Vlaaaad, o maaaaalvado | Juliana O'Flahertie

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COMENTÁRIOS

Quarta-feira, 17/7/2002
Comentários
Leitores

Vlaaaad, o maaaaalvado
Vlad era o mais terno dos escritores maus. Mas era mau. Ô. Aquele pedantismo cruel, que rechaçava os filisteus, tinha muitos ecos em Waugh também. E aquela linha fininha entre a ternura e uma atitude standoffish. Crueldade servida em xícaras de chá de porcelana, acompanhadas de tartes au miel. Nhamnham.

[Sobre "3 Grandes Escritores Maus"]

por Juliana O'Flahertie
17/7/2002 à
01h44 200.193.250.48
(+) Juliana O'Flahertie no Digestivo...
 
De um Executivo Economista...
Caramba Toni, Vc deve ser administrador. é claro que devemos estudar história... ou melhor, fazer um curso de administração que em 95% dos casos é um curso de: "História da Administração" O Alexandre não exagerou nada na coluna. Executivos são um bando de cagões que não tomam nenhuma decisão e depois dizem que nunca tomaram uma decisão errada. é por isso que eu sou uma ovelha negra no meio... comigo é no método massaranduba... porrada. p.s. eu nunca li sun tzu, mas li vom Kriege na minha mais tenra infância... levei dois anos...

[Sobre "Samurais de Fecaloma"]

por celso pinheiro
17/7/2002 à
00h34 200.158.20.102
(+) celso pinheiro no Digestivo...
 
Toni, você tem razão, mas...
Caro Toni, seus argumentos são muito justos e lógicos, mas se fôssemos 100% justos e lógicos não escreveríamos textos instigantes, maldosos, que sacondem mitos e desestabilizam andores de procissão. Já pensou como seria enfadonha uma crônica absolutamente justa e comedida. Seria tediosa´. Penso que todos nós, e Alexandre principalmente, sabemos que há profissionais de grande utilidade e indiscutível valor... em todos os setores da sociedade. Em todos. Mas é claro que o executivo acima tipificado é aquele "cavador de gerências", aquele carreirista sem talento - que vive a se "reciclar" e mistura práticas de Yoga com táticas de guerrilha colombiana, ambas adaptadas ao mundo dos negócios. Pelo menos foi o que eu entendi. A crítica vai diretamente aos que vivem na permanente sanha do alpinismo social. Suas ponderações são muito sensatas, é claro, Toni. Agora, seja bem sicnero: aposto que você mesmo conhece pencas de executivos tolos e risíveis, não estou certo? Os tolos e risíveis não são poucos./Abraço do Dennis.

[Sobre "Samurais de Fecaloma"]

por Dennis
16/7/2002 às
22h01 200.158.234.188
(+) Dennis no Digestivo...
 
Pasteur, o ovo e a galinha
Sinto muito, Toni, mas por esse caminho não adianta enveredar, porque ele é de mão dupla. O leite longa vida que os executivos "garantem" nas prateleiras não existiria sem Pasteur (que não era executivo), a luz e o tratamento de água também não existiriam sem suas respectivas descobertas científicas, que não foram feitas por executivos. Então você diria "mas as pesquisas de Pasteur também tiveram que ser patrocinadas por alguém". E eu diria que por esse caminho iremos retrocedendo infinitamente na história, até chegar à pergunta elementar: "quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? O sábio ou o executivo?" Só sei de uma coisa. O homem que cria conhecimento pode viver com bem pouco (imagine-se escrevendo tratados à luz de velas, como Santo Tomás...). E o executivo? Se estivesse sozinho no mundo, administraria plantações de vento, já que não haveria ninguém para descobrir o arado! Ah, não, já sei: seria um nômade primitivo, como os primeiros babuínos que deram origem a nós... Como se pode ver, vai ser preciso que você encontre argumentos mais fortes se quiser defender os executivos (e até concordo que eles devem ser - parcialmente - defendidos). Não basta dizer que precisamos dos meios materiais de que eles nos suprem. A grande maioria dos homens é capaz de agir e lutar pela sua sobrevivência material (mesmo sem a luz, a água tratada e o leite longa vida), mas poucos homens são capazes de ir em busca do conhecimento e do saber (menos ainda de encontrá-los).

[Sobre "Samurais de Fecaloma"]

por Evandro
16/7/2002 às
21h55 200.167.242.148
(+) Evandro no Digestivo...
 
