Segunda-feira,
14/5/2007
Comentários
Leitores
o que realmente sabemos
Parabéns, Gal Sol, pela brilhante defesa. Está certíssimo em sua afirmação, aliás devemos afirmar o que realmente sabemos, conhecemos, temos certeza.
[Sobre "Ratzinger, sexo e católicos"]
por
Nelim Monti
14/5/2007 às
21h30
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Em busca do letramento
Luís, parabéns pelo belo texto e pela profundidade ímpar com que cumpriu sua abordagem. Estou a cada dia mais restrito quando o assunto literatura/arte/expressão verbal se mistura com o fetiche livro/mercado/sucesso/celebridade. Tenho freqüentado simpósios e eventos que têm apontado uma preocupação muito grande dos professores de todas as áreas com a capacidade de leitura e produção de texto de jovens em todos os níveis de educação. Todas as pessoas que lêem e comentam na internet curiosamente registram um curso muito semelhante na sua formação de leitor, e digo isto porque o livro sempre foi para mim um encontro com o autor, mais até que o envolvimento com a história ou o tema tratado. Entretanto, o fascínio pelas listas de mais vendidos tem apontado uma direção fraticída em relação aos escritores atuais, numa reverência às vezes exagerada, na minha opinião, com autores consolidados e uma vocação para o destrato em se tratando de jovens escritores.
Parabéns: como sempre, um belo artigo.
[Sobre "O desafio de formar leitores"]
por
Carlos E. F. Oliveir
14/5/2007 às
21h08
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São muitas as perguntas
Novos ou velhos escritores? Escritores ou autores? Livros ou literatura? Público ou mercado? Arte ou negócio? Van Gogh não conheceu mercado quando vivo, ele era pintor? O rigor com que se julgam determinadas obras literárias (prefiro este enunciado) e seus autores nos projeta para uma realidade de leitores qualificados. Lemos pouco, quase nada, com parcialidade, pobreza de critérios, e daí a razão da literatura contemporânea estar confinada a um público tão pequeno e não cobrir uma regularidade e consistência. A busca da celebridade gerou uma horda de escritores, onde está a literatura? Vendo o mercado editorial, sem ingenuidades, preocupado em se manter num tempo de segmentação e busca de nichos que apresentem potencial financeiro que permitam a editora buscar espaço para ousar e investir em nomes de potencial. Editores produzem livros ou literatura? O escritor é ruim ou tecnicamente ruim?
O leitor pode ser qualificado de bom ou mau? Há diferença em ser lido por um bom ou mau leitor?
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Carlos E. F. Oliveir
14/5/2007 às
20h30
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É dando que se recebe?
Na real, nunca vi o Vaticano investir realmente na defesa da vida e da dignidade humana - até porque jamais pôs em prática o "É dando que se recebe", o que poderia minimizar (ou até acabar...) a miséria no planeta. Todos os atos da igreja são pautados basicamente pelo exercício do poder, através de ameaças que infelizmente ainda dominam as mentes, privando os homens do prazer e da alegria da vida: não sei como alguém poderá ser feliz na eternidade, quando nunca pôde aprender a ser feliz na Terra.
[Sobre "Ratzinger, sexo e católicos"]
por
Aurea Miranda
14/5/2007 às
20h29
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A vida urbana inspira
Parabéns pelo texto, é estruturado de modo a permitir uma interpretação mais subjetiva, o que muitas vezes falta na prosa. A vida urbana, certamente, inspira. O cotidiano é tão corriqueiro que, instintivamente, a cidade é só mais uma forma de organização, e os carros e as vias pelas quais trafeguam somente mais um obstáculo para pressa da locomoção. Loucuras minhas à parte, não foi um tempo perdido, porém ganho lendo o texto.
[Sobre "Permitir-se"]
por
Lucas
14/5/2007 às
17h19
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a minha opinião!
Luis... o que posso dizer? Estou satisfeitíssimo com o fato de ser esta, exatamente, a minha opinião! Cheguei até este seu texto devido a um link que havia num outro, escrito pelo Julio, onde comentava o meu contra-ponto com a opinião dele, que escritor iniciante deveria se ater a ser apenas leitor, ao invés de escrever. Meu argumento contra esta idéia desalentadora se firmava também no fato de que o leitor brasileiro é mal preparado, mal formado... Tudo aquilo o que você descreve soberbamente aqui. Comecei a ler com minha mãe lendo Lobato para eu dormir, ou contando as histórias de heróis mitológicos. Meu pai insistia para que eu lesse. Me dava dinheiro e eu gastava em gibis. Tinha gente que dizia que ler gibi era um desastre! Mas eu lia. Quem diria que um dia iria me meter a escritor... Escrevo fantasia, com dragões e elfos, heróis. Mas tem gente que acha isso um tema pouco "literário". Pena... Eu não acho. Abraços!
[Sobre "O desafio de formar leitores"]
por
Albarus Andreos
14/5/2007 às
16h58
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creio que você tem razão
Andréa, só hoje tive acesso a esse seu texto... Exibo o filme baseado nesta obra há pelo menos uns dois anos para meus alunos na disciplina de sociologia. Eu mesma custei a ter coragem de assistí-lo. Mas ainda não encontrei nenhum filme que possa substituí-lo para mostrar a desigualdade social, e exploração do capitalismo e inúmeros conceitos da teoria de Karl Marx. O livro, creio que você tem razão, é quase insuportável, porque a adaptação do filme foi suavizada. Mas infelizmente, a culpa não é do livro nem do Zola é da realidade.
[Sobre "Um conselho: não leia Germinal"]
por
Aurea Thomazi
14/5/2007 às
16h26
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poemas atribuídos a Platão
Oi, Taís, remexendo alguns cadernos antigos, encontrei e disponibilizei em meu blog alguns poemas atribuídos a Platão. Gostaria de comentá-los com você e quem mais se interessar.
Abraços do Lúcio Jr.
[Sobre "Mergulho em Aristóteles"]
por
Lúcio Jr
14/5/2007 às
14h26
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Jornalismo
Aliás, estamos falando de literatura, né? Porque existem outras formas de escrita, que não a artística, que querer vendê-las eu acho tranqüilo e tal, tipo o jornalismo, por exemplo.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Edward Bloom
14/5/2007 às
14h08
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Vender arte
Que discussão boa, Julio, parabéns. Mas, Rafa, eu acho complicado falar nesses estímulos de cultura porque pode cair naquele discurso de querer atribuir à cultura a responsabilidade de acabar com as nossas incompetências econômicas e sociais. Cultura não serve pra isso. Não pode servir pra isso. Se alguém quer ser escritor, quer ser artista, tudo bem, mas não me convenço de que a sociedade tenha que bancá-lo. E viver de arte é uma coisa estranha pra mim, porque vender arte me parece estranho. Sempre tive pudor com isso, sempre separei bem as coisas. Ganhar dinheiro é uma coisa, fazer arte é outra. Eu tratei disto na minha última coluna. Um artista, na minha concepção perspicaz, deveria estar preocupado com a arte, e só. Um escritor deveria estar preocupado em ser lido, e só. Aí faço a mesma pergunta que o Julio: por que precisa publicar um livro? Blogs são tão mais fáceis, tão mais acessíveis.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Edward Bloom
14/5/2007 às
14h01
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Julio Daio Borges
Editor
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