Quarta-feira,
10/4/2002
Comentários
Leitores
Nem paz nem solução
Concordo com você Antonio Oliveira. É quase insano pensar que uma ofensiva como a posta em prática pelo exército isrelense possa trazer a paz. A única maneira de Israel conquistar a paz através de uma ação militar, é aniquilando cada palestino e cada simpatizante da causa pelestina. Atacar, invadir e matar, mesmo que seja de forma seletiva como o exército israelense vem afirmando, não vai gerar nada de "construtivo", em especial para o povo israelense. Sharon pode até pensar ter cumprido seu dever, mas uma retaliação é quase óbvia se sobrar algum palestino em pé. E como um genocídio palestino não pode ser cogitado, Israel no fim das contas piorou sua situação com a investida militar. A tranquilidade, nem vou usar a palavra paz, é quase inviavel agora. Até a questão dos balcãs era mais solucionavel do que o conflito Israel-palestinos.
Tenho lido aqui textos que colocam a ação militar de Israel como uma resposta aos ataques terroristas, mas não é bem assim. Todos nós acompanhamos que a situação foi se alimentando nos atos de violência dos dois lados. A cada ataque terrorista palestino, Israel contra-atacava, e a bola de neve foi se formando.
Acredito que o grande erro de Israel foi ter mantido os assentamentos em áreas da Csijordânia e ter retaliado os atentados com força militar extrema, bombardeando prédios nas cidades palestinas por exemplo. Isso só inflamou os ânimos de jovens palestinos desiludidos.
O governo israelense precisa urgentemente perceber que deve fazer conseções, se pretende que seu povo viva com certa tranquilidade. Se continuar a lutar por todos os territórios que deseja possuir, a guerra jamais vai cessar.
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Pedro Ghirotti
10/4/2002 à
01h45
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Acabei de perdoar
Depois de acordar todos os meus vizinhos com gargalhadas altíssimas, choro convulso e algumas palavras de baixo calão, tipo "isso está bom pra C....!!!!Devo confessar, Fábio, que você está mais que perdoado por não ter lido Tolkien... Mas você ia gostar... E muito obrigada pelas belas palavras a respeito do livro de meu general! Colunistas como você e o Alexandre valem quase tanto quanto a minha coleção completa do Asterix! Beijo da Sue
[Sobre "bbb"]
por
Assunção Medeiros
10/4/2002 à
01h03
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Uma internauta -admiradora
Caro Heitor :
Através de uma amigaem comum, Maria Ines Carneiro , tive a grata satisfação de ler seu artigo sobre a situação no Oriente Medio, você mostra um conhecimento de causa incrivel e um discernimento total da situacão vigente por lá.Do muito que já li até agora, penso que o que você diz é o mais lúcido, inteligente e tristemente verdadeiro , sem conotação alguma de parcialidade ou proteccionismos bobos.
Golda Meir disse muitas coisa inteligentes e pertinentes e uma delas diz respeito a situação que se vive por lá : "o dia que os palestinos amarem a seus filhos mais do que odeiam ao Estado de Israel , aí sim haverá Paz em Israel ". Isso é dito meio como um chiste , mas é a mais clara e simples idéia do que se passa por lá.
Concordo ipsis-leteri em tudo que você diz e gostaria muito de poder enviar a meus amigos e filhos o seu artigo.
Meus filhos vivem em Israel e sabem dessa dura realidade, do que é querer viver , crescer e deixar os outros também viverem , pois sempre foram do movimento "Paz Agora" , mas hoje está difícil querer alguma coisa. A Paz sempre foi perseguida e como você bem disse , nunca algúem quis dar tanto aos palestinos , como o Barak e o que ele teve ? O recrudescimento da Intifada e suas trágicas consequências com tantas perdas para ambos os lados .
Quando meu primeiro neto nasceu em Israel (tenho tres) pensei, de verdade, que talvez ele já não tivesse que servir e quem sabe o serviço militar já pudesse até ser facultativo. Quanta ingenuidade a minha , mas isso foi há quase nove anos atrás e tanta coisa se passou...
