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Terça-feira, 15/5/2007
Comentários
Leitores

em meio à selva urbana
Elisa, admiro de forma discreta a elegância e estrutura dos seus textos e hoje em especial o exercício de fluir partindo de uma direção cotidiana, tornando eventos de importância reduzida, devido a sua exaustiva repetição, únicos em seus significados mais insuspeitados. Caminhar em meio à selva urbana é interagir e fazer parte de sua fantástica estrutura é ser simultaneamente pergunta e resposta para os cruzamentos de todos os desejos que se perpassam. Dentre todas as imagens que seu texto ressalta o que mais me encanta é a espontaneidade com que constrói o subjetivo, transformando a matéria fortuita do cotidiano em conexões singulares com nossa essência.

[Sobre "Permitir-se"]

por Carlos E. F. Oliveir
15/5/2007 às
10h10

Original ou cópia?
Interessante o texto "Sob o sol da crítica", do Edward Bloom. Recheado de ironia, o texto nos passa a impressão de que o autor escreve com propriedade, seguro de si. Parece, apenas. Afinal, como ele mesmo defende, quem garante que tudo o que se lê não são cópias maquiadas do que já foi escrito? Há muitos e muitos "escritores" mestres nessa arte. Repaginar, acrescentar parágrafos, incluir novos termos e mudar o título, mantendo a idéia central. Quantos já não utilizaram tal artimanha?

[Sobre "Sob o sol da crítica"]

por Remisson Aniceto
15/5/2007 às
09h48

Ler tudo, sem pudor
Admiro muito a precisão de seus comentários. Aos 9 anos conheci a coleção Vaga-lume. Iniciava a paixão pela literatura. Adolescente, sondava as prateleiras em busca de novos prazeres. Encontrei Sidney Sheldon, Danielle Steel e Ziraldo, lendo-os com um apetite voraz. Após anos de literatura técnica, retomei a necessidade furiosa da ficção, apaixonando-me por Machado de Assis e Fernando Sabino, percorrendo Clarice Lispector, C. Drummond, Guimarães Rosa, Lygia Bojunga (adoro literatura infanto-juvenil, para que possa indicar a meus filhos), Kafka e sim, Harry Potter, entre tantos outros. Concluo que temos que ler, sempre: clássicos ou folhetins; literaturas que nos ensinem ou que apenas divirtam. Sem medo. Sem pudor. Amando até a última linha. Meu filho de 9 anos já leu todos os livros do Harry Potter; todos do Sergio Klein; série Deltora; avança pela coleção Vaga-lume... e tenho certeza de que um dia chegará aos clássicos. No dia que os intelectuais entenderem isso, seremos livres para ler...

[Sobre "O desafio de formar leitores"]

por Ana Cristina Melo
15/5/2007 às
09h26

Eu tenho o texto em PDF
O link não dá no texto disponibilizado gratuitamente; mas eu o obtive num outro endereço e colloco à disposição de quem desejar. Basta solicitar por aqui que terei prazer em atender.

[Sobre "Roberto Carlos:Detalhes em PDF"]

por Antonio Carlos
15/5/2007 às
09h14

o que realmente sabemos
Parabéns, Gal Sol, pela brilhante defesa. Está certíssimo em sua afirmação, aliás devemos afirmar o que realmente sabemos, conhecemos, temos certeza.

[Sobre "Ratzinger, sexo e católicos"]

por Nelim Monti
14/5/2007 às
21h30

Em busca do letramento
Luís, parabéns pelo belo texto e pela profundidade ímpar com que cumpriu sua abordagem. Estou a cada dia mais restrito quando o assunto literatura/arte/expressão verbal se mistura com o fetiche livro/mercado/sucesso/celebridade. Tenho freqüentado simpósios e eventos que têm apontado uma preocupação muito grande dos professores de todas as áreas com a capacidade de leitura e produção de texto de jovens em todos os níveis de educação. Todas as pessoas que lêem e comentam na internet curiosamente registram um curso muito semelhante na sua formação de leitor, e digo isto porque o livro sempre foi para mim um encontro com o autor, mais até que o envolvimento com a história ou o tema tratado. Entretanto, o fascínio pelas listas de mais vendidos tem apontado uma direção fraticída em relação aos escritores atuais, numa reverência às vezes exagerada, na minha opinião, com autores consolidados e uma vocação para o destrato em se tratando de jovens escritores. Parabéns: como sempre, um belo artigo.

