Sábado,
19/5/2007
Comentários
Leitores
Vou ter que ler
Me chamou a atenção o fato de alguém achar "divertido" um livro de Saramago. Eu gostaria de discutir o final do livro, "As Intermitências da Morte", com alguém que não se impressiona, um tanto negativamente, como eu, com a energia escura do velho português. Quer dizer então que é possível. Vou ter que ler, por causa disso. Vixe.
[Sobre "Solteirice"]
por
Guga Schultze
19/5/2007 às
12h58
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Fina iguaria
Quer dizer que Alexandre Dumas era chegado nos prazeres de uma boa mesa... é uma boa saída para as angústias da criação literária, sem dúvida. Que os jovens escritores, em vias de publicar, aprendam a extrair de seus saquinhos de cheetos alguma inspiração extra. Mas o que está realmente delicioso aqui é o texto da Adriana, uma fina iguaria. Abraços!
[Sobre "Alexandre, o Delicioso"]
por
Guga Schultze
19/5/2007 às
12h20
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Eu adoro receber testimoniais!
Querida, eu amei o texto, apesar de ser o inverso de ti... Eu adoro escrever e receber testimoniais de amigos reais e virtuais... Eu tenho um carinho enorme pelo orkut, pois, através deste meio de comunicação, eu encontrei amigos que tinha perdido neste mundo real, frio e indiferente... Adoro comunicar-me com todos, sempre enviando carinho e esperança, pq vivemos num mundo repleto de pessoas "inteligentes", mas onde ninguém tem tempo de ser mão para segurar a mão do outro! Um grande beijo no coração!
[Sobre "Por que eu não escrevo testimonials no Orkut"]
por
Natália M.Ribeiro
19/5/2007 à
00h11
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Brainstorm? Era protesto!
Tá bom, Julio! Eu fui lá e fiz meu blog! Coloquei um texto legal, que impactou vários amigos meus; alguns escritores, outros não. Mas e aí? Como divulgar essa joça? Sabe o que eu acho? Entra no orkut! Estamos criando a história em Word, ilustrando com o Image Bank. Aí, você pega o PDF 995 e transfere o arquivo doc para formato pdf, tranca contra cópia. Finalmente, vai no RapidShare e disponibiliza para download. Agora estamos falando. Acho que blog vai sair fora. Está se tornando uma ferramenta para diário pessoal. Ninguém lê seu blog, a menos que você o tenha cruzado com blogs de famosos ou você seja um. Meu livro foi divulgado em todo Brasil; todo mundo gostou, vendeu e a tiragem acabou. Agora eu peno para encontrar uma editora comercial que o banque. O leitor nunca tem $; o editor está sempre ausente. Nós estamos lá no orkut, escrevendo e arrasando nas comunidades literárias, abrindo sites, ajudando outros escritores. Infelizmente, o papel e o selo ainda contam e muito...
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Marcel Dias Pitelli
18/5/2007 às
22h01
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Aqui jaz um escritor de papel
Em nenhum momento, Julio, eu disse que é papel do escritor fazer o povo ler. Disse, sim, que para que esse seu ponto de vista - o de que larguemos de mão nosso sonho de publicar um livro e nos ponhamos a postar ad infinitum na internet - só será possível de realizar quando mais e mais brasileiros puderem ter acesso à essa tecnologia. E para isso - para a coexistência de leitores e autores neo-midiáticos - será necessário que o preço dos pcs fiquem acessíveis. De outro modo, e ainda que saia mais caro sob todos os aspectos, sempre se perseguirá a realização desse sonho, por mais que ele mesmo não se realize - o que nos deixará algo incompletos. Mas, vou ser sincero, se eu realmente quisesse publicar um livro eu já teria conseguido. Acontece que 1) nunca me programei realmente pra isso e 2) nunca me seduziu a possibilidade de ser patrocinado pelo mandatário de plantão aqui no Estado. Logo, acho que o que venho fazendo atualmente - publicando aqui e ali na internet - tem me feito bem.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Pepê Mattos
18/5/2007 às
21h01
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Comentários #32-35 (respostas)
Pepe (#32-33): não acho que é papel do escritor "ensinar o brasileiro a ler" (embora muitos pensem assim...): acho que é papel do escritor escrever bem. E, de novo: o Daniel Galera começou na internet... Parece que vocês não leram minha Entrevista com ele! Fiquem atentos: o próximo Daniel Galera vai surgir, outra vez, da internet, bem debaixo do nariz de vocês! Juliana (#34): blog é muito mais fácil (de lançar) do que livro (embora seja difícil de manter...), não é possível que você não consiga! Fuad (#35): o objetivo do meu texto não é comparar livro com blog (como formato), mas, sim, mostrar que um blog pode ser menos oneroso, mais ágil e eficiente --- em termos de comunicação! Gente desconhecia não vende livro em lugar nenhum; não é só no Brasil, não... Escreva na internet, torne-se conhecido e, só assim, publique um livro. O trauma será menor e a chance de sucesso será maior. Não é tão difícil entender meu raciocínio...