De volta a Woodstock
Esse diálogo poderia até ter o sub-título "Hippie boy and the grown up Man". Na verdade, olhando de um ponto de vista objetivo, o administrador (executivo, no presente jargão) é mais importante numa sociedade do que o museólogo ou qualquer outro representante do chamado mundo das idéias, pois é ele/ela que cria condições para que tudo o mais se desenvolva. É que, da classe média em diante, nós tomamos por garantido que ao abrir a torneira provavelmente jorrará água, que a luz elétrica obedecerá ao comando do interruptor, que nas prateleiras do Carrefour não será difícil encontrar leite longa vida. No entanto, por trás do trabalho de uma Sabesp, de uma Eletropaulo ou de uma fazenda produtora de leite, estão administradores assegurando a produção desses bens, os quais decididamente não caem do céu. Acho temerário não se dar o devido valor a esses indispensáveis profissionais. A posição defendida pelo Alexandre faz lembrar certo idealismo/romantismo do movimento hippie (anos 60 do século passado), que assim como seus antecessores (dadaísmo dos anos 20, romantismo de meados do séc. XIX, J.J.Rousseau na França oitocentista, etc.), parece ser recorrente na história moderna. Por isso que é bom ler história...

[Sobre "Samurais de Fecaloma"]

por Toni
16/7/2002 às
18h45 200.165.225.105
(+) Toni no Digestivo...
 
É pena
Isso já aconteceu comigo também. Acho que é preciso apertar o botão "enviar" duas vezes. Agora fico sem jeito de te pedir que escreva outra mensagem, Alex; mas sempre que quiser conversar, o prazer vai ser meu. Como você não pôde se defender - ou defender o seu ponto de vista- , digamos que foi um empate. Ou um amigável duelo suspenso. No entanto, é claro, como o seu tiro falhou, você tem todo o direito de atirar de novo, se quiser...Um abraço- Alexandre.

[Sobre "Samurais de Fecaloma"]

por Alexandre
16/7/2002 às
16h30 200.207.125.254
(+) Alexandre no Digestivo...
 
Baiano também trabalha!
É uma maldade dizer que o único baiano que trabalha é motorista de trio elétrico. Pois agora temos Popó, que "trabalha" a cara dos adversários, e Bala, que "trabalha" na piscina. Ô dureza!

[Sobre "Psiquiatra declara Japão Oficialmente Maluco"]

por Félix Maier
16/7/2002 às
11h19 200.193.251.146
(+) Félix Maier no Digestivo...
 
que se passa?
Meu caro Alexandre, acabei de escrever um comentário na sequência, enviei, tive a resposta de OK do simpático Editor, mas a verdade é que ele não aparece. Não sei o que se passou. Se alguém sabe, por favor me avise. Se não, ficamos por isso mesmo, já que obviamente eu não tenho cópia. Saludos.

[Sobre "Samurais de Fecaloma"]

por alex cabedo
16/7/2002 às
08h53 80.32.133.26
(+) alex cabedo no Digestivo...
 
Porradas e porradas
Caro Alex: não gosto da profissão de executivo, por vários motivos, mas isso não me impede de gostar individualmente de alguns executivos, ou de respeitá-los; de modo que recebo com prazer a sua objeção educada. Mas nada disso muda a minha opinião quanto à profissão em si. Em primeiro lugar, acho que (não sei se você concorda, veremos) ser executivo não é a vocação real de ninguém. Há crianças que sabem que querem ser médicos ou músicos; mas nenhuma criança jamais vai dizer que quer "liderar e motivar uma equipe para a produção de cadernos espiralados e outros produtos de escritório". Não há crianças que queiram ser executivos - só talvez alguma criança desvirtuada, uma espécie de João Dória mirim - o que não prova nada, a não ser que ser executivo é algo antinatural. Todo jovem que finalmente decide se tornar um executivo sente um arrepio de horror, de degradação, nos primeiros dias de trabalho (não pesquisei, estou chutando); um arrependimento por ter deixado de lado o que sonhava ser quando tinha onze anos. Pessoalmente senti esse horror, dei meia volta e saí da faculdade de administração - um pequeno momento glorioso do qual nunca vou me esquecer. Se a sua experiência foi muito diferente - se você realmente sente que a sua vocação é essa - me diga, estou interessado em saber. Mas quanto à questão da coragem, Alex - quando você diz que "sou o primeiro a levar porrada" no trabalho, não é porrada de verdade, é? Seu chefe não fica esperando por você atrás da porta, com um taco de beisebol, fica? Essa é justamente a minha objeção - que executivos comparam algo tão pífio quanto receber uma bronca com coragem militar. Que se contentem em ser apenas o que são. Um abraço- Alexandre.

[Sobre "Samurais de Fecaloma"]

por Alexandre
16/7/2002 às
02h05 200.207.125.254
(+) Alexandre no Digestivo...
 
