Segunda-feira,
18/6/2007
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Leitores
Escritores e Livros
Blogueiros horríveis são a regra, escritores que nunca deveriam ter sido alfabetizados (foram?) são a regra. Em blogs ou livros, o que realmente emplaca são relatos da "maravilhosa" vida de prostitutas arrependidas, textos escritos por meninas depressivas que se consideram Clarice Lispector, escrevinhadores prolixos que se acham Bukowsky ou Genet, fãs do Renato Russo, apaixonados pela violência das periferias que ainda se pretendem originais e bombásticos, participantes de algum Big Brother Brasil, magos e gurus, figurões nacionais e internacionais, jornalistas de guerra ou de aventuras ecologicamente corretas, centenas e centenas de frases que não mereceriam sequer um diário escondido embaixo de alguma cama.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
por
Adriano Cândido
18/6/2007 às
15h00
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Um encanto de talento
Belo exemplo de superação. O talento bruto fascina; mais que o lapidado, por ser fruto de autodepuração; trabalhado por si mesmo, desenvolvido a partir das próprias descobertas, não através de ensinamentos, que facilitam o fazer, mas direcionam o olhar, uniformizando a criação, que deixa de parecer única, não conseguindo se destacar dentre outras, dentre tantas. Num mundo competitivo destacar-se é fundamental. E quem se diferencia desperta curiosidade, inquieta, assusta; isso pode tornar o talento inóspito, refugiado em si, escondido para não atrair olhos desconhecidos. Surge a incompreendida contradição: atenções despertam orgulho, vaidade, contudo, é difícil a pessoa que tem um talento assim gostar de ser alvo constante de um monte de olhares curiosos, incrédulos. Não pensamos nisso, mas o talento do autodidata evolui da sua solidão, a pessoa pode não ser tão interessante quanto suas obras, ou ser facilmente destruída ao se expor, uma pena. Faz parte do que não entendemos na vida.
[Sobre "Coque, o violeiro de uma mão só"]
por
Cristina Sampaio
18/6/2007 às
12h19
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O papel será destronado...
Escrever livros em papel ou nas páginas da web: eis a questão. Aliás, uma questão que envolve gosto. E gosto não se... Além disso, conforme você disse, tem também a vaidade que... Bom, Rafael, torço para que seu projeto de escrever livros em papel seja coroado de êxito. Para quem tem, igual a mim, o hábito de ler deitado, em filas, em ônibus, no banheiro e em muitos outros lugares e circunstâncias, certamente que o computador não oferece a mesma comodidade que o livro em papel. Pelos menos atualmente! E estou certo de que este não se extinguirá tão cedo. Mas não tenho a menor dúvida: num futuro mais distante,os tentáculos da informática alcaçarão darwinisticamente o invento de Gutemberg (aliás, já "evoluído" para o linotipo, a rotativa e o off-set). A extinção não será dinossáurica, porquanto continuará existindo nichos ao qual o papel está melhor adaptado.
[Sobre "Obsessão por livros"]
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Pedro Cordeiro
18/6/2007 às
11h19
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Renovação necessária
Como todo bom senhor de idade, o mercado teme o novo. Não que o ignore, ele faz que ignora mas não ignora. Teme! Pois neste mercado movido a bilhões muita gente perde dinheiro por deixar de apostar ou por apostar. Isso dá uma certa idéia ao investidor que o mercado "tradicional", por ser conservador, é mais maleável e mensurável. Acho que alguém pensa duas vezes em investir em internet e nos seus recursos por ver nela juventude demais. Isso como uma qualidade ruim, imagino. Os defeitos de um espírito jovem são automaticamente refletidos num ambiente volátil, pouco confiável, com publico alvo voltado apenas para produtos de baixo valor agregado. Vende-se tênis Nike, mas não máquinas que produzem tênis Nike. Possivelmente um grande manufacturer de máquinas pesadas tem lá seu site, mas o faz de forma apenas intitucional, sem se aprofundar na potencialidade deste recurso. A mentalidade só amadurecerá com a renovação dos homens sentados nas cadeiras de encosto alto, nas grandes empresas.
