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Quinta-feira,
21/10/2004
Comentários
Leitores
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eu é que queria tê-lo escrito
Eu acho que está cada vez mais difícil as pessoas conseguirem chegar a denominadores comuns, justamente por que ainda temos esse habito de adotar sistemas e padroes para tudo. E sao tantas ideologias distribuidas na vitrine da vida que todos tentam convencer-se de que aquela que escolheu é a melhor, é a verdadeira. E assim até falar de música pode se tornar um grande problema... E eu que um tempo atrás achava que a gente só discutia por religião e política. Adorei seu texto, Julio, gostei tanto que eu queria tê-lo escrito. Um grande abraço.
[Sobre "Ideologia: você quer uma pra viver? Eu, não"]
por
Carolinne
21/10/2004 às
14h27
192.168.133.51
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O silencio existe?
Você sabe que, ontem, eu e um grupo de amigos estavamos falando exatamente disso? E nos questionavamos se o silencio existia, e como seria a sensação de total ausencia de sons? Por exemplo, no meu quarto agora, se eu parasse de teclar estaria em silencio, mas logo ouço o barulhinho do relógio. E depois do relógio, tem uns outros sons constantes, como os da energia elétrica, etc. Ficamos tentando imaginar um lugar realmente silencioso... pensamos no vacuo (começamos a pegar pesado, hahaha). Mas será que o silencio do vacuo era realmente silencioso? Caramba! O silencio existe?
[Sobre "Ensaios sobre o silêncio"]
por
Carolinne Assis
21/10/2004 às
13h34
192.168.133.51
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Sobre pacotes e receitas
Neste início de milênio, o que se vê é um retrocesso a um “medievalismo” aliado à preguiça das pessoas em criar uma consciência crítica sobre tudo o que as rodeia. E então, como citado em seu artigo, se apegam nesses “pacotes” ou “receitas de bolo” que lhes sacia a fome de “andar no caminho certo” (já que são incapazes de fazê-lo por si mesmos) ou trazem dicas, sugestões, injeções de ânimo e afins que lhes fazem pensar que o “sucesso” é possível desde que se sujeite a sacrifícios de toda ordem. A religião (ou espiritualidade, como dizem os que não fazem parte das religiões ditas oficiais ou coisa parecida) se encarrega de arrebanhar grande parte dos iludidos e desamparados. São os que não acreditam nos estudos científicos e se prestam a ler somente o que suas igrejas lhes ordenam, tapando-lhes a mente e tornando seu coração presa fácil para o apelo insaciável dos sacerdotes “que falam pela boca do todo-poderoso”. Vez ou outra surge nova corrente naturalista que prega substituição radical de carne bovina por toneladas de vegetais, na esperança de se prolongar o tempo de vida útil das pessoas. Qualidade de vida não vem em pacotes “milagrosos”, nem está na busca esquizofrênica por um corpo de atleta ou de “top model” da hora. Mais vale ser o que se é, com todas as imperfeições e virtudes, desejos e frustrações, sabendo aproveitar o que a vida tem de melhor. E, para essa juventude que aí está, basta botar a cuca para funcionar, ler mais (ou simplesmente ler), exigir mais qualidade no ensino, deixar os modismos de lado, enfim, fazer acontecer, porque senão a máquina rosa dos “shopping centers” ilusórios podem seduzi-los tal qual sereias com seus cantos enfeitiçadores.
[Sobre "Ideologia: você quer uma pra viver? Eu, não"]
por
Pepê Mattos
20/10/2004 às
09h41
200.252.140.6
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Orkut e Wunderblogs
Claro que me impressionei com o artigo e a boa comparação entre o livro e o Orkut. Achei também muito interessante o fato de pessoas como essas existissem! Eu vivia numa ilusão muito grande em pensar que eram meros casos isolados! Mas, enfim, eu ia sair sem dar um comentário, mas a parte da Conspiração me assustou! Isso porque eu escrevi um texto sobre EXATAMENTE ISSO, uma fábula mais ou menos onde eu colocava minhas dúvidas religiosas sobre deus e deixava como final esse mesmo comentário! É Tão idêntica a idéia central que me assustei. Isso só vem confirmar minha descrença em inovação ou diferenças. E eu gosto dos Wunderblogs apesar de ter lido algumas coisas do Sores Silva que realmente achei tolas como a exposição de atrizes famosas e historinhas inventadas muito fúteis. Também um conto, o qual, apesar de ter prendido minha atenção, achei defeituoso demais.
