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Sexta-feira,
30/11/2001
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Fragilidade
Esso texto fez com que eu me recordasse dos tempos de "irresponsabilidade", ou seja, juventude, nenhum compromisso, nenhum horário, entre outros "nenhuns" (dinheiro, inclusive). E nessa época gostava de freqüentar esse dito submundo, só que aqui em Sampa. Ainda existiam o Som de Cristal, o São Paulo Chique (acho que escrevia de outro jeito, não lembro) e um outro na Rua da Glória, esqueci o nome. E os porões do Bixiga, que começava a mostrar sua vocação boêmia. Muito samba de gafieira, muito recado entendido só através da observação dos fatos. Mas, diferença é enorme: viver no submundo é uma coisa, passear nele, como fizemos (eu, há muito tempo e vocês, outro dia), é outra coisa. Nós podemos passar ou não por essas situações. Quem vive no e do, não tem essa opção. Esses é que sabem desse tal "submundo", e nem imaginam o que seja essa tal fragilidade, muito menos para que serve. O resto, é turismo e se quebra, feito vidro barato. Sonia Pereira
[Sobre "Fragilidade, teu nome é ser humano!"]
por
Sonia Pereira
30/11/2001 às
08h20
200.19.93.3
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VOCÊ TEM MEDO DE QUÊ?
Consegui fazer meus e.mails chegarem até vocês, finalmente.
Acho que, para perder esse "branco" que dá nessas situações, é necessário saber tudo antes. Por isso, a impressão de falta de expontaneidade. Aí a gente chega à conclusão de que não é impressão, é fato. E isso acaba nos constrangendo mais ainda, pois nos faz perder a crença em algo que não conseguimos definir direito. Inocência? Ilusão sobre alguém, algum assunto? Vai saber!
Da minha parte, adoro "discutir" com textos, meus livros e revistas ficam todos "conversados" pelos cantos das páginas, com grifos e exclamações. Mas, sabe porque nunca enviei minhas considerações para autor nenhum? Medo. Medo puro. Bobagem? Não. A desilusão é muito cruel. Prefiro não ouvir respostas bobas, que não têm nada a ver com as perguntas, quando aí a decepção é com o autor. Também prefiro não ouvir uma resposta que deixe evidente minha incapacidade diante do tema, e aí a decepção é comigo mesma. De qualquer modo, é cruel, muito cruel. E não é sempre que "baixa" o Dom Quixote no ombro, não é mesmo? Abraços, sempre. Sonia Pereira
[Sobre "Profissão sem fé"]
por
Sonia Pereira
30/11/2001 às
08h01
200.19.93.3
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Jornalista Imbecil II
Sergio, poderia me dizer qual producao americana voce gostaria de ver na TV brasileira? Sem querer ofender, elogiar ou discutir. Apenas curiosidade de minha parte.
[Sobre "Digestivo nº 58"]
por
Ethel
30/11/2001 às
03h50
63.178.209.138
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A maior falta de respeito
Fernando: Vamos lá; prometo encerrar a discussão depois desta mensagem (aliás, creio que ela já deveria ter sido encerrada há muito, ou talvez nem começado, mas tudo bem...)
Respondendo seus pontos:
1) Você considera tudo igual, drogas, álcool e cigarros. Portanto, se é a favor da proibição das drogas "da maneira como acontece hoje", deve ser igualmente a favor da proibição do álcool e cigarro. Mas se você convive com outras pessoas, deve saber que isso é muito improvável, ou melhor, completamente impossível de ocorrer. Assim como acabar o consumo de drogas também é impossível; é uma utopia desvairada, as drogas sempre existiram e sempre existirão. Lutar contra elas é somente desperdício de dinheiro e vidas humanas.
2) "a droga, aliada a falta de cultura, responsabilidade e respeito pela vida é perigosa". TUDO, aliado à falta de cultura, responsabilidade e respeito pela vida é perigoso. Então devemos proibir tudo? Então, de agora em diante, ficaremos sentados dentro de casa, absolutamente imóveis...
3) Essa sua "soluçÃo a longo prazo" simplesmente nunca ocorrerá; as pessoas JAMAIS "mudarão sua mentalidade" e deixarão de fazer algo que lhes divirta e proporcione um prazer único em suas vidas, apenas porque outros seres humanos mais idiotas que eles teimam em fazer mau uso destas substâncias. Esta é a sua opinião, você vê nelas com certo exagero os males que ela faz; muitos vêem com igual exagero os bens que ela lhes proporciona - e só por existirem pessoas que pensam assim, discordando de você, ela jamais será espontaneamente repudiada como você tanto sonha.