Agradeço , poder ler suas sensatas e verdadeiras mensagens e espero sempre poder lê-las e passá-las adiante.
Obrigada e continue iluminando as pessoas com sua verdadeira e clara luz, sua mais nova leitora e admiradora, Beti Mayer
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Beti Mayer
9/4/2002 às
21h36
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Bom, Belo, Bonito e Bem Bolado
Fábio
Ás vezes é desagradável elogiar a alguém o próprio dito cujo - parece que não soa bem - mas vez em quando precisamos nos vencer. Apreciei muitíssimo seu artigo e nas suas diversas camadas. Gosto do seu estilo escorreito (ainda se usa isso ?)
a) achei muito bacana sua crítica ao colega (concorrente ?) (sei que não) Alexandre SS e seu "Coisa Não Deus". Na época em que estamos parece estranho elogiar o trabalho do oficial do mesmo oficio. Por isso mesmo é bonito e esperançoso ver isso acontecer. Meus parabéns duplos. A propósito do "Coisa Não Deus" procurei em várias livrarias e não tenho encontrado...pena.
b)Dudley Moore. Fiquei triste por sua partida e já estava por sua doença. Tenho dêle muito boas lembranças e só boas. Quando lembrava dele ficava de bom humor, agora com saudade. Que seja feliz, pelos tão bons momentos que nos deu.
c) Billy Wilder - eu não sou um entendedor de cinema. Cinema, para mim, ou gosto ou não gosto, sem me preocupar com quem fez. Sei que estou errado, mas é assim. Mas se "Se Meu Apartamento Falasse" e Quanto Mais Quente Melhor" se devem a êle, eu tiro o meu chapeu, me curvo e bato no peito e digo: me perdoe.
Me perdoe por não ter sabido de você mais cedo, embora só eu tenha sido o prejudicado.
d) Rainha Mãe. Não importa o Partido. Não importa a nacionalidade. Não importa a cor. Como tão bem você diz em seu texto, a classe, a educação, o charme e a beleza dessa Senhora, foram um encantamento para todos os felizes que ainda tenham um pouco de sensibilidade.
Continue a nos deleitar com seus pensamentos. Obrigado por eles.
V. de Carval
[Sobre "bbb"]
por
Valentim de Carval
9/4/2002 às
21h04
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Digestivo fica mais Cultural
É surpreendente o Oswald em cissiparidade de acordo com a teoria de Giron. Fiquei com vontade de ler mais sobre a personalidade angustiada do autor de João Miramar. Congratulações a Julio D. Borges pela iniciativa de dar espaço a ensaios em seu prestigioso site.
[Sobre "Um homem sem profissão nem esperança"]
por
Silvio Brandão
9/4/2002 às
19h19
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Satisfeito, general?
Pronto, General. Dei um lustre no rifle, ele está lubrificado e pronto para uso! Não engasga mais! Agora posso voltar sossegada meu nariz para dentro do livro e viajar junto com a Companhia do Anel.
A! Elbereth Gilthoniel!/silivren penna míriel /o menel aglar elenath,/ Gilthoniel, A! Elbereth! / We still remember, we who dwell / In this far land beneath the trees / The starlight on the Western Seas.
[Sobre "Costume Bárbaro"]
por
Assunção Medeiros
9/4/2002 às
17h23
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Errata
Errata. A última frase de meu comentário acima tem um "não" a mais. Leia-se: Portanto, não creio que a paz esteja por trás das intenções de Sharon.
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Antonio Oliveira
9/4/2002 às
16h33
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Que venga el Snr. Burgess!!!
