COMENTÁRIOS
Sexta-feira,
9/4/2004
Comentários
Leitores
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Por quê?
Sim, pergunto porque é tão difícil, no Brasil, um autor novo conseguir uma editora que se proponha a publicá-lo. Acredito que tudo o que acontece na vida é uma conseqüência de algo. O seria esse algo que funciona como empecilho para os novos escritores, de maneira geral? É simples, creio eu, a resposta. Vivemos num mundo dominado pela vontade do lucro. Uma editora que não veja grande possiblidade de venda de um livro não quer se arriscar a um gasto com leitura de avaliação e tampouco com revisão. Como vc mesmo mencionou, são poucos e caros esses profissionais. Também esse fato não deixa de ser uma conseqüência de outro -o brasileiro lê pouco. Temos pouquíssimas bibliotecas públicas e, nas escolas, a leitura é pouco e mal estimulada. É errado dizer-se ao jovem ou à criança o que devem ou não devem ler. Que os deixem ler o melhor lhes aprouver, pois o importante é ler - seja uma revista, um jornal, um livro bobo... enfim, ler é um hábito que, uma vez adquirido, fica. Com o tempo, o jovem irá selecionar o que ler. Outra forma de se estimular a leitura é a televisão. Quando são apresentadas mini-séries ou mesmo outros programas onde são apresentados temas interessantes o público tele-espectador é levado a comprar o livro, a se envolver e a ter interesse em saber mais sobre o assunto.
Se o número de leitores aumenta, a venda de livros aumenta, as editoras vão empregar mais avaliadores de manuscritos e os novos escritores terão mais e melhores oportunidades.
Será um sonho? Acho que não.
Finalizando, peço aos novos escritores que, podendo, não desistam!
[Sobre "Os desafios de publicar o primeiro livro"]
por
Regina Mas
9/4/2004 às
21h02
200.167.32.176
(+) Regina Mas no Digestivo...
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Quase bravamente resistindo...
Bem, eu concordo e não concordo com vc... Tenho 40, portanto sou da geração vinil... Comprei meu primeiro cd player e meu primeiro cd (The Dark Side Of The Moon) em 1987, e confesso, tive a minha primeira decepção. O som não é o mesmo, o do vinil é infinitamente superior, não estou falando da execução sem chiados e sim da qualidade sonora. As letras do encarte do cd são praticamente invisíveis, quando estes são contemplados com encarte, o que nem sempre acontece. Este sentimento pode até ser chamado de saudosista, mas o prazer de manusear um álbum de capa dupla com encarte é quase indiscritível. Esta é uma das grandes falhas do cd, mas concordo que uma revolução está lançada, o perfil do usuário e consumidor de cd´s está mudando drasticamente. O pessoal monta sua própria coletânea baseada em critério algum, o que para o pessoal da minha geração é um sacrilégio. Vc não pode misturar Neil Young com Ivete Sangalo, Lou Reed com Fala Mansa e passar o restante dos seus dias sem pagar pelo crime cometido. A minha dúvida é: estarão as majors do mercado fonográfico preparadas para isto? Hoje, tudo é muito rápido, efêmero e descartável. Qual a necessidade de se ter o cd de determidado artista, se é possível e absurdamente mais barato se montar um cd com as preferidas gastando R$ 1,00 na mídia e tendo paciência e saco para baixar músicas de sites de trocas de arquivos? Agora, se isto é a crônica de uma morte anunciada, não faço a menor idéia, continuo a comprar discos de vinil e adquirindo cd´s. Confesso ainda relutar na compra de cd´s piratas, mas provavelmente este é um escrúpulo que abandonarei em breve.
[Sobre "Para mim e para você, o CD teve vida curta"]
por
Tito Pinheiro
8/4/2004 às
19h56
200.175.180.160
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Dos melhores
Realmente é um dos melhores filmes que assisti nos últimos anos. Ainda não entendi pq não foi lançado em DVD, pois é certamente um filme para se ter em casa.
[Sobre "O Paulinho da Viola de Meu Tempo é Hoje"]
por
Felipe Addor
7/4/2004 às
19h27
200.152.212.130
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Cidade de Deus
Marcos, em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar você pelo artigo. Porém, discordo da colocação que você faz a respeito do fato de que o filme acaba chocando apenas por estarmos tratando da morte do filho de Deus, já que não teríamos o mesmo impacto se não estivéssemos tratando de Jesus, mas de um de seus filhos desafortunados. Creio que o inverso desta proposição seria mais adequado. Acho que o mais chocante (e, no meu ponto de vista, o maior mérito do filme) é que ele é uma demonstração viva das possibilidades de utilização da violência, da tortura... De forma que, se o homem foi capaz de fazer o que fez com Cristo (não foi Gibson quem fez isso, mas aqueles homens de quase 2000 atrás), com o filho de Deus, imagine onde podem chegar os requintes de crueldade contra um dos chamados desafortunados. A própria Cidade de Deus carioca pode ser uma resposta para esta afirmação.
