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Sexta-feira,
9/6/2006
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Joyce jovem e Beckett velho
Entre James e Samuel (Joyce e Beckett) havia um espaço muito maior do que a proximidade física entre os dois deixava perceber. Joyce, mais velho, é um brilhante adolescente. Beckett já era velho aos vinte e poucos anos. Joyce nunca saiu de dentro dos seus textos, andava por ali meio deslumbrado com o labirinto de suas próprias palavras e, se o problema de Joyce for a tradução para o português, tudo bem, que seja, mas Joyce escreve de um jeito meio infantil. Beckett saiu do labirinto, como Dédalo, e o único risco que correu foi se afastar demais dele (do labirinto) a ponto de perdê-lo de vista. Ambos tinham em comum interesses literários, cultura, inteligência e poucos outros amigos. Se entendiam muito bem. Mas é tentador imaginar o que Beckett pensava de seu ilustre e mais velho colega: "Não vou escrever dessa maneira".
[Sobre "Beckett e Joyce"]
por
Guga Schultze
http://gugasic.blogspot.com
9/6/2006 às
03h43
200.151.14.58
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Eu, escritor, vivo ou morto
Que artigo tão lúcido e sagaz. Eu vi um rapaz dizer numa peça: "escritor não precisa escrever algo, mas pensar em escrever algo". A Clarice Lispector se dizia escritora amadora. Quem escreve para não morrer, sendo escritor ou não, de repente lê seu artigo, morre. Sejam ou estejam, mas não morram.
[Sobre "Ser escritor ou estar escritor?"]
por
Caiocito Campos
http://dublesdepoeta.zip.net
9/6/2006 às
02h21
201.17.206.139
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Copacabana poderia ser melhor
Eu devo admitir que não sou um morador típico de Copa. Embora esteja no meio do bairro, a vista da minha janela é mata com micos e nenhuma favela. Gosto do meu silêncio mas só porque posso pisar na rua e ter a civilização ao meu alcance. Mas adimito que Copa seria bem melhor se o bairro fosse mais cuidado, com um planejamento sério. Também investir na Zona Sul não atraia votos para prefeitos.
[Sobre "Copacabana e a cultura urbana carioca"]
por
Lefebvre
http://www.saboya.org
8/6/2006 às
17h48
201.17.105.97
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Advogados e Bajuladores 2
Carlili, se “bajular” ou “advogar” for algumas das características necessárias neste tipo de fórum, juro que eu preferia fazer o papel de “advogado do diabo”, afinal eu fui a primeira a criticar o texto em questão. Mas, droga, o que falar de uma criatura que ora me parece a sensibilidade em pessoa (veja os textos: "Dos amores possíveis" e "A educação atual de nossas crianças") e ora parece não enxergar um metro diante de seu nariz? A verdade é que o Marcelo Maroldi é uma incógnita, pois é capaz de nos fazer amá-lo por causa de alguns textos e detestá-lo por causa de outros. Creio que você chegará à mesma conclusão se ler os textos que mencionei. (Nota: Caríssimo Marcelo Maroldi, juro por Deus que esta é última vez que te defendo (rsrs). Caso contrário, vou ter cobrar por meus honorários.)
[Sobre "Novos escritores? Onde?"]
por
Janethe Fontes
http://palavreando.zip.net/
8/6/2006 às
15h05
200.161.230.8
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Os paradoxos de Copacabana
Caro LEM, adorei seu texto! Uma das coisas que mais me atraem no Rio é justamente a arquitetura, e nesse ponto, Copacabana é imbatível. Como você mesmo disse, as fachadas dos prédios são belíssimas, remontam a um outro tempo. É impossível não ficar imaginando histórias acontecendo por trás daquelas pomposas portas de latão, sempre bem guardadas por um indefectível porteiro. O que mais me intriga nesse bairro, porém, é a convivência do provinciano com o moderno. Em Copacabana estão, ao mesmo tempo, cosmopolitas de todas as partes do mundo e velhos moradores com hábitos idem. E por mais que seja o bairro de uma das capititais brasileiras mais economicamente ativas, suas lojas e comércios mantêm placas e luminosos como há muito não se vê, ou que se vê apenas em cidadezinhas do interior. Enfim, um lugar de constrastes, mesmo. Não me admira que você seja apaixonado por ele.
