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Terça-feira, 18/9/2007
Comentários
Leitores

Que sei do chiclete?
Ana, lendo seu texto fiz uma conexão direta com as épocas em que o chiclete era um ícone do inconformismo associado a uma geração contestadora, rebelde e de uma inocência libertária. Fico pensando o quanto esta prática está ligada a este tempo e não consigo resposta alguma. A minha relação se deu pelo fato de ser atleta. Era com o chiclete que administrava a minha ansiedade e durante muito tempo ainda era assim que enfrentava ambientes de stress. Os sabores eram os que encontrava nas padarias e afins, mas fica agora uma certa nostalgia de um tempo quase romântico que ainda mascava chicletes.

[Sobre "Chicletes"]

por Carlos E. Oliveira
18/9/2007 às
13h07

Tabu
Resenha objetiva, clara e reveladora sobre um assunto polêmico, quase um tabu na nossa sociedade que tem que aprender a lidar de forma mais aberta e educativa com esta mazela.

[Sobre "Christiane F., 13 anos, drogada, prostituída..."]

por Paulo Almeida
18/9/2007 às
12h21

Cara dos en Bauman
Me atrevería a pensar que ya pasamos por la fluidez dentro del amor. Estamos cruzando un espacio medio gaseoso, luchando con la condensación de algún fluído evaporado por la modernidad sólida. Es un punto e vista favorable, en la medida que permite reconocer que sucede con el hecho humano el amor y los sentimientos. No creo que mutemos por mutar, y aquí critico a Bauman, hay que cambiar para poder comprender que sucede después de lo sólido. Por tanto, y si es aceptada, una adehesión a Bauman pordría ser el hecho de ver la mutaciones como cambios necesarios, a los se les deben cierta reflexión.

[Sobre "A fragilidade dos laços humanos"]

por diana
18/9/2007 às
02h00

A leveza de ser
Veronica, ótimo e oportuno; o massacre da auto-ajuda tem conexão direta com este altíssimo nível de exigência que o mundo vem exigindo atualmente. Vira e mexe ecoa na minha cabeça a abertura do "Poema em linha reta" (Fernando Pessoa via Álvaro de Campos), e vejo que vivemos num mundo de invencíveis e quando a equação real não fecha somos sufocados pelo que de fato somos; então tome auto-ajuda, prozac e toda sorte de venenos antimonotonia como dizia o poeta. A felicidade que conhecemos através dos nossos pais e avós está desfigurada pelo fervor capitalista que insiste que tudo tem um preço. O que mais gostei foi a sua sensata reflexão sobre a necessidade de desvendar (questionar), que foi substituida pela ânsia do esclarecimento (resposta), que nos transformou numa sociedade monocórdia, de tendências e juízos emprestados. Acredito também que a arte é um dos poucos caminhos do diálogo possível, principalmente pelo seu caráter único que não se presta a servir nenhum estereótipo. Um grande texto.

[Sobre "Insuportavelmente feliz"]

por Carlos E. Oliveira
17/9/2007 às
21h10

Botocundia ou Neverland?
Peter Pan se recusava a crescer, talvez temesse as responsabilidades daquela idade, temia o que não conhecia. A violência e a exclusão não estão no rap ou no rapper, talvez esteja de forma passiva nas leis e regras que alijaram a liberdade e a autonomia de forma perpétua. A forma como a lei e a sociedade de maneira geral tratam uma parcela significativa da sociedade já seria o suficiente para justificar uma reflexão necessária nas posturas e expressões de determinados segmentos sociais. Caro Rodrigo, sua coragem é necessária mas sua pontaria é péssima; são juízos como o seu que justificam um massacre no Carandirú, uma chacina em Carajás e os policiais justiceiros(?) de Vigário Geral. Sua coragem é louvável, mas ignorar a indiferença da classe média e os resquícios de um racismo cordial com suas neo-senzalas ao lado de suas cozinhas é um tanto demais. Mano Brown pode e deve continuar falando, com muito mais legitimidade e sintonia com o mundo real. Para você Rodrigo, Second Life e só!

[Sobre "Os manos Racionais"]

por Carlos E. Oliveira
17/9/2007 às
20h38

Elenco de mão cheia
Um elenco de mão cheia... Gostei de suas observações sobre a atuação do Jude Law. Mais um filme que vai pra minha lista. Um abraço, Julio!

