Sexta-feira,
1/6/2007
Comentários
Leitores
Shaftesbury e os blogs
Gostaria de chamar atenção para uma matéria na revista "Mente-Cérebro & Filosofia", número 2, da Editora Duetto. Nesse número há um artigo sobre o filósofo britânico Shaftesbury, mais precisamente sobre seu livro "Soliloquy or advice to an author". Acredito que aspirantes a escritor, assim como autores "consumados", tirarão valiosas lições da filosofia de Shaftesbury. Uma das questões a se pensar é a seguinte: ser escritor não é somente saber escrever bem; outrossim, é dar expressão a assuntos que realmente importam. Para tanto, o escritor deve, antes de mais nada, conhecer a si mesmo, saber suas motivações, enfim, autocriticar-se sem autocondescendência. Digo isso porque, para mim, o que há de mais enfadonho na maioria dos blogs é o caráter narcisista dos escritos. Shaftesbury analisa como esse tipo de escritos são levianos e vaidosos. Enfim, se você quer ser um escritor de verdade, precisa se preparar para isso. "Soliloquy or advice for an author" é um ótimo começo.
[Sobre "Escritor, jovem escritor"]
por
Renato Kinouchi
1/6/2007 às
19h14
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elogio
muito bom
[Sobre "Filmes extremos e filmes extremistas"]
por
jonas cleyton rodrig
1/6/2007 às
18h22
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Resposta ao Lúcio Jr.
Lúcio Jr.: esse é o caminho. Há algo de errado com seu blog? Ele está vazio...
[Sobre "Blogs, livros e blooks"]
por
Vicente Escudero
1/6/2007 às
11h34
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Resposta ao Carlos
Carlos, o desconhecido sempre está fora de perspectiva. Acredito que a crítica está aí para ajudar: transpor as idéias dela é sempre necessário, dar de ombros, não. Depois dos blogs, já é possível deixar o mercado de lado e escrever. Onde a literatura e os blogs vão chegar, isso eu não sei. Por isso acredito que é bom se perder nesse labirinto do Borges, onde sempre se encontra um lugar desconhecido para fincar uma bandeira e seguir adiante. Sobre os amigos, bem, eles devem ser ouvidos, senão não são amigos.
Abraço!
[Sobre "Blogs, livros e blooks"]
por
Vicente Escudero
1/6/2007 às
11h30
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Existe um meio novo
Vicente: eu escrevo diários desde adolescente e para mim o blog é mera continuidade dessa prática. Mas, para fugir do egocentrismo, resolvi misturar o formato diário com uma memorabilia dos textos que amigos me indicaram ou das pequenas editoras independentes (uma das quais, a Dez Escritos, até editou um livro meu). Confira. Existe um meio novo, que permite novas interações. Onde vai dar, ninguém sabe... Abraços do Lúcio Jr.
[Sobre "Blogs, livros e blooks"]
por
Lúcio Jr
1/6/2007 às
11h02
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a questão da reportagem
Adriana, a questão da reportagem, hoje, é talvez a mais debatida nos cursos de comunicação, entre futuros jornalistas e também no mercado - e, engraçado, é talvez a coisa que mais deixa saudade (mesmo naqueles que nunca fizeram reportagem de verdade) no público e na "ralé" das redações. Toda essa "conversação" me interessa e muito, desde os tempos de faculdade, mas precisaria de bem mais que mil caracteres para explaná-la. É bom quando jornalistas se abrem, da maneira como fazes, e contam um pouco do seu dia-a-dia, da sua vida. Desmistifica a profissão, que é tão massacrada, por um lado, e, por outro, tão mal cuidada por uma leva de profissionais (ou pseudo-profissionais). Com mais tempo, talvez compartilhe algumas idéias por e-mail a respeito disto. Abraços
[Sobre "Nunca mais do que a reportagem"]
por
Rogério Kreidlow
1/6/2007 à
01h51
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Gram e o fim do Los Hermanos
esse segundo CD do Gram está simplesmente perfeito! eu já havia adorado o primeiro, uma verdadeira pérola, um achado após o fim do Los Hermanos... mas este segundo está muito mais elaborado, com letras mais profundas, a instrumentação mais precisa, e o conteúdo existencialista reforçado... pra ouvir muitas vezes seguidas! Junto com outra banda que vem atraindo órfãos do Los Hermanos, "Móveis coloniais de acaju", embora com outro estilo, o Gram se firma como uma das bandas mais criativas do novo rock brasileiro...