[Sobre "O desafio de formar leitores"]

por Carlos E. F. Oliveir
14/5/2007 às
21h08

São muitas as perguntas
Novos ou velhos escritores? Escritores ou autores? Livros ou literatura? Público ou mercado? Arte ou negócio? Van Gogh não conheceu mercado quando vivo, ele era pintor? O rigor com que se julgam determinadas obras literárias (prefiro este enunciado) e seus autores nos projeta para uma realidade de leitores qualificados. Lemos pouco, quase nada, com parcialidade, pobreza de critérios, e daí a razão da literatura contemporânea estar confinada a um público tão pequeno e não cobrir uma regularidade e consistência. A busca da celebridade gerou uma horda de escritores, onde está a literatura? Vendo o mercado editorial, sem ingenuidades, preocupado em se manter num tempo de segmentação e busca de nichos que apresentem potencial financeiro que permitam a editora buscar espaço para ousar e investir em nomes de potencial. Editores produzem livros ou literatura? O escritor é ruim ou tecnicamente ruim? O leitor pode ser qualificado de bom ou mau? Há diferença em ser lido por um bom ou mau leitor?

[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]

por Carlos E. F. Oliveir
14/5/2007 às
20h30

É dando que se recebe?
Na real, nunca vi o Vaticano investir realmente na defesa da vida e da dignidade humana - até porque jamais pôs em prática o "É dando que se recebe", o que poderia minimizar (ou até acabar...) a miséria no planeta. Todos os atos da igreja são pautados basicamente pelo exercício do poder, através de ameaças que infelizmente ainda dominam as mentes, privando os homens do prazer e da alegria da vida: não sei como alguém poderá ser feliz na eternidade, quando nunca pôde aprender a ser feliz na Terra.

[Sobre "Ratzinger, sexo e católicos"]

por Aurea Miranda
14/5/2007 às
20h29

A vida urbana inspira
Parabéns pelo texto, é estruturado de modo a permitir uma interpretação mais subjetiva, o que muitas vezes falta na prosa. A vida urbana, certamente, inspira. O cotidiano é tão corriqueiro que, instintivamente, a cidade é só mais uma forma de organização, e os carros e as vias pelas quais trafeguam somente mais um obstáculo para pressa da locomoção. Loucuras minhas à parte, não foi um tempo perdido, porém ganho lendo o texto.

[Sobre "Permitir-se"]

por Lucas
14/5/2007 às
17h19

a minha opinião!
Luis... o que posso dizer? Estou satisfeitíssimo com o fato de ser esta, exatamente, a minha opinião! Cheguei até este seu texto devido a um link que havia num outro, escrito pelo Julio, onde comentava o meu contra-ponto com a opinião dele, que escritor iniciante deveria se ater a ser apenas leitor, ao invés de escrever. Meu argumento contra esta idéia desalentadora se firmava também no fato de que o leitor brasileiro é mal preparado, mal formado... Tudo aquilo o que você descreve soberbamente aqui. Comecei a ler com minha mãe lendo Lobato para eu dormir, ou contando as histórias de heróis mitológicos. Meu pai insistia para que eu lesse. Me dava dinheiro e eu gastava em gibis. Tinha gente que dizia que ler gibi era um desastre! Mas eu lia. Quem diria que um dia iria me meter a escritor... Escrevo fantasia, com dragões e elfos, heróis. Mas tem gente que acha isso um tema pouco "literário". Pena... Eu não acho. Abraços!

[Sobre "O desafio de formar leitores"]

por Albarus Andreos
14/5/2007 às
16h58

Julio Daio Borges
Editor

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