Segunda-feira,
8/4/2002
Comentários
Leitores
Rodar a Cadeira ...
É muito raro e estranho só gostar de "Música Clássica ". Alguns poucos declaram, mas não estão sendo sinceros. Toda música clássica nasce simplismente música. Na literatura, Monteiro Lobato não é Grego, tão pouco nasceu em Roma, mas é Clássico, um exemplo da melhor qualidade.Quanto as mulheres opressoras, ou serão as mães..." Amor de Mãe É Diferente " Confesso que já fui mais saudável, entretanto após o seu texto, viva as bobagens ! resolvi rodar a cadeira...
[Sobre "O Exército de Pedro"]
por
Sérgio Tadeu
8/4/2002 às
16h11
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PAREI !!!!!!!!!!!!!
Ok Francoi & Rafael, a pedido vou parar aqui , já não sairá mais nada mesmo dessa nossa argumentação. Mas uma retirada não é uma derrota. E me retiro “combatendo”.
Quando fez a melhor oferta, ficando com os tais 5% q vc julga ingenuidade, Ehud Barak foi claro q ele só teria condições políticas de evacuar as dezenas e dezenas (para ser conservador) de colônias judaicas montadas “dentro” da atual área onde seria o Estado da Palestina. Contudo ele deixou também bem claro q as dezenas e dezenas de colônias montadas na fronteira, isso é, com a retaguarda dentro de Israel, e a frente na “terra ocupada”, essas ele não teria força política para erradicar. O exército dificilmente cumpriria as ordens necessárias. Quanto a Jerusalém então nem se fala.
Em resumo: se está para nascer o palestino disposto a aceitar a proposta feita (os ingênuos 5%), são pouquíssimos os israelense q topariam retirar “manu militari” seus compatriotas q estão dentro desses “ingênuos” 5% (Jerusalém incluso). Muitos estarão dispostos a morrer a abandonarem a "herança de Abraão". A desocupação desses 5% não poderá ser incruenta.
Quanto a aceitar as perdas territóriais q formaram o atual Israel, é claro q a comunidade árabe nunca aceitará (os judeus em 2000 anos não aceitaram a conquista romana). No entanto, já se deram por vencidos (nunca convencidos) e já ofereceram a aceitação formal de Israel , exatamente ao preço dele cumprir as 2 resoluções da ONU.
Agora , já com a mão na porta de saída, vou dar uma de profeta. Não resta outra opção a Israel senão oferecer “tudo” (inclusive os ingênuos 5%), porque o USA precisam o OK dos árabes para fazer no Iraque o q fizeram no Afganistão, ou seja trocar o atual governo por outro mais palatável a eles. E o estado judeu vai ter q ranger os dentes e calar à força (até à bala)os seus fundamentalistas porque agora: ROMA LOCUTA... CAUSA FINITA.
Entendo toda a atual encrenca apenas como a colocação "do bode" na casa palestina só para retira-lo depois e os USA poderem posar de heróis para os árabes. PAREI!!!!!!!!!!!!
[Sobre "Intolerâncias e inconsequências"]
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PEDROSERVIO
8/4/2002 às
10h48
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É tudo ou nada
Pedro, volto a dizer - a questão NÃO se resume a esses 5%. É simplista e ingênuo acreditar que ninguém em Israel teria cedido, se a questão fossem só esses tais 5% - a pressão em Sharon seria insuportável. Mas os palestinos não querem só esses 5%, que inclusive já lhes foi oferecido por governos israelenses anteriores; querem tudo ou nada, e se você ler algum jornal árabe (há muitos em inglês pela internet) descobrirá. Os discursos de Arafat e de outros líderes árabes para seu próprio povo (os discursos em árabe, não o que ele diz em inglês para a CNN) dizem isso, as cartilhas das escolhas públicas palestinas dizem isso: eles só ficarão plenamentee satisfeitos quando Israel for empurrado pro mar e todos os judeus mortos. Os mapas deles trazem a Palestina como se estendendo de Golan a Gaza, ou seja, todo o território israelense, e não apenas esse território que a ONU lhes determinou. O que os israelenses estão fazendo é ocupando militarmente um território que lhes é hostil, que envia a morte à suas cidades num ritmo cotidiano; é como a PM do Rio ocupar uma favela quando traficantes ficam atirando e jogando granadas nas pessoas em baixo do morro, algo perfeitamente compreensível e desejável. Quanto a Israel estar "pisando em terras alheias", recomendo-lhe urgentemente a leitura do livro de Joan Peters que menciono em meu artigo, para esclarecer seus conceitos sobre a região. Saudações, Rafael.