[Sobre "Seu minuto, meu segundo"]
por
Angelo
1/6/2007 à
00h24
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Exercício seminal.
Ana, nada como permitir que a manifestação mais expressiva, literatura, protagonize sua própria relação com seus interessados. Experimentamos os recortes mais diversos de textualidades poderosas, que não cabem em compassos, regras ou estereótipos e o unico julgamento possível é dos próprios julgadores e seus juízos vagos, que as vezes tornam estéreis letrados em fecundos relatores de sentenças. A expressão da literatura é feita pela experiência do leitor e da sua familiaridade com o código, se há nesse exemplo claro a ponte concreta com a oralidade, ora que os normatistas se denominem gramáticos e vivam a língua como fetiche. Literatura é sobretudo registro e quanto mais domínio das possibilidades e dos recursos, maior será a riqueza obtida dentro das leituras possíveis. Que bom que um evento possa ser narrado; viva a oralidade, e que alguns ainda possam se lembrar o que seja narrativa. Um exercício necessário e como tal rico em todas as suas possibilidades. Valeu, Ana.
[Sobre "Conte a sua versão da história, uai"]
por
Carlos E. F. Oliveir
31/5/2007 às
21h59
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O nome do jogo
Gostei da exposição clara do tema mas acredito que algumas posições, mesmo vindo de Borges, a esta altura escapam da perspectiva. Vejo a crítica como um apoio para o leitor em formação e a superestima corrente ao valor da critica traz um certo vício do mercado. Enquanto o leitor não atinge uma maturidade com os elementos que o enredam na literatura, ele deve sim, ouvir amigos, ler cadernos especializados e ter auxílio sabendo que livros custam dinheiro, ás vezes ganho sem mérito. Acredito até que esta história de ganhar dinheiro nada tenha a ver com escrever livros ou vender livros terá alguma coisa a ver com literatura? Apartado de toda esta questão ficou o leitor que este escritor é desde sempre, e o prazer que esta introspecção trouxe para a sua própria formação. Falamos de blogs e livros, acredito que não, o nome do jogo é mercado; e como escrever é um exercício individual em busca de afirmação, é muito comum alguns tropeços do ego, ainda que adiante se reestabeleça algum equilíbrio.
[Sobre "Blogs, livros e blooks"]
por
Carlos E. F. Oliveir
31/5/2007 às
21h37
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Dogmas literários e swap
Guga, sempre achei que escritor começasse no leitor, que tornasse escrever necessário e o rigor de escrever com apuro fosse latente. Vejo a disciplina como parte de um compromisso consigo mesmo, em aprimoramento e experimentações. O tanto que já se falou de escritor bom ou ruim, dos aspirantes a escritor; faz parecer uma religião de talento mediunico. Alguns grandes escritores sofrem de uma certa decrepitude dos modelos cosmogônicos em que investiram, então eles ficam repetitivos, perdem de certa forma a capacidade de nos surpreender, mas acredito que isto não os transforme em escritores ruins. Dentro da polêmica alimentada sobre o escritor iniciante, pouco se falou da queda de nível da crítica que celebra uma busca por cânones, é mais fácil. Então que suprimam o sujeito e critiquem textos apócrifos sem referencia pessoal. Escritores jovens ou jovens escritores, não sei... Frequento livros, experimento formas, percebo alguns estilos e reconheço ao menos a ousadia de experimentar.
[Sobre "Escritor, jovem escritor"]
por
Carlos E. F. Oliveir
31/5/2007 às
21h08
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Julio Daio Borges
Editor
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