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Terça-feira, 31/7/2007
Comentários
Leitores

Simplesmente brilhante
Ana, teu texto me fez lembrar de minha participação recente na oficina Processo Criativo do Conto, ministrada pelo escritor, Paulo Scott, em Belém. Entre tantos tópicos interssantes, um deles foi exatamente o do título do texto. Paulo disse o mesmo que dizes, que um bom título pode, inclusive, chamar a atenção de uma editora. Isso me faz lembrar também do título de meu livro de contos, que foi por mim "surrupiado" do livro de João Ubaldo Ribeiro, "Viva o povo brasileiro", e que se chama "Borboletas Invisíveis", quando, no livro, não há nenhum conto com esse nome. Isso, até hoje, ainda causa um certo espanto - e até curiosidade, porque muitas pessoas querem saber "o que são as tais borboletas invisíveis", ao que sempre respondo, dizendo que não sei, que o título foi encontrado por acaso, lá no meio do romance do escritor baiano. E tu, Ana, enorme, em tuas considerações, como essa: "Coisa mais engraçada arrumar certos títulos de certos textos."

[Sobre "Dar títulos aos textos, dar nome aos bois"]

por Américo Leal Viana
31/7/2007 às
08h54

Essa cegueira proposital.
Li a entrevista com o Keen na Folha. Ele tem uma posição bem radical, talvez a mesma posição das pessoas que o chamam de anti-cristo. Entendo o que ele combate, é esse excesso de informação inútil que existe na Internet, mas a questão da credibilidade de informações e dos direitos autorais tem dado passos largos dentro dos próprios blogs. O problema do Keen é jogar tudo no mesmo saco, nem todo jornalismo tradicional é bom, nem todo blog é bom. E um não tem que necessariamente matar o outro, será tão difícil entender isso?

[Sobre "Um caos de informações inúteis"]

por Bia Cardoso
31/7/2007 à
00h14

uma casa qualquer
É realmente uma escola sem professor não é uma escola, e sim uma casa qualquer!

[Sobre "A nova escola"]

por Danilo Lima
30/7/2007 às
20h45

O jornalismo romântico
Caro Guga, o status quo elegeu a competição como a via legítima do resultado; existem alguns jornais e muitos aspirantes a jornalista, numa conta que não fecha, e, numa livre interpretação de Darwin, membros desta espécie vivem uma guerra fraticida pelos exíguos espaços e privilégios da atividade. Quanto a crise do jornalismo tal como conhecemos, é a evolução com seus multiplos fatores influindo sobre os elementos desta parcela do mundo real, as verbas publicitárias sendo distribuidas em outras mídias, produzindo filmes e peças, se envolvendo em projetos ambientais e iniciativas filantrópicas... Nossa realidade atual é por demais patrimonialista para considerar certos aspectos românticos que não cabem em avaliações dos resultados economicos, talvez a culpa não seja da migração do leitor, acredito mais na diversidade gerada pelas novas opções de custo reduzido, que como uma nova tendência convida o leitor a ousar e buscar uma relação mais direta com a informação e a cultura.

[Sobre "Retrato 3X4 de um velho jornalismo"]

por Carlos E.F.Oliveira
30/7/2007 às
19h30

o jornal e o banheiro
Não existe nada melhor que acordar, pegar o jornal e se trancar no banheiro, é um prazer, que não tem Mastercard q pague. Vc pode até já ter lido a maioria das notícias ontem, on-line, mas o q importa, desde q vc tenha aqueles sagrados minutos de isolamento e comunhão com toda a humanidade. Mesmo com o wireless, não dá o mesmo prazer, navegar no banheiro. É Cultural e Físico. Bjs.

[Sobre "Não queimem os jornais, ainda"]

por Pedro Brasileiro
30/7/2007 às
19h20

O mito da auto-ajuda
Pilar, gostei tanto do tema, quanto da abordagem a um tema tão polêmico neste momento. Tenho percebido de parte de alguns jornalistas da área cultural uma ansiedade em dirigir o leitor, classificar as escolhas do leitor e intervir nos seus processos de escolha. O mercado editorial classifica de um jeito um determinado livro, a livraria procura a estante adequada para o produto, tal como numa gondola de supermercado e todos comungam com o engodo da definição mercadológica e ideologica de determinado livro. Penso que, depois de escrita, a obra pertence aos seus leitores, não ignoro que nem todos os que se aventurem pelas possíveis leituras de um texto estejam de todo preparado para lê-lo. Então, quem está? Uma análise academica não é o julgamento definitivo sobre nada, apesar de não se poder dizer irrelevante. Quando os livros são classificados como auto-ajuda estamos diante de um eufemismo carregado de preconceitos dos consumidores da dita alta literatura...

