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Sábado, 25/12/2010
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Leitores

Juventude ignorante
Na verdade, o cronista apresenta uma tese, mas ela é pouco plausível. Não é o que ele chama de pulverização cultural o responsável pelo divertido episódio com o Ferreira Gullar, mas sim a ignorância do jovem: na realidade, o que se tem é uma juventude profundamente ignorante. Se o poeta tivesse sido abordado por pessoas de mais idade, certamente seria reconhecido. Além do mais, antes da internet nem sempre prevaleciam os grandes: quantos nomes se consagraram na música, nas artes plásticas etc. e não passam de mediocridades? A "pulverização cultural" pelo menos abre espaço a todos, e a facilidade de obter informação na Web apenas demonstra uma vez mais a profunda ignorância da juventude, mais preocupada com os bate-papos vazios dos "chats de conversa fiada" do que com o que é de fato importante.

[Sobre "Ferreira Gullar ou João Goulart?"]

por Gil Cleber
25/12/2010 às
19h05

Beuys é um espertinho
Num artigo falando das melhores exposições do ano não caberia citar Beuys. O que foi exposto desse "grande" artista aqui no Brasil? Latinhas enferrujadas? Pedaços de pau e folhas de jornal assinados por ele? Ou cavacos de unha do dedão do pé? Beuys não foi apenas um imbecil: mais que isso, foi um espertinho, que soube perpetuar seu nome, porque sabia que por mais tolices que fizesse, encontraria sempre "críticos" (ou criticastros?) para dar-lhe aval. Pior que ele, só Delvoye com sua "máquina de fazer cocô".

[Sobre "Melhores exposições de 2010"]

por Gil Cleber
25/12/2010 às
18h54

Um fantoche na presidência
Manoel, eu sei que estamos em época de acreditar em Papai Noel, mas a partir do dia primeiro do ano que vem haverá diferença, sim. Mas veremos se esse avanço paranasianista que você diz acontecerá mesmo ou se não passa de um discurso do Linus da turma do Charlie Brown sobre a "grande abóbora". Não me oponho nunca ao governo das mulheres, mas sei que no governo Dilma não vai ser o caso. Repito. Não há uma mulher no governo do país, e sim um fantoche.

[Sobre "Mulher no comando do país! E agora?"]

por Raimundo Torquato
24/12/2010 às
09h07

Sou mais o García Márquez
"Vargas Llosa reavaliou sua posição, mudando de lado e combatendo as ditaduras de esquerda e seus tiranetes (até Chávez)". Pena ele ter "esquecido" de combater também as ditaduras de direita... Creio que até as tenha apoiado. Por isso, fico com García Márquez. Quanto ao Nobel, que valor agregou a "Cem anos de solidão"? Este deixaria de ser um clássico se não tivesse ganhado o prêmio? Será que uma obra de arte precisa mesmo ser premiada? "Grande Sertão: Veredas" é menos importante por não ter ganho um prêmio (Nobel)? Até onde a arte pode/deve ser convertida em mercadoria? São perguntas que não fazemos, mas que carecem cada vez mais de respostas.

[Sobre "O Prêmio Nobel para Mario Vargas Llosa"]

por Luciano
23/12/2010 às
16h09

Aversão aos livros
Concordo plenamente com o autor. Sempre tive aversão total a livro e a qualquer tipo de leitura durante a maior parte do meu período escolar graças aos "excelentes" livros paradidáticos que tínhamos que comprar e resenhar para professores que faziam questão de nos punir por não demonstrar o mínimo interesse por eles. Em casa, por outro lado, havia muitos livros, enciclopéidas, livros educativos e biografias, os quais costumava ler. Agora que estou livre desta ladainha, posso ler o que gosto: Assimov, Orwell, Joyce, Tolstói, "Veja" (por que não?)... Por que não trazem para as escolas a literatura universal? Por que não ler "Política", de Aristóteles, nas aulas de filosofia e "Divina Comédia", nas de história? Por que restringiram as nossas aulas de literatura ao indianismo e ao "Lusíadas"? É só isso que é considerado livro? Kafka, "Guerra e Paz" são o quê?

[Sobre "O que mata o prazer de ler?"]

por Rafael
23/12/2010 às
11h22

O prazer que há nos livros
Raimundo, na verdade a pesquisa comprova o desinteresse pela leitura na medida em que a leitura é entendida somente como algo formal, destinado ao trabalho, para "estimular o pensamento", como você diz. A pergunta é como modificar essa percepção e indicar o prazer que há nos livros.

[Sobre "O que mata o prazer de ler?"]

por Duanne Ribeiro
23/12/2010 às
10h06

Foi uma jogada política
Seria por demais ingenuidade acreditar que a eleição de Dilma Rousseff não foi uma jogada política. Um verdadeiro gol de mão do quase ex-presidente Lula. Não tem nenhuma nobreza ou algo legítimo que o sexo feminino possa se vangloriar na ascensão de Dilma ao poder, sendo que foi tudo premeditado. Eu aplaudiria de pé a eleição da Marina Silva.

[Sobre "Mulher no comando do país! E agora?"]

por raimundo
22/12/2010 às
11h40

Alto índice de hipocrisia
Acho que o que está crescendo é o nível de hipocrisia dos alunos da rede pública, que respondem às pesquisas mascarando a sua falta de interesse por leitura e quaisquer coisas do gênero que estimulem o pensamento.

[Sobre "O que mata o prazer de ler?"]

por raimundo
22/12/2010 às
11h34

Olhar feminino no poder
Sabemos que o sistema político e social é o mesmo, sabemos que a estrutura governamental do Brasil é a mesma. Só que há um olhar feminino observando os detalhes, e uma equipe administradora, que passa a ser comandada por alguém que usa o batom e aperfuma-se, muito mais do que os homens, que geriram conflitos, desigualdades, que estabeleceram assassinatos e torturas nos casos dos militares, que teve um País condenado pela OEA; e nem mesmo Lula teve coragem pra resolver esse impasse desabonador para um País que se diz democrático. Com certeza o olhar feminino fará a diferença e, em vez de botas pra esmagar as flores, estarão as sandálias femininas do respeito.

[Sobre "Mulher no comando do país! E agora?"]

por Manoel Messias Perei
22/12/2010 às
06h20

Ótimo texto
Enquanto os estudantes não forem bons leitores, não escreverão bem, não terão repertório diversificado, consequentemente não produzirão conhecimento, não contribuirão plenamente como cidadãos. A leitura deve estar no centro do currículo escolar, como via de crescimento científico, cultural e cidadão. Há um ótimo livro da professora Luzia de Maria que se chama 'O clube do livro - Ser leitor, que diferença faz?', em que ela discute justamente a importância da formação de leitores na escola, não com livros canônicos que são "enfiados goela abaixo", sem nenhum prazer e sem nenhum sentido, mas com títulos que os instiguem, façam pensar e procurar por mais... Promover a leitura: um desafio que nós, professores, temos que enfrentar ano a ano (e eu já comprei essa briga). Abraços, Duanne!

[Sobre "O que mata o prazer de ler?"]

por Letícia de Freitas S
21/12/2010 às
21h52

Julio Daio Borges
Editor

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