Quinta-feira,
17/5/2007
Comentários
Leitores
Deusa do Oriente
Notável o texto, Marília. Dá uma exata dimensão do filme em questão e relaciona as coisas que realmente importam em torno dele. Tenho acompanhado, meio de longe, a ascensão dos mangás, quadrinhos e derivados, e dá pra perceber que a vingança é uma das deusas do oriente, uma deusa oculta, não muito clara, mas onipresente. Cultuar essa deusa é um conflito, pra nós, ocidentais. Ela não é totalmente destituída de atrativos, mas intuimos que sua presença constante pode se tornar um pesadelo, sem saída. E há quem goste de pesadelos. Mas tô falando demais. O que eu queria dizer é que seu texto está claro e bem construído (como soe acontecer...). Beleza.
[Sobre "A trilogia da vingança de Park Chan-Wook"]
por
Guga Schultze
17/5/2007 às
10h17
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o peso do nome impresso
Caro Julio, você tem razão, em partes, acredito eu: Não compraria um livro de autor novato, isso é fato. No entanto, ainda persiste a visão romântica de ver seu livro impresso com capa, prefácio, seu nome visível. Apesar dos blogs estarem em expansão, não acredito que no Brasil as pessoas troquem a tradição de carregar o livro nas mãos por leitura mediada por uma tela de monitor. Ainda tem um outro ponto: o livro tem uma magia que nunca um blog terá! Blog... qualquer um pode abrir, um livro não é qualquer um que escreve por vários fatores limitantes como dinheiro e ousadia. É preciso se achar muito bom para ter coragem de arcar com o peso que um nome impresso tem! O poder simbólico do nome na capa de um livro pesa mais que seu nome em um blog! A questão, acredito eu, não é apenas tornar público, mas é a simbologia de "EU tornei publico"! Você não acha?
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Camila F. Mendonça
17/5/2007 às
10h10
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Mais espaço para os novatos
É verdade, concordo com o entrevistado. Os novos autores precisam ter mais espaço nos veículos, precisam mostrar as suas idéias, entre esses autores cito o Rodrigo Capella, que, se não me engano, lançou recentemente um livro de poesia, para valorizar esse gênero. Então eu vou além: não só os jovens escritores precisam ser valorizados, mas também o gênero de poesia. Bjos! Jú.
[Sobre "Michel Laub"]
por
Julia Santos
17/5/2007 às
10h09
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Facilidade em publicar? Onde?
Por que será que agora virou moda dizer "...virou moda escrever..."? Acho que é porque há mais facilidade, concordo.
Existem as editoras por demanda, por exemplo, geralmente montadas por gente do meio "literário" que acha ruim que autores ruins ganhem dinheiro vendendo seus livros ruins, mas ganham dinheiro explorando exatamente este filão. Contudo, acho isso um exagero. Acho que a maioria destes críticos passam muito tempo diante de blogs literários na internet, ou falando com gente do meio e, de repente, acham que todo mundo está escrevendo livros. Desculpem, amigos, isso é um equívoco. Talvez haja uma certa facilidade em se pôr as idéias na tela ou no papel, mas não consigo me conformar como tem tanta gente achando isso ruim! Sites literários que desestimulam as pessoas a escrever parecem existir mais que os tais autores ruins. Já tentaram publicar um livro? Vocês dizem que é tão fácil... É difícil pra caramba gente! Ninguém te quer. Ninguém te dá atenção. Ninguém te publica, não!
[Sobre "Como escrever bem – parte 3"]
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Albarus Andreos
17/5/2007 às
09h53
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Para ler bem é preciso ajuda!
É incrível como esse Digestivo Cultural, que descobri há pouco, é bom! Passo momentos deliciosos e interessantíssimos aqui, enquanto deveria estar trabalhando (ops!), confesso!
Texto excelente, Marcelo! Só para complementar o que escreveu, com meu próprio testemunho, o que significa ler bem: tem texto que te faz ler bem e texto que não te dá a mínima chance (e nem estou falando de autores iniciantes, a "Nova Lepra", para alguns letrados, aqui neste site). Como exemplo, cito Suzanne Clark e seu Jonathan Strange & Mr. Norrel. É muito bom! Parava de ler e retornava algumas páginas, não por não ter entendido o que havia sido escrito, mas para ler de novo em voz alta! Lia para minha mãe ouvir! Por algum a razão tinha que mostrar pros outros como aquele texto era bom. Queria mostrar que queria escrever daquela forma, com a mesma habilidade! Resta saber, quanto disso é devido ao tradutor que, como se sabe, pode destruir um texto, ou no caso, brindá-lo com rara isenção. Parabéns!
