Sábado,
30/6/2007
Comentários
Leitores
O original e o genérico
Guga, concordo com o Albarus e no fundo quando voce inclui a tradução do Eça reconhece que alguns bons livros se tornaram ótimos pelo ofício de algum tradutor. Aponto ainda que o fator que ficou de certa forma oculto foi o da criação original, onde você aponta Long John, o anti-herói, e coloca a Jangal de Kipling como uma personagem rica de referências imagéticas para a construção da ficção. Sua piramide apresenta inúmeros títulos necessários para vivenciar literatura, no entanto, acredito que cada livro, incluídos os que não me agradaram, faça parte do esforço e das vivencias de cada autor. Se nos repetimos ou nos replicamos talvez seja pela simetria de referencias, por sensações e concepções coincidentes. O painel que sua piramide descortinou nos mostra a literatura como um advento moderno, tente colocar estas obras numa linha de tempo e estabelecer um padrão de ocorrência e talvez tenhamos que nos contentar com alguns poucos e bons originais e outro tanto de genéricos...
[Sobre "A Pirâmide B"]
por
Carlos E. F. Oliveir
30/6/2007 às
13h57
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Que rasgação de ceda, a minha
Muito boa esta revista. E o show deve ser ótimo, principalmente do Manacá, que é uma banda de uns camaradas meus e fazem um som muito original.
[Sobre "Revista Jukebox em São Paulo"]
por
Roberto da Paixão
30/6/2007 às
11h59
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No Brasil, nunca foi assim
Beleza, Rafa. Esse livro é bom mesmo. Tem algumas características no protestantismo que são fogo: leitura (da bíblia), a consequente alfabetização precoce e a fé no trabalho, na sobriedade, na economia de gastos e na vida regrada. Um país formado nessa base não é brincadeira. Outra coisa é que na Inglaterra vigorava, praticamente, um sistema de "castas" sociais. Os peregrinos ingleses, exilados permanentemente no novo mundo, acabaram com isso imediatamente: aqui não tem nobre, senhor ou hierarquia nobiliárquica. Aqui vale o homem que trabalha. Cumpriram esses princípios, na medida do possível, claro. No Brasil, nunca foi assim. Não houve nem a intenção.
Ótima resenha, abraços.
[Sobre "História dos Estados Unidos"]
por
Guga Schultze
30/6/2007 à
01h51
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Felicito-te pelo dom
Fabrício, sei não, cara, mas creio que o teu texto tem uma carga poética tão concentrada, que, em vários trechos, fiquei na dúvida se Manoel de Barros falaria de si com tanta propriedade. Tenho certeza de que se trata de um poeta de grande magnitude falando de outro monstro da palavra, Manoel de Barros. Tua prosa é tão fértil em belezas e passagens extravagantemente poéticas, que li, reli e, se Deus me permitir, hei de relê-lo como ungüento para as horas de sede literária. Felicito-te pelo dom. Não digo dom da palavra, digo, sim, o dom de costurá-las de tal forma, que acabas as reinventando numa nuança muito mais saborosa. Esechias
[Sobre "Manoel de Barros: poesia para reciclar"]
por
Esechias Araújo Lima
29/6/2007 às
17h08
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Aos moradores do Brasil
Eduardo, parabéns pelas suas citações e lembranças a respeito da cidade de São Paulo. Lembre-se que, em qualquer lugar do mundo, você terá que adaptar-se ao ambiente e de certa forma, transformar-se, pois dificilmente o ambiente mudará por sua causa. Então, faça do jeito que vc está fazendo. Aproveitando e curtindo as opções culturais que são oferecidas e de vez em quando viajando mundo afora para curtir outros tipos de beleza.
[Sobre "Por que eu moro em São Paulo"]
por
Diego Francelino
29/6/2007 às
11h29
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Os livros e seus mistérios
São tantos que há pra ler, é preciso escolher, ouvir indicações, pedir sugestões, mas isso evita a frustração durante a leitura? Creio que não. A satisfação que o livro proporciona depende do olhar de quem lê, do que se está buscando ou esperando da obra e também do autor, por isso lemos mais de um livro do mesmo escritor, mesmo sabendo que pode não ser tão bom (é difícil ser espetacular várias vezes, temos consciência disso, poucos conseguem), mas sentimos necessidade de chegar mais perto do ser humano por trás das letras, tentar entender as nuances do seu modo de pensar, o que o faz especial, quando um autor nos chama a atenção, nos desperta interesse. A leitura também encerra seus mistérios, não apenas os livros, apesar de concordar que é bem mais agradável e significativo ler o melhor dos melhores. Gostei de ver "O pequeno príncipe" nas sugestões, admiro essa coragem, os sentimentos não devem ser vistos como uma coisa boba (homens os renegam às vezes), esse livro mostra bem isso.
