COMENTÁRIOS
Sábado,
26/1/2002
Comentários
Leitores
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vão-se os buracos
...ficam os livros também, claro. Faz um tempão, li em algum lugar (não lembro autor, referência, nada) uma passagem sobre o "valor", ou a razão, da arte. O autor deixava a pergunta "para que serve arte" sem resposta, e começava a falar das coisas vitais da sobrevivência. Para que a gente trabalha? Para ganhar dinheiro. Para que a gente ganha dinheiro? Para comer. Para que a gente come, faz higiene, vai ao médico, constrói casa etc. etc.? Para sobreviver. E para que a gente sobrevive??? Para que o trabalho todo de manter a carcaça viva? Só por instinto? E o que nos faz humanos, então? A resposta do autor, claro, era esta: a arte. Vivemos para poder produzir e participar da cultura. Também ouço muita teoria do buraco de rua, na forma daquele sorriso amarelo quando tento explicar meu doutorado em "Estudos Culturais e Visuais". Que bom que nem todo mundo caiu na armadilha do buraco de rua - senão, a gente ia mesmo pro buraco!!!
[Sobre "Teoria do Buraco de Rua"]
por
dani sandler
26/1/2002 às
21h40
64.12.107.44
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uma coisa é uma coisa
Antônio, é sempre arriscado comparar duas coisas que tenham finalidades tão diferentes. Certamente as pessoas a que você se refere são mais úteis para a sociedade do que um sujeito que só se dedica ao estudo de Bach e Mozart. Mas não se pode medir tudo com base apenas na sua utilidade. Um abraço cordial, Fabio.
[Sobre "ô ô"]
por
Fabio
26/1/2002 às
11h37
200.183.94.214
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obrigado
Obrigado pelos comentários, Cris. Por um momento você me deixou com vontade de ter 70 anos... :)
Um forte abraço, Fabio.
[Sobre "todas as festas felizes demais"]
por
Fabio Danesi Rossi
26/1/2002 às
11h33
200.183.94.214
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Afinal de contas...
Fábio
Há pessoas que não saberiam opinar sobre Mozart e que nunca ouviram falar de Proust, mas dedicam uma parte do seu tempo livre ensinando gratuitamente o pouco da educação que eles têm para quem tem menos ainda. Pessoas que fazem isso (e eu até poderia citar quase duas dezenas de nomes que eu conheço) são mais úteis aqui do que aquelas que entendam de Mozart e de Proust, mas não produzem algo útil para o país. Afinal de contas, "don´t ask what your country can do for you, but what you can do for your country" (John Kennedy).
Antônio Lacerda
São Paulo - SP
[Sobre "ô ô"]
por
Antônio Lacerda
25/1/2002 às
21h51
200.211.118.48
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joão mellão
Rafael e leitores: leiam a coluna que o João Mellão publicou hoje (25/01) no Estado de São Paulo. Ele conta que aqui em São Paulo se chegou ao cúmulo de criar comissões de detentos para co-gerir os presídios! É mole? No Brasil a justiça tarda, mas não chega, como já disse alguém.
[Sobre "Absurdos jurídicos"]
por
Fabio
25/1/2002 às
21h49
200.183.94.214
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Tanta benevolência!
Rafael
Não sou advogado e meu conhecimento de Direito é muito pouco. Mas, deste pouco que eu sei, fico com a impressão que quem escreveu o código penal brasileiro escreveu pensando em si e não nos criminosos, ou seja, pensando em quais direitos eles gostariam de ter se fossem presos. Ou melhor, talvez tenham pedido contribuições a alguma Associação de Mães de Presidiários. É como eu consigo explicar tanta benevolência com os criminosos.
Saudações.