[Sobre "A Grande Ilusão, com Sean Penn"]

por Cris Simon
17/9/2007 às
12h08

Modernidade
O que faz com que os "bisões de Altamira", as pinturas rupestres com mais de dez mil anos de idade, possuam uma modernidade assustadora? Creio que é a ausência da passionalidade, da intenção do "sublime", o fator que mais caracteriza o que seja moderno, em pintura. Picasso, apesar da violação da forma e da cor, ainda deve muito ao barroco. É uma pintura pletórica demais, cheia de fantasmas barrocos, se é possível dizer assim. Van Gogh daria a outra orelha para pintar como Rembrandt - era um romântico incurável. A modernidade é mais evidente em Modigliani e Paul Klee, por exemplo. Ou seja, recusam o "deslumbramento" do observador; impõem uma distância, típica do modernismo, entre a obra e aquele que a observa. Mas, buscando um exemplo na música, pra variar, as duplas sertanejas que ainda pululam por aí atestam que a modernidade é muito rara.

[Sobre "Arte moderna, 100 anos"]

por Guga Schultze
17/9/2007 às
11h06

Parabéns pelo texto.
Gostei do seu comentário, muito verdadeiro. Tive 4 livros aprovados numa editora pequena, que me pediu uma fortuna para me lançar. Respondi que se tivesse tal dinheiro colocaria na poupança e viveria de juros! O editor me disse que se eu fosse filho de (não vou citar nome) uma dupla caipira muito famosa ele editaria qualquer porcaria que eu escrevesse! Percebi, então, que o que importa a aguns editores não é muito o conteúdo, mas a fama do escritor, um nome famoso de familia e somente vender e vender e nada mais, sem a preocupação do conteúdo. A gente vê cada coisa editada que pensamos como alguém pode editar coisas assim. Então, tento me tornar conhecido, entro em concursos, posto meus escritos em sites, envio gratuitamente colaborações para rádios e jornais e quando envio algo para editoras tiro xerox de todas as minhas publicações mostrando que tenho um público, que tenho leitores. Parabéns pelo seu textos, muito verdadeiro e sincero. Atenciosamente Lucas Durand.

[Sobre "Os desafios de publicar o primeiro livro"]

por Lucas Durand
17/9/2007 às
10h35

O melhor do cinema
O legal do humor, nos filmes, é que ele não tem que ser inteligente, nem grosseiro: tem que ser engraçado e é só. O que já é muito. Uma das melhores tomadas, segundo Kurt Vonnegut Jr., o escritor, é aquela em que uma mulher entra furiosa numa sala e diz umas "verdades" bem na cara de umas pessoas que estavam lá e, depois, faz uma saída triunfal pra dentro de um guarda roupa. Chega a fechar a porta atrás de si. Depois, é claro, tem que sair de lá, cheia de cabides pendurados nela. O tempo em que ela fica lá dentro, tomando coragem para sair, é toda a genialidade da cena. Impagável. Fico pensando se cenas como essa, afinal, não seriam a melhor coisa que o cinema pode oferecer. Os próprios franceses, cheios de caraminholas na cabeça, foram os primeiros a reconhecer Jerry Lewis como genial. Bergman me perdoe, mas eu vejo profundidade também em Beavis e Butt-Head. Eles são extremamente "reais". É só andar por aí. Ótimo texto.

[Sobre "Pastelão"]

por Guga Schultze
17/9/2007 às
10h06

Rir é o melhor remédio.
Por que será tão difícil assumirmos que gostamos de algo tão bobo? Todo mundo ri em comédias pastelão, até o cara que só gosta de filme francês ri em alguma cena. Óbvio que nem todas, mas ele já quis imitar aquela cena de "Apertem os cintos..." em que todo mundo dá um tapa na cara da mulher histérica ou aquela contagem do número de mortos em Top Gang. Um dos meus pastelões preferidos é a Família Buscapé, choro de rir com aquela vó que cozinha esquilos.

[Sobre "Pastelão"]

por Bia Cardoso
16/9/2007 às
10h20

Julio Daio Borges
Editor

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