[Sobre "A Pirâmide B"]
por
Cristina Sampaio
29/6/2007 às
10h04
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O Afeto que Guga encerra
Oi, Guga, gostaria de ver vc escrever sobre O Afeto que se encerra, essa autobiografia precoce do Francis. Penso que o mais difícil em Francis é ligar o que ele foi com o que ele se tornou, unindo as fases e vendo o que esse texto diz para a atualidade, onde ele realmente deitaria e rolaria, pois um de seus esportes preferidos, mesmo quando ainda "de esquerda" era escarnecer da esquerda, vide texto sobre Jango em Opinião Pessoal em 1966.
[Sobre "A Pirâmide B"]
por
Lúcio Júnior
28/6/2007 às
14h03
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o jornalista Bruno Garschagen
Senhor Garschagen (gosto deste sobrenome. Não é meio judeu?, nada contra por favor, inclusive gosto dos rituais religiosos dos judeus). Bem, fiquei muito satisfeito com sua última correspondência. Mas o fundamental é que estou tomando conhecimento da sua literatura, e como estamos gostando (estamos porque os amigos estão lendo e gostando, e discutindo, o jornalista Bruno Garschagen - e como tem artigos por todos os lados, leio o blog, o digestivo e outros). O que me encanta é sua ironia e humor - fundamentais na boa literatura). Sou professor de história e geografia - porque não havia opção as fiz, mas na realidade meu gosto é literatura, jornalismo, filosofia. Do que mais gosto? Os clássicos, li D. Quixote, Crime e cstigo e tantos outros. Marguerite Yourcenar li tudo, é muito elegante (literatura elegante, bem formada - temas nobres e bem desenvolvidos como "Memorias de Adriano", Thomas Mann, li - 2 vezes A Montanha Mágica - acredita?
[Sobre "O romance da desilusão"]
por
luizf delellis
28/6/2007 às
13h30
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A procura pelo original...
Guga, meu amigo. Vamos botar um pouco de pessoalidade nisso. Vou falar de como vejo meu livro com relação a ser ou não uma "cópia" de outras histórias. Em primeiro lugar: não. Não é uma cópia, mas é inevitável que seja inspirado por outra obra. A vida nos inspira, uma música, uma tarde chuvosa, ou um outro livro mesmo. Como me convencer de que não sou um mero plagiador de Tolkien? Oras... porque Tolkien também não foi original! Estão lá Beowulf, A Odisséia, mitologia nórdica, mitos celtas, folclore escocês e dinamarquês, chapeuzinho vermelho etc. E Shakespeare, como você disse... Não! Não é totalmente original também! Romeu e Julieta é tão "igual" ao mito de Príamo e Tisbe (mitologia grega) que até assusta! Estão lá o casal apaixonado separado por uma rusga familiar, estão lá as mensagens entregues por uma terceira pessoa que lhes permite o romance, estão lá o suicídio desastrado e o outro, por conseguinte. Esta procura pelo original é uma maldição que um escritor deve saber inútil.
[Sobre "A Pirâmide B"]
por
Albarus Andreos
28/6/2007 às
12h03
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Barba
Meu caro Guga, usei uma barbicha dos 17 até pouco tempo atrás. Lembro que a primeira vez que minha mãe me viu, ela disse "onde você pensa que vai com essa coisa ridícula?", mas depois se acostumou e estranhou quando eu tirei. É como cigarro, você sabe que é ruim, mas uma vez com barba, você não larga mais. Quando eu a tirava, eu me sentia nu. Mas agora tirei. E não foi por sem-vergonhice de querer me sentir pelado, mas porque sei lá, passou. O ruim é que durante o primeiro mês, ficou aquela marca patética branca em torno do queixo hehe.
[Sobre "Barba e bigode"]
por
Eduardo Mineo Bloom
28/6/2007 às
11h01
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Julio Daio Borges
Editor
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