4) Não me tome como um idiota, claro que eu sei que o Império Romano fruiu dos possíveis benefícios que a escravidão, assim como toda grande civilização na história do homem não teria existido sem a força motriz dos escravos. Acontece que eventualmente, todo sistema escravagista leva a um colapso, é inevitável, acaba-se chegando num ponto em que é mais vantajoso (ou seguro) para o que escraviza liberar seus escravos e aproveitá-los de outra maneira. Foi o que acabou ocorrendo, tanto com Roma como com o mundo em que vivemos hoje.
Quanto à pedofilia, dificilmente há nela "comum acordo"; a criança de 12 anos raramente está capacitada a tomar decisões desta alçada, e é unicamente isso que caracteriza a pedofilia - o fato de uma das partes envolvidas na relação ser totalmente irresponsável por seus atos. Já quem é maior de idade e usa drogas pode muito bem responder pelos seus atos, e sabe muito bem o que está fazendo. Se "mijar fora do penico", que sofra as consequências.
Discordo veementemente de você ainda quando você diz que os "justos" devem pagar pelos pecadores, "para nossa própria proteção"; isso é absurdo, e vai de encontro com qualquer noção básica de civilização e humanidade; jamais quem está certo deve pagar pelos erros de outros. Punamos quem merece ser punido. Este é um dos motivos pelo qual o homem começou a se agrupar, no começo de sua história, e formou o que nos acostumamos a chamar de sociedade - para que fosse estabelecida e cumprida uma série de regras determinando o que é certo e o que é errado, e que pudessem ser efetuadas punições aos que errassem, permitindo ao "justo" que vivesse sua vida sem ter de pagar pelos erros dos outros.
Obrigado também pela atenção, e por manter o bom nível do debate.
Rafael Azevedo.
[Sobre "A TV é uma droga"]
por
Rafael Azevedo
29/11/2001 às
20h18
200.211.161.172
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o eixo curitiba-joão pessoa
É muito legal poder conhecer João Pessoa e ver as diferenças culturais entre as regiões do país através das suas colunas, Miss Baggio. Obrigado e parabéns!
[Sobre "Cultura no espeto"]
por
Fabio
29/11/2001 às
19h05
200.183.94.214
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Só o lado ruim?
Fernando,
Conscientizar só do lado ruim das drogas? Se vai-se fazer uma campanha de esclarecimento, acho que seria honesto que se mostrasse também o lado bom, ou antes, as drogas por inteiro. Do contrário, não seria esclarecimento, seria uma campanha partidária. De acordo?
[Sobre "A TV é uma droga"]
por
Rafael Lima
29/11/2001 às
18h58
200.160.224.129
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Responsabilidade e respeito
Estou um pouco cansado de ver minha posição sobre as drogas ser "interpretada" livremente, para não dizer "levemente distorcida", talvez devido ao tamanho dos textos. Por isso, vou esclarescer alguns pontos:
1) Como eu deixei bem claro em trechos como "Nenhuma das drogas existentes hoje, inclusive as legais, usadas da maneira que são, trazem benefício substancial se comparado com seus danos ao organismo ...", ou
" ... portadores de drogas que são, se tornaram um problema contundente em nossa sociedade, sem distinção entre usuários de drogas leves, drogas pesadas e drogas 'legais' ", eu não faço distinção entre droga NENHUMA, nem mesmo álcool ou cigarro. Portanto, não a verdadeira a afirmativa que eu não sou "igualmente contra o uso de álcool, já que ele é responsável por ainda mais males na sociedade que todas as drogas somadas."
2) É um fato que algumas drogas tem usos benéficos. Se não me engano, citei o do LSD (combater o vício da morfina), da coca (conhecido pelos habitantes dos Andes). Por isso sempre deixei bem claro que o uso das drogas "da maneira como acontece hoje" é ruim. Isso é um fato, mesmo que não seja para todas as pessoas. Se todos pensassem como você, Rafael, ou como a Soninha, nem haveria motivos para proibição alguma. Eu sei disso, você sabe disso, todos sabem disso. Mas a droga, aliada a falta de cultura, responsabilidade e respeito pela vida é perigosa, e todos nós também sabemos disso.
3) Quando eu digo que as drogas "simplesmente não deveriam existir", eu não quis dizer que deveriam ser queimadas como os livros proibidos pela Inquisição. Nem que as pessoas deveria ser privadas à força "do grande prazer de suas vidas". O que eu proponho, em todos os texto, é uma mudança de mentalidade, uma conscientização gradual dos males que ela (a droga) traz e, em algum momento da história, ninguém mais a desejaria. Ponto final, ninguém mais a quer, perde-se o propósito da proibição. Ela não é proibida porque não é mais produzida porque não é mais consumida. Ninguém perde com isso porque foi uma escolha de todos, uma evolução da maneira de pensar. Foi o que aconteceu (eu acho) com a Talidomida. Ao saber dos males que ela traz, ninguém mais se propôs a usá-la. Ela deixou de ser produzida e, apesar de seu uso não ser proibido, ninguém mais a usa. Eu não tenho uma proposta para agora, não sei como lidar com a questão das drogas hoje. Proibindo se incentiva, liberando se agrava. Tudo o que eu tenho é uma solução a longo prazo, mas parece que você(s) se recusa(m) a entender.