[Sobre "Intolerâncias e inconsequências"]
por
Rafael Azevedo
8/4/2002 às
09h16
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Os Maias
Para quando a passagem da minissérie "Os Maias" em Portugal?
[Sobre "Os males da TV"]
por
Miguel Santos
8/4/2002 às
06h47
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Os números são:242 , 338 e 5%
Rafael
Como já disse antes, para mim nada há de muito especial no q ocorre, é puro blá blá blá e bum bum bum. Seria fácil constestar um por um teus argumentos e iniarmos uma digressão infinita.
Israel é um estado "fora da lei". Não está pisando apenas em terras alheias, está também pisando nas resoluções da ONU, ou seja, pisando em toda comunidade internacional. É lamentável, mas os argumentos q usa para tentar se justificar, tem exatamente o mesmo conteúdo dos argumentos de todos ocupantes. Os alemães matavam 10 habitantes para cada um dos seus q era morto pela "resistência francesa" (ou terrorismo frances!). Talvez pela primeira vez na história, na Diáspora também se encontra repúdio à Israel. E nunca se esqueça, o Estado Palestino não existe, nem existem forças armadas. O q o estado Israelense faz é inominável, é como se nossa força aérea bombardeasse uma favela , desculpas não faltariam. Estão "colonizando manu militari" terras alheias. O q poderiam esperar de volta?. Por mais custoso q seja para eles tem q devolver os 5% colonizados "na marra". Volto a insistir q tudo se resume nesses 5%.
Os países árabes já ofereceram aceitar o "statu quo" definido pela ONU, mas Israel quer esses malditos 5% a mais.
Eu só estou disposto a entender Israel em relação a metade de Jerusalém, também invadida, incluida nesses 5%. Realmente será dificil abrir mão de algo tão simbólico!
[Sobre "Intolerâncias e inconsequências"]
por
pedroservio
8/4/2002 às
04h57
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Saborosos Desagravos...
Caro Fábio: seu texto (repulsiva roseana) a respeito da cínica e surreal Roseana Sarney foi uma verdadeira refeição de desagravos. Desagravos muito saborosos, por sinal. São tantas as ofensas lançadas, todo santo dia, na cara dos brasileiros honestos, é tão monumental o despudor desses políticos farsantes, que se torna um prazer terapêutico degustar críticas como as suas. Fábio, todos os seus artigos são saborosos desagravos, todos eles! Continue sendo o talentoso "chef" dessa cozinha saudável, que nos faz tanto bem.
Abraço do Dennis.
[Sobre "poesia, roseana, cuba e outras palhaçadas"]
por
Dennis
6/4/2002 às
11h05
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Retruco
Caro Rafael, obrigado por ter prestado atenção no meu comentário. Acabou que, sim, pequei pela simplificação - mas a visão não é ingênua, e sim menos sofisticada do que os vôos e as elocubrações exacerbadas dadas à questão - e nem disse que "tudo" se resume ao aspecto tribal . Pareceu simplificada, de fato, porque me detive mais num aspecto dentre um grande emaranhado cultural daquela região, mas escrevi correndo, por falta de tempo, e num sopetão hoje à tarde. Não reli, porque raramente me releio. Mas, por força, agora, relendo, vi que escrevi "primeiramente" no primeiro argumento e não retomei o resto da argumentação. Aliás, você já escreveu nesta janelinha e sabe que é impossível escrever um ensaio digno neste espaço. Além do mais, um comentário muito longo acaba monopolizando o espaço dos demais leitores. Procurarei estruturar melhor a minha argumentção e voltar a esta página ou enviá-la a você. Só gostaria de registrar, para todos que consultarem o seu artigo e lerem estes comentários, que há muito mais a ser considerado sobre a questão Palestina do que a sua visão parcial - e até mesmo da minha.
