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Segunda-feira, 28/5/2007
Comentários
Leitores

Parte 1
Marcos Leite, eu falei de opinião geral da população, que é o que vale para a política. A maioria da população nem sabe o que é FFLCH, mas eu sei e conheço o estacionamento de lá e jamais o classificaria como um estacionamento de "filhos de uma classe trabalhadora explorada pelas leis do mercado". Mas você diz que o responsável pela atual situação das coisas é o modelo de Estado neoliberal. Acontece que o modelo de Estado atual é um modelo de interferência no mercado, de funcionalismo público, de aparelhamento, de alta taxa de imposto que trava a iniciativa privada e a classe trabalhadora, um modelo de grandes estatais, de grandes estruturas burocráticas com dezenas de ministérios, secretarias, etc., portanto, onde você enxerga neoliberalismo aí? Neoliberalismo é demissão de funcionário público em massa, privatizações, diminuição da estrutura burocrática, o que deixaria o Estado em situação favorável de administração e, conseqüentemente, de eficiência. Cadê o neoliberalismo?

[Sobre "Exceção e regra"]

por Eduardo Mineo(Bloom)
28/5/2007 às
14h00

em defesa da burguesia
Quanto ao seu "...acredita que só vagabundo rico estuda lá...", este lá, para quem tem um mínimo de discernimento sobre a situação, deve entender que não faz parte dele os cursos noturnos da FFLCH e de outras faculdades, onde estudam os filhos de uma classe trabalhadora explorada pelas "leis do mercado" e suas aplicações inconsequêntes em nossa sociedade, representadas pelo modelo de estado neoliberal, responsável pelo atual estado de coisas que aqui vivenciamos. Quanto às fundações citadas pelo autor da matéria, estão em bom lugar dentro da FEA, devem mesmo injetar recursos financeiros em seus famosos cursos de M.B.A., pois assim garantirão a reprodução e perpetuação de seus ideais burgueses capitalistas. Sujeitos com esse tipo de opinião sofrem de lavagem cerebral durante seu curso, se maravilham com as oportunidades de lucro que terão se aceitarem o modelo econômico como aí está. Se eu fosse ele também sairia em defesa da burguesia...

[Sobre "Exceção e regra"]

por Marcos Leite
28/5/2007 às
13h40

Finíssimo!
Brilhante, Julio! Não tinha lido esse texto. Que pena que não fui eu quem escrevi. Adorei. Também acho isso. Como um livro tão pequeno pode conter tantos ensinamentos sobre a vida?? Vc deu uma alfinetada de leve em uns e outros. Finíssimo!!! Como escreveu Camões: "Mas servira se não fora, para tão longo amor, tão curta a vida! Beijão. Dri

[Sobre "Yo soy la que no buscas"]

por Adriana
28/5/2007 às
13h01

de novo, novamente
Putz! Coloquei dois "a respeito" em poucas linhas. Mas, mesmo assim, o respeito muito. Li novamente o seu texto e gostei ainda mais. Assino embaixo, de novo (pra não dizer de novo, novamente). Abraço, Adriana.

[Sobre "O bom, o ruim (e o crítico no meio)"]

por Adriana
28/5/2007 às
12h43

Lúcio, parte 2
"se não houvesse a invasão, ninguém daria atenção para a greve." É o papo de que os fins justificam os meios. Levado adiante, este tipo de pensamento valida um estupro, um massacre. E daí que a revolução de Lenin matou em 6 meses mais gente que a família do Tzar em 100 anos? O importante é o ideal, né?

[Sobre "Exceção e regra"]

por Eduardo Mineo(Bloom)
28/5/2007 às
09h41

Lúcio, parte 1
Lúcio, em primeiro, fico longe, sim, porque a invasão foi criminosa. O contra-argumento é que os decretos também foram criminosos, o que é discutível, mas uma coisa não anula a outra. Quando lhe roubam a carteira, significa que você pode sair por aí roubando carteiras? Em segundo, fico longe porque o motivo para a greve e para a invasão não existe. Expliquei bem isto no texto. E o que tem de preconceituoso alí, no começo? Ou você pensa que a população acha tranquilo bancar a USP e não ter acesso? "A USP é paga pelos impostos do povo." Não foi o que eu disse? Os alunos são bancados pelo imposto do povo para que estudem, não para passarem o dia brincando de movimento estudantil.

[Sobre "Exceção e regra"]

por Eduardo Mineo(Bloom)
28/5/2007 às
09h41

não dá para debater assim
Eduardo: pode-se debater a greve da USP, mas seu texto começa com pressupostos de "banana de pijama", reacionários apenas ficam de longe criticando as greves e os movimentos. Os pressupostos com que você inicia o texto são preconceituosos; não dá para debater assim. A USP é paga pelos impostos do povo. Não é o leite burguês que o papai lhe dá na faculdade para você aprender a repetir dogmas neoliberais. Como disse o Marcelo Coelho, se não houvesse a invasão, ninguém daria atenção para a greve.

[Sobre "Exceção e regra"]

por Lúcio Jr
28/5/2007 às
09h01

O crítico-espelho
Oi, Rafael, quanto a falar do que a gente gosta, deixo uma frase do Costa Lima sobre Barthes: "O crítico-espelho não é um crítico (...). Se a minha escrita é fundamentalmente um speculum, é um espelho da minha reação diante do texto, então não estou falando do texto, estou falando de mim a pretexto de falar do texto." Abraços do Lúcio Jr.

[Sobre "O bom, o ruim (e o crítico no meio)"]

por Lúcio Jr
28/5/2007 às
08h51

Kafka: alemão, mas tcheco
O texto está muito bom e há de encontrar leitores além dos seus naturais. Só uma correçãozinha, pequena mesmo: Kafka foi educado em alemão, escreveu em alemão e tinha muito de alemão, mas era tcheco de nascimento. E, por sinal, era bom demais! Beijo.

[Sobre "Quando um livro encontra seu leitor"]

por André
28/5/2007 às
06h50

Críticos e resenhistas
Rafael, sempre vi a crítica com uma certa desconfiança, em alguns chega-se a perceber a exagerada irritabilidade com que se dirigem geralmente ao autor e raramente à obra analisada. Acredito que criticar esteja próximo de apreciar, valorar; e os critérios são tão subjetivos quanto singulares. Gostei muito do seu texto e da forma como tratou o tema, porém ficou faltando acentuar a necessária orientação educativa para a crítica, seja para o leitor ou mesmo para o autor em questão. A literatura é consequência de um sistema complexo e os críticos são leitores com um aparato intelectual desenvolvido para apontar determinadas características presentes nesta ou naquela obra. Torna-se necessário separar a informação avalizada dos gostos pessoais e das defecções que as relações de mercado propagaram. Foi muito correto você apontar que só resenha o que gosta, mas haverá quem veja nesta postura as trocas de gentilezas que têm sido prática entre autores e resenhistas em determinados veículos.

[Sobre "O bom, o ruim (e o crítico no meio)"]

por Carlos E. F. Oliveir
28/5/2007 às
02h40

Julio Daio Borges
Editor

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