[Sobre "Como escrever bem — parte 1"]
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Albarus Andreos
17/5/2007 às
08h53
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Há muitos sofistas hoje
Concordo muitas vezes com o Julio e, obviamente, há controvérsias! Quem freqüenta livrarias são leitores críticos e podem comprar até livros de novatos - desde que tenham conteúdo: no título, na capa, na orelha e no prefácio, na contracapa ou numa leitura rápida das páginas do livro. Caso o leitor tenha alguma empatia com o livro, ele compra, sim. Há muitos sofistas e na internet e no papel tudo cabe! Quando estudante eu freqüentava livrarias e, se o livro me envolvesse de alguma forma (na verdade eram poucos, tanto escritores reconhecidos como novatos), o volume estaria em minhas mãos como mercadoria de bem cultural. Jamais adquiri um livro ruim simplesmente porque não me atraiu: isso acontece também com os livros de bons escritores, quando chegam a mim. É necessário ter empatia com os livros bons! Dizia João Guimarães Rosa que o livro pode valer pelo muito que nele não deveu caber! Quando eu recebo um livro, certamente vou lê-lo algum dia...
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Newton Filho
17/5/2007 às
08h42
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aprendendo a coexistir
Julio, obrigado pelo comentario e concordo de novo com vc. Quem se arriscar a publicar em papel tem q saber as consequencias. Eu sempre soube do risco e decidi ir em frente, pq eu sabia q tinha um bom material nas mãos. Nao acredito q a midia impressa acabe. Acho q ela e a internet tem q aprender a coexistir. Acho q os blogueiros ainda vao continuar sofrendo o preconceito da midia impressa, por nao serem, na maioria, jornalistas de formação. Por outro lado, a blogosfera abre um canal direto de comunicação com o leitor, onde este pode deixar suas opinioes, ao inves de ser apenas um leitor passivo. É uma maneira mais democratica de jornalismo. Essa "democracia" é q o jornalista de papel ainda nao conseguiu assimilar, mas de um jeito ou de outro terá q aceitar pois é uma linguagem q veio pra ficar. Isso tb acontece hoje na musica: qualquer banda iniciante pode lançar um CD nos dias de hoje.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Diogo Salles
16/5/2007 às
22h28
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Comentários #11-13 (respostas)
Rogério (#11): a metáfora do futebol é muito boa: é como se os escritores ficassem adiando, sempre, o momento da avaliação. Também não acho que a saída seja a literatura de entretenimento. Com ela, você resolve mais o problema do entretenimento do que o da literatura... Félix (#12): publicar em papel pode ser o sonho de qualquer autor, mas nós não temos de aguentar, nem de "patrocinar", o sonho de todo e qualquer autor... Internet não é televisão; você tem lido muito o Observatório da Imprensa... Por fim, pergunte ao Alex Castro se não dá para ler no laptop. Ele, com a maior paciência do mundo, te explica. Adroaldo (#13): não entendi toda a ironia, mas vamos lá... Não prego a "desnecessidade" de publicar em livro. Mas acho que autores que usam uma palavra assim tão feia, não deveriam, mesmo, publicar em papel... Com a internet, todo mundo tem vez hoje; quem não tem, é porque prefere jogar a culpa nos outros... E, por fim, muita gente puxa para a educação, mas eu estou falando aqui de literatura!
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Julio Daio Borges
16/5/2007 às
15h35
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Comentários #7-10 (respostas)
Bloom (#7): o Ram reclama sempre que "os escritores nunca pensam em fazer dinheiro" (só em pegar do governo) e você afirma que "não se deveria misturar arte com dinheiro". Nem tanto à terra, nem tanto ao mar: não acho, como o Ram (e às vezes o LEM), que os autores de best-sellers são "perseguidos" pela crítica; nem que o artista deveria ignorar a questão econômica. Eu acredito em sucesso de crítica e de público. O Digestivo é isso! Carlos (#9): não sei se as perguntas têm muito a ver com o texto; e não sei se você quis fazer um Comentário ou apenas escrever o que lhe veio à mente... Diogo (#10): a Ana E levantou esse ponto, por e-mail: e se o sujeito quiser somente viver a "experiência" de publicar um livro? Vá em frente, mas depois não reclame que ninguém lê ou compra (ou resenha). Felizmente não é esse o seu caso, parabens pela repercussão e pela vendagem!
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Julio Daio Borges
16/5/2007 às
15h24
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Comentários #4-6 (respostas)
Alvaro (#4): você toca no mesmo ponto do Rafa (#3) e do LEM (texto desta semana), mas eu acho fácil jogar a culpa em entidades como "o brasileiro" (que não lê) ou em instâncias superiores como "o sistema de ensino" (que não estimula a leitura). Só faltou "o governo" (quer ver que, daqui a pouco, alguém vai falar?). Minha proposta é que os próprios autores mudem esse quadro: não esperem editores, nem livros; não derrubem árvores com páginas ruins; testem, antes, em blogs! (O resto, me desculpe, você entendeu tudo errado --- eu recomendo, sim, autores novos, ou não tão novos, veja as Entrevistas do Digestivo!) Dri (#5): gostei de "novos possíveis escritores ruins" e obrigado pelo resto! Escudero (#6): acho que cansei das teorias sobre "celebridades", sociedade do espetáculo, essas coisas --- achei que falar disso seria apelação, mas o resto está OK!
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Julio Daio Borges
16/5/2007 às
15h14
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Julio Daio Borges
Editor
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