[Sobre "Copacabana e a cultura urbana carioca"]
por
Adriana
7/6/2006 às
16h04
200.192.254.27
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blog também é vaidade
Há, senhor Julio, um outro motivo, para se fazer um blog, além dos quatro mencionados: vaidade. É um motivo, digamos, quase proibido, por causa da nossa cultura judaico-cristã. Eu assumo: tenho um blog também por vaidade e conclamo a todos que visitem. Se não aprovarem o meu blog, eu imagino: "Também não gostariam se fosse do Machado de Assis".
[Sobre "por que blogar"]
por
Joel Rogerio
http://cronicasdojoel.blogspot.com
7/6/2006 às
15h42
200.216.113.142
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Muy interesante, la verdad
Bueno, lo que está haciendo el texto que presenta el texto de los dos autores es justamente la operación que señala el segundo texto. Muy interesante, la verdad. Saludos.
[Sobre "Lecto-escritura esquizofrénica"]
por
Juan López
7/6/2006 às
13h11
200.71.239.68
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Uma cama de gato
É duro para muitos o esforço de pensar, calcular e entender. Há pouco, estive num workshop do mítico baixista Arthur Maia, grande músico brasileiro (mundial, por que não?), que nos brindou com sua presença e dicas técnicas. O local era habitado por músicos em sua maioria, mas aberto a qualquer um que preferisse a qualidade. Pois bem, em certo momento, sua banda executou um originalíssimo "brazillian jazz" de "entortar" ouvidos, tamanha a beleza e complexidade harmonica, rítmica e melódica. Matemática e arte numa mescla perfeita, quase tangível. Pensei: "Isso não é pra qualquer um. Há requisitos mínimos para entender tudo isso e encontrar a proposta do artista. Estou feliz.". Vi (ou melhor, "ouvi") que, se não há uma apurada auto-exigência, pessoal, primária, não há objetivo: absorver algo, ligar-se à linguagem do autor, seja qual for sua ferramenta, e formar uma crítica opiniao a respeito. Essa exigência não existe nas massas, que seguem caminhos já pavimentados pelos que pensam por elas.
[Sobre "O elogio da ignorância"]
por
Hudson Malta
7/6/2006 às
11h07
201.8.59.227
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Argentina e Brasil 2/2
Se gosto de tudo isto, por outra parte, confesso que não saberia, hoje, morar numa outra cidade que não seja a paulicéia. Curto muito desta cidade de contradições e de belezas ocultas como diz Caetano. Gosto e como cidadão naturalizado da participação e de estar presente 'as discussões nacionais. Gosto da língua portuguesa e do castelhano e de um infinito de coisas que nos une. Porque não curtir isso? Ao longo de todo este tempo, 46 anos (repito), sempre quis saber das "razões" das rivalidades. Nunca ninguém, absolutamente ninguém, me deu uma explicação que fizesse sentido. Olha, que indaguei pessoas de alta consideração intelectual... O silencio ou encaminhamento para o futebol foram as respostas mais freqüentes. Interessante que o Mauricio Pereira levante a poeira do debate, vamos conversar sobre isso, sim, sobre o que nos une e nos separa. Não vamos deixar esse diálogo só com os vendedores de geladeiras da Fiesp e com os idiotas da Union Industry.
[Sobre "De repente, a Argentina"]
por
RfN
6/6/2006 às
15h40
201.0.84.139
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Argentina e Brasil 1/2
...e de repente as cabeças e os corações corintianos descobriram que a Argentina existia e estava viva e que a rivalidade futebolística e' uma ficção artificial, e conveniente 'a TVGlobo, que a estimulada via o medíocre Galvão Bueno. Nada como os gols do "Carlito" para nos aproximar. Sim, senhores, isto é diplomacia feita desde a planície, de baixo pra cima e tão necessária. Me transferi pra o Brasil há 46 anos e mantenho um sotaque platino e o coração verde-amarelo. Voltei pra Argentina, muito poucas vezes e sempre a passeio. Gosto de Buenos Aires e gosto da Patagônia, gosto também como a sociedade argentina está esculpindo a moderna democracia ao som de panelas que conseguem abafar e ultrapassar políticos e militares. Gosto, também, quando os cidadãos da rua cospem os torturadores dos anos de chumbo. Se gosto de tudo isto, por outra parte, confesso que não gosto... (continua)
[Sobre "De repente, a Argentina"]
por
Rodolfo Felipe Neder
6/6/2006 às
15h35
201.0.84.139
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Julio Daio Borges
Editor
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