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Julio Daio Borges
18/5/2007 às
20h24
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Comentários #25-31 (respostas)
Janethe (#25): a primeira parte eu já respondi ao Felix (olhe aí em cima...). No texto, eu disse que há hoje blogueiros melhores do que autores publicados (em papel) --- e continuo mantendo isso! Marcel (#26-30): parece o Carlos (Comentário acima...): menos um Comentário do que um brainstorm... Na parte que me toca, não sinto prazer nenhum em desprezar escritos, mas sinto algum, confesso, em selecionar. Vou continuar selecionando. Coisa que os editores, infelizmente, não fazem mais... Eugenia (#31): livro é fetiche, sim, mas, como eu disse ao Lauro (acima), com tanto livro ruim, o fetiche vai acabando...
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Julio Daio Borges
18/5/2007 às
20h22
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Comentários #22-24 (respostas)
Lauro (#22): eu prefiro sacrificar o fetichismo a ler autores ruins; aliás, autores ruins acabam com qualquer fetiche --- não há livro bonito e gostoso (na forma) que resista! Isa (#23), você está vendo? Autores ruins desencorajam até autores bons a publicar --- alguém tem de acabar com isso! Albarus (#24, você tem certeza de que quer publicar um livro com essa assinatura?): o Daniel Galera é um bom exemplo, sim! Ele começou na internet, você sabia? Seu primeiro livro de contos foi todo publicado --- e testado antes --- na internet! É o melhor livro dele, na minha opinião. Ah, e eu já falei isso pra ele... Outra coisa: eu bem que tento ler os autores novos (ninguém pode me acusar de omissão!), mas é que, na maioria das vezes, não consigo nem passar da primeira página --- realmente, não é por má vontade, mas é que não dá...
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Julio Daio Borges
18/5/2007 às
20h20
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Comentários #18-21 (respostas)
Diogo (#18): a diferença, como eu disse por e-mail, é que as bandas que se lançam em CD não querem logo o Grammy, mas os nossos autores novos não querem nada menos que a consagração do Nobel! Newton (#19): o problema é que, hoje, você perde muito mais tempo encontrando livros bons na livraria, porque os ruins abundam nas estantes; as editoras abriram as pernas e lançam cada vez mais títulos (e cada vez mais autores novos... Socorro)! Não acho, Camila (#20): um blog só sobrevive se tiver audiência; um livro, sim, qualquer um publica. Um blog é um teste para um escritor --- para mantê-lo vivo, é preciso trabalhar bastante; já o livro, não é mais teste nenhum, para publicar basta pagar a edição! Brauer (#21): livro é sonho; realidade é o que eu descrevi aqui --- desmanchei, isso sim, os sonhos de muita gente, por isso, agora, estão bravos comigo... (Tudo bem, depois vão me agradecer por terem economizado uma grana...)
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Julio Daio Borges
18/5/2007 às
20h18
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Persista!
Ô Marcelo. Legal sua reflexão. Mas acho que sua angústia atrapalha (o que estou dizendo? Tem gente que só consegue escrever sob angústia, sofrimento, mal-estar...). Mas o que quero dizer é que querer escrever (no sentido de ter de cumprir uma missão) é ruim! O ideal é querer escrever (no sentido de estar com vontade). Mas para tudo tudo existe técnica. Aprendi com o mestre Raimundo Carrero que quem espera uma ninfa vir do Olimpo soprar a inspiração no ouvido para só daí escrever, vai morrer sem datilografar uma lauda na vida. Escrever requer persistência, diciplina e teimosia mesmo! A princípio, vai escrever por obrigação. Vai fazer uns troços horríveis e dispa-se de orgulho, pois você (necessariamente) tem de reconhecer que são péssimos! Só assim, no dia em que escrever algo de qualidade, vai estar sendo justo consigo mesmo e com seu texto. Aí sorria. Tente repetir a dose. Veja porque este ficou melhor que o outro. Guarde-o na gaveta e continue. Sem esmorecer. O treino é tudo! Sucesso
[Sobre "Sobre escrever"]
por
Albarus Andreos
18/5/2007 às
14h15
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Julio Daio Borges
Editor
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