[Sobre "Dorian Gray abre o sótão: Orkut"]
por
Marcely
20/10/2004 às
04h50
200.234.119.62
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Redescobrindo Nelson Rodrigues
Como admiradora de Nelson Rodrigues, interessei-me e fiz uma leitura atenta, que agradou-me sobremaneira, pelo conteúdo e pelo estilo. Trouxe-me novas maneiras de ver a obra do grande mestre. Espero que textos desta natureza se multipliquem, para satisfação dos leitores.
[Sobre "Nelson Rodrigues e o Vestido"]
por
Maria Regina Maluf
19/10/2004 às
23h14
200.162.215.113
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Bom artigo
Sua comparação foi realmente muito feliz. Infeliz é sabermos que atrás de vários Dorians, quadros corrompidos são ocultos.
[Sobre "Dorian Gray abre o sótão: Orkut"]
por
Patricia Daltro
19/10/2004 às
15h30
200.244.100.248
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Inspiração
Imagino que a Marisa Lajolo deve ter se inspirado no trabalho do Harold Bloom que tem até um livro de título semelhante: "Como e por que ler".
[Sobre "A vida sem computador"]
por
Daniel Malaguti
19/10/2004 às
11h54
200.152.34.1
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Carência de Atenção
Bem-vinda ao mundo globalizado! Sinto coisa semalhante à que vc se refere quando ouço estrangeiros falar do Brasil. E acredito que eles sintam o mesmo quando tento falar algo sobre seus países de origem. No final, toda idéia que temos de uma terra estrangeira é um estereótipo. Afinal, o que sabemos (perdoe-me incluí-la aqui) sobre a Grécia atual? Nada muito além da visão superficial transmitida na cobertura das olimpíadas. Ou sobre a Sérvia, senão o que se falou durante as guerras por que passou. Vc acredita que, sem ter vivido nesses lugares, é possível ter uma noção razoavelmente justa da complexidade das relaçoes humanas lá existentes? Mas, deixando de lado o amor pela pátria e por nós mesmos, por que o Brasil merece uma atençao especial do resto do mundo? Será que não é uma carencia nossa essa necessidade de atenção e compreensão?
[Sobre "Brasil em alemão"]
por
Fabricio
18/10/2004 às
17h13
129.24.25.231
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Nova Idade Média
Caro Julio, parabéns novamente. O vale tudo pós-modernista, segundo o qual não há verdade absoluta, mas discursos culturalmente construídos, provoca estragos. Também considero essa visão relativista crescente nos dias atuais – se alguém duvida, que busque a bibliografia dos nossos cursos acadêmicos nas ciências sociais, repleta de "desconstrutivismo", ausente de qualquer referência às ciências naturais. Há, ali, o elogio do misticismo ideológico (precisamos de um Alan Sokal brasleiro, quem sabe você, Julio?) e o combate ao "discurso" científico. A ciência, de fato, cometeu equívocos, mas quase sempre quando deixou de lado os instrumentos que devem marcar seu trabalho – caso contrário, não é ciência. O principal deles é a PROVA, tão negligenciada, infelizmente, nos estudos atuais de História, Filosofia, Comunicação etc.
[Sobre "Ideologia: você quer uma pra viver? Eu, não"]
por
Heberth Xavier
18/10/2004 às
16h50
200.188.188.30
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Controvérsia (só uminha)
É sobre a campanha da Marisa. Na minha opinião o comercial foi muito bem elaborado, mas o resultado final acaba sendo uma burrice. Por que? Não é melhor atingir atingir o dois públicos (feminino e masculino) do que apenas atingir contundentemente as mulheres inteligentes. Entenda que "o que elas podem fazer pelo seu relacionamento" está muito mais perto do entendimento medieval-contemporâneo (inclusive o meu) do que "um homem bonito, sedutor e bem humorado" associado a uma peça de roupa feminina com o título de objeto. Se for para inverter os papéis e satisfazer a parcela inteligente da população feminina, tudo bem; mas se for para vender para a massa, eu acho que o tiro saiu pela culatra. Veja que os comerciais de carro destinados aos homens mudaram bastante (talvez algumas recaidas...). Propaganda de cigarro da Souza Cruz, utilizando o princípio do objeto, foram abolidas, agora eles estão atacando os formadores de opinião. As propagandas de cerveja tudo bem, eu dou o braço a torcer, mas também veja o tipo de público a que elas são destinadas. O restante foi perfeito.
[Sobre "Do que as mulheres não gostam"]
por
Leandro
18/10/2004 às
09h07
200.199.170.253
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Julio Daio Borges
Editor
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