Deu no Guardian
Transcrevo, abaixo, interssante mensagem recebida de Margarida. /// "Deu no The Guardian Félix, veja o que o jornal inglês "The Guardian" escreveu sobre o nosso Hino Nacional um dia antes do jogo do Brasil e Inglaterra. (A tradução está logo abaixo.) "...Try to be in front of your television by 7.20am tomorrow to catch another of Brazil's great gifts to human happiness. With France gone, Brazil now possesses the best national anthem left in the 2002 World Cup. First penned by Francisco daSilva in 1841, the Hino Nacional is arguably the jauntiest, cheeriest, most tuneful and most beguiling national anthem on the planet. It feels as if it comes ready composed from the opera house, and the influence of Rossini is hard to miss, though scholars now think Da Silva may have cribbed the tune from a religious work by his teacher, José Nunes Garcia. Admirers have included the Creole composer Louis Moreau Gottschalk, who wrote a set of variations for piano and orchestra on it that are well worth hearing. In his book "Futebol: the Brazilian Wayof Life", our South America correspondent, Alex Bellos, explains how the Englishman Charles Miller first brought football to Brazil. But by the time Miller arrived at Santos in 1894, the Hino Nacional had long expressed in song what Pele and his successors later expressed so wonderfully on the field. While the Marseillaise makes bellicose calls to arms, the Hino Nacional stirs national feelings by appeals to Brazil's "pure beauteous skies, " its sound of the sea and the flowers" of its "fair smiling fields". A natural setting for the beautiful game. When Rivaldo and Ronaldo put another two goals past Belgium on Monday, thus setting up tomorrow's quarter-final with England, the London Evening Standard led its later editions with a huge one-word headline. It said simply: BRAZIL! Quite a tribute. It is hard to imagine any other country whose mere name could be used in such a way with such confidence, in the certainty that the readers would react with pleasure and excitement. Were England to be playing Argentina, Germany, France or Italy tomorrow, expectation would be mixed with fear. To play Brazil, on the other hand, is simply a delight and an honour."///Publicado no "THE GUARDIAN" - Londres, INGLATERRA, em 20 Jun 2002. (Uma tradução imediata) "O BELO HINO" Tente ficar em frente de seu televisor cerca das 07:30 da manhã, de amanhã, para sentir outra das grandes dadivas do BRASIL pela pela felicidade humana. A FRANÇA indo embora, o BRASIL agora possui o melhor hino nacional na COPA MUNDIAL de 2002. Tocado primeiramente por FRANCISCO DA SILVA em 1841, o Hino Nacional é alegadamente o mais alegre, o mais animado, o mais melodioso e o mais encantador Hino Nacional no planeta. Sente-se que é como tivesse vindo pronto, já composto, de uma casa de ópera, e a influência de Rossini é difícil descartar, embora estudiosos agora pensem que Da Silva possa ter tido a inspiração da melodia de uma obra religiosa de seu professor, José Nunes Garcia. Admiradores têm destacado o compositor "crioulo" Louis Moreau Gottschalk, que escreveu um conjunto de variações para piano e orquestra sobre o hino, que vale a pena ouvir. Em seu livro "Football: The Brazilian Way of Life", nosso correspondente na América do Sul, Alex Bellos, expõe como o inglês Charles Miller trouxe pela primeira vez o futebol para o BRASIL. Mas à época em que Miller chegou em Santos, em 1894, o Hino Nacional já tinha expressado de muito, em canto, o que Pelé e seus sucessores expressariam mais tarde de modo tão maravilhoso no campo de jogo. Enquanto a Marselhesa faz belicosos apelos às armas, o Hino Nacional estimula os sentimentos nacionais, apelando para o "formoso céu risonho e límpido" do Brasil, seu "som do mar" e as flores dos seus "risonhos campos". Um conjunto natural para o belo jogo. Quando Rivaldo e Ronaldo fizeram outros dois gols na Bélgica na última segunda-feira, classificando-se assim para as quartas de final com a Inglaterra, o London Evening Standar encabeçou sua última edição com uma enorme manchete de uma só palavra. Dizia simplesmente: BRASIL! Um verdadeiro tributo. É difícil imaginar qualquer outro país cujo mero nome pudesse ser usado de tal modo, com tal confiança, na certeza de que os leitores reagiriam com prazer e excitamento. Fosse a Inglaterra jogar contra Argentina, Alemanha, França ou Itália amanhã, a expectativa estaria misturada com temor. Jogar com o Brasil, por outro lado, é simplesmente um deleite e uma honra."

[Sobre "Sobre futebol e hinos nacionais"]

por Félix Maier
15/7/2002 às
16h30 200.193.253.234
(+) Félix Maier no Digestivo...
 
Julio Daio Borges
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