[Sobre "A Paixão de Cristo e Cidade de Deus"]
por
Rafael Pereira
6/4/2004 às
16h55
200.18.53.198
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É isso aí!
Parabens Alexandre, ótimo texto. Assisti o filme e realmente, na minha opinião, é "o melhor filme de música já feito em terras brasileiras".
[Sobre "O Paulinho da Viola de Meu Tempo é Hoje"]
por
Anita Schwarzwalder
6/4/2004 às
09h35
200.186.151.97
(+) Anita Schwarzwalder no Digestivo...
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Concordo!
Perfeito e irretocável seu texto. Tenho
um coluna no site da Superinteressante
chamada "Retratos" e vira e mexe amigos e conhecidos querem me analisar pelas crônicas. Ou entendê-las por minhas características pessoais. E minha resposta é exatamente essa: narrador não é autor e o texto é meu, mas não só meu.
abraço,
[Sobre "Autor não é narrador, poeta não é eu lírico"]
por
luciana pinsky
4/4/2004 às
17h54
201.1.23.63
(+) luciana pinsky no Digestivo...
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orkut: google explica
pois é julio. para complementar o teu texto, o orkut é afiliado ao google. só aí dá pra ver q a coisa não é de brincadeira. o pessoal do google não dá ponto sem nó. vide o blogger (q foi absorvido pelos caras) e agora o anunciado g-mail, q segundo eles vai revolucionar o conceito de e-mail grátis. é isso. sales
[Sobre "Digestivo nº 169"]
por
Augusto Sales
7/4/2004 às
11h51
200.155.195.79
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Preconceito ontem e hoje
Aline Pereira escreve que a afirmação, por Gilberto Freire, de que "desvirginar uma negrinha" era encarado como um ótimo remédio para curar a sífilis significa uma contradição na sua tentativa de minimizar o racismo brasileiro.
Entretanto, o que diria a articulista quanto ao fato de que na África Negra hoje em dia ainda se acredita que desvirginar uma jovem é o melhor remédio para curar os portadores do vírus da AIDS?
[Sobre "Carnaval, Gilberto Freyre e a democracia racial"]
por
Elso
4/4/2004 às
10h37
200.147.0.191
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uma pequena ressalva
Nanda Rovere,
grato pela indicação desse projeto Geraldo Carneiro.
Cabe fazer, entretanto, uma pequena ressalva: ao contrário do que vocë afirma, Camões jamais escreveu um poema denominado "Por mares nunca dantes navegados". Este texto é o terceiro verso da primeira estrofe de "Os Lusíadas":
"As armas e os barões assinalados/ que da ocidental praia lusitana/ por mares nunca dantes navegados/ passaram ainda além da Taprobana etc."
[Sobre "Por Mares Nunca Dantes, de Geraldo Carneiro"]
por
Elso
4/4/2004 às
10h17
200.147.0.191
(+) Elso no Digestivo...
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Caminho
Estou exatamente na situação-problema: procurando, como vários outros novos escritores, uma editora que tenha interesse em publicar meu livro. Não que eu seja inocente de achar que meus originais valham apena, ou que minha literatura será a ponta de uma renovação, uma revolução, não. Acho cruel taxar que não existem autores publicáveis aqui no Brasil, na verdade acho isso um tanto amargo demais. Concordo que o mercado editorial brasileiro é imaturo (e nem é preciso ser expert no assunto pra concordar) e cheio de percalços, mas nada disso deve servir de desculpa ou desestímulo, trilhemos os caminhos enleados de pedras e pontes quebradas. Romântico pensar assim? Inocente? É, é sim, mas se não ouver sonho, não há realidade. E como diria Caetano: "o novo sempre vem". Quero ver meu livro na loja, quero sentir a textura do papel, ver a capa, realizar meu fetiche, ainda que alguém ache aquilo tudo uma grande besteira. Quem disse que é fácil?
[Sobre "Os desafios de publicar o primeiro livro"]
por
Ernesto Diniz
4/4/2004 à
00h05
200.165.99.190
(+) Ernesto Diniz no Digestivo...
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Julio Daio Borges
Editor
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