Aceito suas condições, Fabio. ( Ainda está sujo aqui em cima, Soldado Sue. Ops. Obrigado). Anthony Burgess vai poder tocar piano para mim nas noites frias passadas na trincheira. O problema, é claro, é que ele também já morreu. Mas aceito os seus termos em retribuição à sua galanteria de sempre. Um abraço- Alexandre -PS: Algum dia você ainda lê Tolkien, está bem? E eu prometo que dou uma segunda chance para o Sr. Burns- digo, Roberto Campos?
[Sobre "Costume Bárbaro"]
por
Alexandre
9/4/2002 às
16h50
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Paz é a última meta de Sharon
Discordo que a "ofensiva das Forças de Defesa de Israel visa a estabelecer uma Paz mais real e definitiva, baseada na destruição dos principais centros de terror na área palestina." Essa diretriz implicaria em que o quartel-general do Arafat é um centro de terror. E, portanto, já deveria ter sido destruído pelo bem da paz. Não, não é por aí. Não vejo Ariel Sharon motivado pela Paz, mas sim em vencer um conflito, pois é um militar; ele foi treinado para ver e interpretar a realidade de uma forma bélica. A atual ofensiva nos territórios palestinos é uma resposta direta aos atentados suicidas, não uma busca da paz. O que Israel deseja é inviabilizar o diálogo, isolando e, se puder fazê-lo impunemente, destruindo o interlocutor. Sharon acredita que quebrando Arafat (física ou moralmente) quebrará a unidade palestina ou desorientará o povo palestino, fazendo-o mais facilmente se render a Israel. Isso é hipotético, mas Sharon acha que acontecerá. Então, nessa lógica, onde o discurso é de guerra aos terroristas para alcançar a, conclui-se que terá de destruir tudo que é potencialmente terrorista, inclusive escolas de crianças, as quais um dia poderão vir a ser terroristas. Isso é almejar algum tipo de paz real e definitiva? Nessa lógica não há um resultado equilibrado, mas apenas a destruição da Palestina inteira. E, no final, para os espanto geral, terá arrasado o povo palestino e, de quebra, despertado todos os vizinhos numa guerra generalizada. Isso é um projeto estranho de paz. Acho que nem o próprio Sharon sabia originalmente quando iria parar a destruição – agora está freando um pouco, por influência externa, porque Bush elevou a voz, pedindo a retirada dos territórios. Se Sharon quisesse a paz, ele daria o que os Palestinos querem. Isso seria lógica (utopia, também), mas obviamente uma negociação com vistas à paz seria mais realista. E não parece haver paz no fim deste túnel. Portanto, não creio que a paz não está por trás das intenções de Sharon.
[Sobre "O Conflito do Oriente Médio"]
por
Antonio Oliveira
9/4/2002 às
16h16
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A adultice manchou a vida
Parabens pelo texto Alexandre! Simples e que diz uma verdade muito grande.
Sabe o que eu acho engraçado, é que este texto está num site "tipo adulto", intelectual. É engraçado isso.
Mas concordo plenamente com você. Neste século XX o homem "inteligente" achou que devia ser triste para ser alguém, caso contrário ele seria boçal e apenas mais um na massa. Fazer a pose tipo personagem do Dostoiévisk, agoniado com a existência, dava razão para existir. Os intelectuais declararam guerra a felicidade, se divertir ou era coisas de burro, de classe média americana ou pertencia ao mundo infantil, se divertir virou coisa de gente burra, e o máximo que um adulto inteligente podia fazer era se reunir para discutir os relacionamentos do ser humano, com outros adultos intelectuais mais agoniados ainda. Woddy Allen virou herói com suas olheiras urbanas. O suicídio virou a glória!
Eu estudo na FFLCH/USP e vejo esse povo "adulto" de perto, e vejo como eles estão perdidos na sua adultice. Viva o Guerra nas Estrelas! Viva o Indiana Jones! Viva o Falcon! Viva fazer guerra de lama! Jogar futebol! Subir em árvore e correr no jardim.
[Sobre "O Exército de Pedro"]
por
Pedro Ghirotti
9/4/2002 às
14h36
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Julio Daio Borges
Editor
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