4) Não há benefícios na escravidão? Não há benefícios para todos, mas uma boa parte daqueles que integram esse sistema (os não-escravos) são beneficiados. Por exemplo, o Império Romano cresceu e se desenvolveu baseado na escravidão, muitos se beneficiaram da mão de obra barata e descartável. O Brasil também cresceu muito devido ao trabalho desses mártires, assim como toda a América. Não sou a favor da escravidão, mas não posso deixar de reconhecer que muitos se beneficiaram. Mas isso não faz da escravidão uma coisa boa, ou aceitável. E quanto à pedofilia? Se um adulto de 50 anos e uma garotinha de 12 anos resolvem de comum acordo fazer sexo, isso, assim como o uso de drogas por pessoas como você ou a Soninha, não prejudica a ninguém (além deles mesmos, talvez). Isso não torna o senhor de 50 anos uma pessoa menos "honesta e idônea" no dia a dia. Mas isso ainda continua sendo pedofilia. E errado. E crime. Fazer analogia não pode ser usado de maneira nenhuma para justificar um raciocínio, eu sei disso, mas pense comigo. Seria certo liberar a pedofilia, simplesmente porque pode ser que crianças decidam fazer sexo com adultos, e isso não prejudique ninguém? Não, não seria, muitas pessoas poderiam se prejudicar e prejudicar aos outros, mesmo que muitas outras pessoas não o fizessem. É o grande dilema da humanidade, para nossa própria proteção, muitas vezes vocês, os "justos", devem pagar pelos pecadores.
Meus textos já estão ocupando muito o espaço de vocês, então esse foi o último sobre esse assunto. Minhas idéias estão aí, cada um leia e tire suas próprias conclusões. Obrigado pela atenção, pelo debate e pelo espaço.
Fernando Milton Magalhães Ferreira
[Sobre "A TV é uma droga"]
por
Fernando M. Ferreira
29/11/2001 às
18h34
200.179.116.12
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Uns 5 anos devem bastar
Paulo,
Li seu artigo 2 vezes. Algumas partes 3 vezes. Vou parar e voltar a ler amanhã. Talvez eu demore mesmo uns 5 anos para ser capaz de questionar algumas partes. Mas sei que o que está me escapando à razão é perfeitamente captado pela intuição. Tem mais, vou comprar o livro do Olavo de Carvalho. Se sobreviver, te informo depois.
Abraços,
Ana
[Sobre "Frutos da videira"]
por
Ana Veras
29/11/2001 às
17h32
199.228.142.5
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Adultos.
Julio,
Você tem toda razão.
Como adultos, temos a obrigação de estar atentos ao que nossos filhos engolem, literalmente, ou pela televisão. E de nos posicionarmos contra o que é,realmente, RUIM.
Eu não acho que a TV seja inofensiva. Nem que "quem quiser que mude de canal". Nem que o problema de consumo de drogas (alcool, inclusive!) seja só dos viciados.
Liberdade? Alguém já viu como é bonito uma pessoa destruindo a própria vida e da família por causa de drogas? E ninguém se vicia na idade adulta. É na passagem infância/adolescência que isto acontece. Basta ler a respeito, ou olhar pela janela, para saber disto.
Não faz mal? O que vc acha que causa a uma cabecinha de criança a mistura sexo, religia, apelação, que a TV entrega, de graça, diretamente em casa?
Onde vai dar um mundo onde “Ter responsabilidade” é considerado “careta” não pelos muitos jovens, como seria aceitável, mas pelos “adultos liberais”, o que é inadimissível??!!!
Abraços,
Ana.
[Sobre "Digestivo nº 58"]
por
Ana Veras
29/11/2001 às
17h03
199.228.142.5
(+) Ana Veras no Digestivo...
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informalidade um pouco caótica
Parabéns pelas conclusões do último parágrafo, Adriana. Sugiro, sem modéstia nenhuma, a releitura da minha coluna 'Em nome do caos'. Aposto que as fichas vão cair em cascata.
[Sobre "Cultura no espeto"]
por
Rafael Lima
29/11/2001 às
16h10
200.179.78.2
(+) Rafael Lima no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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