[Sobre "Brincando de ignorar a internet"]
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Albarus Andreos
18/6/2007 às
11h06
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Em defesa de Gerald Thomas
Já troquei algumas palavras com o criticado e, podem falar o que quiser, sei que "ele" é apenas "ele mesmo". "Ele" sabe o que quer, "ele" lutou para chegar onde está e, não me importo que "ele" não seja brasileiro, além do mais, acredito que ninguém aqui gosta de ser vaiado, ou será que gosta? - "Eu" não peço desculpas pelo uso contínuo do "ele", sou apenas "eu" mesmo com minhas anáforas. forte abraço.
[Sobre "A bunda do Gerald Thomas"]
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Ademir Pascale
18/6/2007 às
10h52
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prefiro, de novo, o papel
Eduardo, não vejo grandes dramas nesta questão do digital x papel. Acho que quem gosta de ler e pratica a leitura com regularidade vai sempre preferir o papel, o que não quer dizer que esteja negando o digital mesmo porque estamos numa fase de transição sem data certa para acabar. Mas é só pensar um pouquinho: quem lida com computador desde o tempo daqueles terminais IBM de tela preta e letras verdinhas, sem imagem nenhuma jamais iria sonhar com um e-book. Da mesma forma podemos perguntar: e como será amanhã? Como ainda estamos no hoje, prefiro o papel.
[Sobre "Declínio e queda do império de papel"]
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Paulo Araujo
18/6/2007 às
08h09
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preferi só papel
Rafael, acabo de lançar meu livro CARTAS MARCADAS pela Booklink Publicações. Passei quase 2 anos escrevendo, lendo, reescrevendo, relendo, na tela do computador, até estar com o livro pronto. Poderia colocar no ar o formato em papel e o digital, mas preferi só papel. Por quê? Acho que um dia ainda vamos chegar lá, mas ainda está difícil trocar o papel pela tela do computador ou dos e-books. As vantagens da rapidez na distribuição e a capacidade de armazenagem ainda não substituem coisas tão simples quanto pegar, folhear, apalpar, cheirar, olhar o seu, o dos outros, sem ligar nenhuma tomada. A idéia de ver meu livro circulando em meio a spams indesejados, correntes, piadinhas sem graça e outras babaquices não me fascinou.
[Sobre "Obsessão por livros"]
por
Paulo Araujo
18/6/2007 às
07h55
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...e a noite de autógrafos?
Trabalho em editora e tenho contato c/ quilos e quilos de originais q recebemos todos os dias, a maioria de autores novatos. Não podemos generalizar: mtos escrevem bem. Mas são poucos. Apesar de eu trabalhar p/ uma editora gde, lá não ignoramos os novatos. Já publicamos alguns. Aí, cabe a eles nos ajudarem a tornarem-se conhecidos no mercado, p/ q façamos novas tiragens e publiquemos + títulos deles. É difícil. Acho q as pessoas são levadas a quererem publicar em papel (refiro-me aos novatos) pela idéia da fama, como vc bem colocou, de ir à TV, de ficar dando autógrafos em livrarias. Todo autor estreante q publicamos sempre nos pergunta o mesmo: "onde será a noite de autógrafos"? Nós não promovemos noites de autógrafos, do contrário não faríamos outra coisa, pq publicamos mtos títulos por mês. Existe, sim, a vontade de ser notado, + do q a de propagar a literatura. A publicação em papel só vale a pena qdo a vontade de publicar é movida pela de propagar a literatura.
[Sobre "Publicar em papel? Pra quê?"]
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Kandy Saraiva
18/6/2007 à
00h36
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DVDs de O Bem Amado?
Concordo plenamente, já pensou que delícia seria ao invés de assistir esse monte de lixo que tem aos domingos na tv, pudessemos assistir os dvds de O BEM AMADO? Isso me parece um sonho. Já comentei aquí em casa, já tem mais de ano isso, eles também concordam. Tomara que lancem os dvds, eu os compraria e os guardaria como relíquias (e não os emprestava pra ninguém rsrsrs). Um abraço
[Sobre "Recordações de Sucupira"]
por
Rôseni Barbosa Reis
17/6/2007 às
15h16
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Literatura feminina, sim!
Existe, sim, uma literatura feminina. De mulheres para mulheres. Qual o problema?
[Sobre "Literatura feminina reloaded"]
por
Guga Schultze
17/6/2007 às
14h00
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Julio Daio Borges
Editor
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