Antônio Lacerda
São Paulo - SP
[Sobre "Absurdos jurídicos"]
por
Antônio Lacerda
25/1/2002 às
21h27
200.211.118.48
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Pergunte a eles
Pergunta, pois aos animais e eles te ensinarão;
às aves do céu e elas te instruirão;
Fala aos répteis da terra, e eles te responderão;
e aos peixes do mar, e eles te darão lições.
Entre todos esses seres quem não sabe que a mão de Deus fez tudo isso,
Ele que tem em mãos a alma de tudo o que vive,
e o sopro de vida de todos os humanos?
Jó, 12, 7-10.
[Sobre "Variações"]
por
José Roberto Barreto
25/1/2002 às
19h45
200.173.176.185
(+) José Roberto Barreto no Digestivo...
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Coerência
Quem conhece o Lisandro pessoalmente, sabe que ele realmente segue a risca suas sugestoes... :)
Ta maneirissimo, Lisandro! :)
Um abraco,
Edgar
[Sobre "Como não ser publicado"]
por
Edgar
25/1/2002 às
16h12
209.136.240.38
(+) Edgar no Digestivo...
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Sugestões de respostas
Queria colaborar com respostas para as questões existenciais (com o perdão da expressão) de que o colunista se queixa. Talvez ele possa responder assim aos interlocutores, como eu responderia:
1) Deus existe?
Não, nem Ele nem você.
2) Qual o sentido da vida?
Anti-horário, mas se você plantar bananeira parece que é horário.
3) Qual o nosso lugar no Universo?
Eu tenho um apartamento na Romualdo de Barros, Carvoeira, Florianópolis; você pode sentar ali naquele cantinho e ficar de bico fechado até o tio mandar sair.
Pronto. Vejo-o na sexta-feira que vem, na próxima coluna.
[Sobre "Variações"]
por
Guilherme Quandt
25/1/2002 às
12h42
200.180.8.78
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O Caso do Cocô de Lesma
Salles, meu caro. Acabei de ler seu texto e daí pensei: "Pô, escrevi sobre isso essa semana". Quero dizer, na verae foi apenas uma notinha que dei, que talvez case com o final do seu texto. Leia aí (a nota se intitulava Ö Caso do Cocô de Lesma"): "O leitor pode estar pensando que o título acima é uma brincadeira e mau-gosto. Não é. Trata-se do material de que é feita uma “obra de arte”, da artista plástica mineira Rivane Neunschwander, e que faz parte do acervo do maior colecionador de arte do Brasil, Gilberto Chateaubriand. A questão, neste caso, não é só a qualidade da “obra de arte”. Afinal, qualquer pessoa com um mínimo de bom-senso sabe que não se trata em absoluto de algo que mereça esta qualificação. O questão é a manutenção destas besteiras, em museus e galerias, que teria ultrapassado, e muito, o valor de tais coisas. Em alguns casos, por exigirem temperatura, luminosidade e umidade controladas por computador, em salas especiais, o custo de se manter estes “cocôs de lesma” já teriam consumido dez vezes o custo da “obra”. O “caso do cocô de lesma” está longe de ser resolvido tanto por colecionadores quanto por museólogos (muito menos pelos acadêmicos, mas isso acho que é desnecessário dizer) porque passa pela arte conceitual, que há pelo menos duas décadas entulha Bienais e galerias especializadas com um tipo de arte (o termo não é exato) que não está nem aí para a efemeridade dos materiais. É uma arte que não diz nada de imediato para o espectador. Na verdade, quem aprecia este tipo de coisa tem que andar com umas enciclopédias embaixo do braço, para compreender a “genialidade” alheia (peço deculpas ao leitor pelo excesso de aspas nesta nota, mas como falar desta “arte” sem usá-las?). A “arte conceitual” é a responsável por obras como a de Neunschwander, descrita como “abstrações quase líricas”, feita com muito cocô de lesma sobre uma mesa de madeira." Abraço,
[Sobre "Variações"]
por
Paulo
25/1/2002 às
12h46
200.195.206.4
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Julio Daio Borges
Editor
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