[Sobre "Auto-ajuda e auto-engano"]

por Carlos E.F.Oliveira
30/7/2007 às
19h00

Mazelas Terceiro-mundistas II
Isso sem falar do manual que foi entregue a todos os atletas da delegação americana, e advertia para os perigos das favelas, seqüestros-relâmpago e frisa que "a violência na cidade não tem hora e nem local para acontecer". A única falha do manual talvez tenha sido não alertá-los para os perigos que os policiais brasileiros representam. Como podemos reclamar? São realidades que insistimos em esconder, que fingimos ignorar, mas que não temos como negar. Se lançam um filme em que turistas vêm ao Brasil e são dopados, roubados e mutilados; se lançam manuais de sobrevivência às delegações; se policiais brasileiros representam tanto perigo quanto os bandidos, o que nos restou? Welcome to the Congo!

[Sobre "Pan-pouco-pan e nação top top"]

por Diogo Salles
30/7/2007 às
18h48

Mazelas Terceiro-mundistas I
Pilar, voce nao é antipatriota. Voce só teve coragem de dizer a realidade. Nossas mazelas terceiro-mundistas nunca ficaram tão expostas. A decana e ultrapassada “Lei de Gérson” ganhou nova roupagem e se revigorou. Na novíssima “Lei de Oscar Schmidt”, o que vale é ganhar a todo custo. Viva o “jeitinho brasileiro”! Nosso ufanismo jeca só não foi maior porque aconteceu o desastre do Airbus da TAM, mas a falta de respeito e educação com os atletas estrangeiros beirou a obscenidade. Pelo menos o crime organizado no Rio deu uma trégua. Diante de toda aquela calmaria, havia espaço para os policiais militares darem a sua mordiscada e nossos gloriosos PMs foram formalmente acusados de extorquir dinheiro de dois turistas norte-americanos.

[Sobre "Pan-pouco-pan e nação top top"]

por Diogo Salles
30/7/2007 às
18h47

Mais do mesmo
O problema da auto-ajuda, que vi mais claro no seu texto, é o mesmo problema da literatura em geral, como você conclui um pouco no final. A quantidade absurda de títulos, de livros. É tanta coisa ruim que o que é bom se perde ali no meio, e acaba que a auto-ajuda se tranforma num engodo em nossas vidas, pois tudo é feito para sermos felizes, ricos, amados e satisfeitos. Talvez o mais engraçado seja que a realidade passa longe da maioria dos livros de auto-ajuda. E você está certíssima, qualquer livro pode transformar a vida de uma pessoa, os livros de Caio Fernando Abreu transformaram a minha de uma maneira única. Mas é claro que também já li Paulo Coelho, Lya Luft e outros, porque para dizer que não se gosta é sempre bom ter experimentado. E adoro a Linda Godman.

[Sobre "Auto-ajuda e auto-engano"]

por Bia Cardoso
30/7/2007 às
16h31

Frescor na literatura infantil
Os adultos costumam subestimar as crianças e sua capacidade de compreensão e interpretação. Os adultos apenas esqueceram que no mundo da fantasia vale tudo, não só coisas boas e cor-de-rosas. É bom ver um livro de Tim Burton sendo lançado no país, ainda mais sendo um livro de poesias. Se despertar o gosto dos pequenos pela leitura já é um desafio, este o é ainda mais no campo da poesia. A Índigo é mesmo um frescor na literatura infantil, sinto nela a mesma falta de medo que há em Lygia Bojunga. Escrevem para crianças sem pensá-las exclusivamente como crianças, mas sim como leitores, que merecem boas tramas e histórias sem fingimentos.

[Sobre "Amor e dor para crianças em três passos"]

por Bia Cardoso
30/7/2007 às
16h13

Julio Daio Borges
Editor

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