[Sobre "Intolerâncias e inconsequências"]
por
Antiono Oliveira
5/4/2002 às
18h28
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as marcas da decepção
A despeito de meus avós marternos serem judeus oriundos da Lituania e Polonia---despertando a minha admiração na mais tenra idade pela obstinação em perseguir ideais nobres e uma heróica luta pela sobrevivência,acho Israel um estado assassino.Com Ariel Sharon é claro.Se alguém achar que carreguei nas tintas,leiam o estraordinário e amargo livro AS MARCAS DA DECEPÇAO-memórias de um agente do serviço secreto israelense o Mossad considerado o melhor serviço secreto do mundo.BULA;efeitos colaterais:se o nosso prezado Rafael Azevedo ler esta obra,peço que encarecidamente estando em lugar público,porte um saco plástico,pois o vômito será inevitável. Autor da obra:VICTOR OSTROVSKI, editora:PÁGINA ABERTA LTDA,1992.359p.
[Sobre "Intolerâncias e inconsequências"]
por
Heraldo Vasconcellos
5/4/2002 às
17h44
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respostas
Obrigado a todos pelas mensagens, e mais obrigado ainda ao Gustavo pelos elogios. Agora vamos por partes: Helio, não tinha nada de extremismo naquelas palavras - apenas a minha indignação de ver até que ponto pode ir a intolerância dos desinformados, aliado a um pouquinho de sarro, que também sou filho de Deus. Wer, você tem todo o direito de achar meu texto tendencioso, assim como eu tenho o direito de achar que você está redondamente enganado. Não tem nada de tendencioso no meu texto; eu não me inclino a favor de ninguém, apenas estou frisando que, enquanto o mundo parece se revoltar contra o que chamam de intolerância dos judeus, vale lembrar que eles é que estão sendo vítimas de um grande complô internacional, na medida em que estão unicamente se protegendo de ataques criminosos e desnecessários fomentados pelos líderes hipócritas que SEMPRE dominaram os árabes, com ou sem ajuda americana, soviética ou o escambau. Aliás, é injusto comparar Reza Pahlevi a Saddam e aos Sa'ud; ele fez muito mais bem ao Irã que os outros a seus respectivos países, e sua queda (e a ascensão do Khomeini) foi a prova de que os povos daquela região não precisam da ajuda ocidental para se prejudicarem. Pedro, concordo com tudo o que você disse, está lá no texto – como por exemplo menciono que os judeus cometiam atentados terroristas também. Só que os judeus, por mais errados que estivessem, cometiam estes atentados contra uma ocupação externa - os britânicos, que não tinham nada o que estar fazendo lá - e não contra os palestinos, que além de constituírem uma população muitíssimo menor do que os árabes apregoam, receberam os judeus já com pedras e armas na mão. Você também parece querer dizer que eu apoio os atos de Sharon - longe disso, se você reparar com atenção também o condeno em meu texto. Mas condeno muito mais o Arafat, pois acredito que seja muito mais criminoso explodir bombas em supermercados matando crianças e mulheres grávidas do que atirar em militantes armados ou invadir cidades em busca deles. Os árabes já demonstraram não querer apenas que as resoluções que você citou da ONU sejam cumpridas. Querem mais. Querem que Jerusalém seja "cedida" a eles, e que um milhão (!) de "refugiados palestinos" voltem para o território de Israel. Assim você há de convir que não existem condições de diálogo; isso seria o fim do estado israelense. Quanto ao comentário do Antonio Oliveira, bem, pra mim simplificação ingênua é chamar tudo de uma "questão tribal" e ainda dizer que isso é mais complexo do que tudo o que eu falei. A propósito, porque meu conhecimento de causa é "aparente"? Se você discorda de algo que eu disse, refute, dê argumentos. Levantar suspeita sem desmentir ou checar o que eu disse é, no mínimo, moralmente dúbio. Seu comentário não passa de uma opinião contrária a minha, nada mais; creio que é preciso mais que isso para se discordar dos argumentos de alguém. Outra coisa: não digo em meu texto, em nenhum momento, que os judeus sejam os "mocinhos". Apenas acho que estejam longe de ser os vilões. É isso. Abraço a todos, Rafael.
