelos. Numa entrevista, um jornalista, com a cara mais lavada possível, fez a seguinte solicitação: "Diz aí, Zé, conta um pouco sobre o autor do livro." Mas nada que se compare à história da inscrição da peça na Lei Rouanet, para conseguir incentivo fiscal, essas coisas... Segundo o diretor, uma pessoa da Funarte (veja bem, da Instituição de apoio e fomento à arte, vinculada ao MinC!) observou agudamente:
"Sr. Zé Henrique, para o projeto ser beneficiado pela Rouanet, falta uma assinatura". Qual? - ele perguntou, sem imaginar o bufão de realidade à brasileira da resposta: "A do Franz". Abs!
[Sobre "Cronópios"]
por
Vanessa Barbosa
http://www.antenuptias.blogspot.com/
10/6/2008 às
16h54
200.196.241.66
(+) Vanessa Barbosa no Digestivo...
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É preciso ir além
E também pode haver o caso de uma obra não querer dizer nada - apenas descontextualizar algo, ou montar um lugar irracional - e aí a questão é extra-obra. Pq o artista faz isso na nossa sociedade, hoje? Qual o sentido de uma obra assim no contexto geral? Não digo que não haja obras boas e ruins. Mas é preciso verificar o mérito! O pensamento, a priori, de que é tudo apenas um "erro"... é a mesma idéia que tinham os contemporâneos de Picasso. Lembre do famoso texto de Lobato criticando Malfatti. Não podemos pensar: "se eu não entendo nada, não há pra entender". É preciso ir além.
[Sobre "A arte contemporânea refém da insensatez"]
por
Duanne O. Ribeiro
http://obacamarte.blogspot.com
10/6/2008 à
00h02
189.34.219.28
(+) Duanne O. Ribeiro no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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