[Sobre "Intolerâncias e inconsequências"]
por
Rafael Azevedo
5/4/2002 às
17h40
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Guerra entre irmãos
Apesar da vasta pesquisa e dos dados citados, num aparente conhecimento de causa, o artigo reflete apenas uma opinião e não esclarece. Pelo contrário, é uma simplificação ingênua, que reflete a mitificação da cultura judaica e a animosidade do autor contra os árabes. Ambas culturas são ricas e produziram grandes expoentes e contribuições valiosas para a humanidade. A questão na região da Palestina é muito mais complexa do que o Rafael Azevedo supõe. Primeiramente, porque toda a questão está relacionada com a visão de mundo semita (vide dicionário; o grupo semita inclui árabes, assírios, fenícios, judeus entre outros originários da região do Crescente) e tem uma vertente preponderantemente cultural e não apenas religiosa. Num segundo plano, sim, está a religião. Os semitas, desde muito antes da época bíblica se dividiam – e ainda se dividem - em clãs e tribos. Como é notório, não há maiores inimigos entre si que clãs ou tribos rivais em territórios adjacentes. A questão não é propriamente religiosa, porque não se discute a divindade de Jeová ou de Allah, ou de nuances epistemológicas entre Torah e Corão, ou sobre as profundas diferenças entre os rituais do judaísmo e do islamismo. A questão, repito, é tribal e remonta a milênios. A questão de demarcação de territórios – que toda cultura preza em algum grau, terras hereditárias, feudos, Estado-Nação, latfúndios – serve apenas para quantificar poder de uma tribo ou grupo e demarcar uma propriedade para fins produtivos (na velha receita Terra-Capital-Trabalho). Se um palestino ou israelita viver de um lado ou outro de da fronteira naquela região pouco afetará a sua vida, pois o seu cotidiano seria quase o mesmo que o de seu rival – obviamente seria uma vida mais tranquila se apagassem de sua mente a questão de pertencer a uma tribo e tudo que isso implica. Voltando ao que eu me referi acima, os semitas bíblicos e as sociedades semitas atuais vêem o mundo em grupos, tribos, etc... Até o judeus modernos se dividem e muitas vezes evitam casamento entre membros de uma tribo ou outra – sefarditas, neftalis, efrains, benjamins etc.. Portanto, colocar a questão entre judeus e muçulmanos apenas é errar o alvo. Na realidade, são todos irmãos brigando entre si. É realmente tudo farinha do mesmo saco, como um comentarista acima apontou. A história recente está regada de conflitos da mesma natureza, como servios e croatas, tutsis e hutus, e até clãs norte-americanos, como os Hatfields e os McCoys, que se matavam entre si na virada do século passado. Por fim, gostaria de notar que, com relação às atrocidades que vemos na Palestina, de parte a parte, não há justificativa sob qualquer ângulo que se analise. É uma guerra entre irmãos e, como dizem, "não se deve meter as mãos". Nas matanças, nenhum dos dois lados está certo, nenhum dos dois lados é levado por lógica ou por sentimentos nobres. Não há mocinhos.
[Sobre "Intolerâncias e inconsequências"]
por
Antonio Oliveira
5/4/2002 às
17h07
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Julio Daio Borges
Editor
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