Domingo,
30/9/2007
Comentários
Leitores
Por um ensino coerente? (II)
Continuando, não há espaço pra muitos desses seres no mundo, que funcionam à base de hierarquias, de acordo com o domínio e o uso de uns sobre outros. A insatisfação só pode ser geral, com muita crise nos afetos e na própria existência. Não estou defendendo que não existam regras e respeito a elas, ou que criar novos conhecimentos seja uma obrigação, não. A educação deve ser resultado de um processo, mais fácil de ocorrer quando se instiga a criação, quando se cultiva a dúvida e se informa o aluno a respeito do modo como os saberes são constituídos. Deve-se deixar claro que o saber escolar/universitário não é o único e nem o melhor, apenas um tipo, certamente importante, de conhecer e saber, voltado mais para o mundo do trabalho do que para a vida.
[Sobre "A Poli... - 10 anos (e algumas reflexões) depois"]
por
Cristina Sampaio
30/9/2007 às
13h00
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Por um ensino coerente? (I)
Ninguém vem nos salvar mesmo. Algumas pessoas até "nos salvam", sem querer, porque surgem em nossa vida. De algum modo se tornam significativas, nos afetam e transformam para melhor, mas não necessariamente vieram para isso. Julio, está muito bom seu texto, desabafo, reflexão sobre educação "superior" e as expectativas aí depositadas. Cada vez se exige mais dos alunos, profissionais sem lhes oferecer condições para corresponder ao exigido. O saber valorizado não é o vivencial e criativo, e sim o tradicional, estabelecido e aceito como verdadeiro, que servia a quem o construiu, ao tempo e situações em que foi descoberto ou inventado. O próprio termo "educação" se reporta a um saber imposto, transmitido como adequado a se aprender-memorizar e propagar. Educar também significa adestrar, é isso que as escolas e universidades fazem, porque o intelectual curioso, criativo e desconfiado das certezas cunhadas por outros é considerado perigoso, uma ameaça à ordem das coisas postas, podendo gerar instabilidade.
[Sobre "A Poli... - 10 anos (e algumas reflexões) depois"]
por
Cristina Sampaio
30/9/2007 às
12h44
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O que importa é o lucro
Olá, Pilar. Parabéns pelo texto! Escrever deveria ser o requisito mínimo necessário para o ingresso em qualquer universidade, mas já não é. Estudo em uma universidade que está entre as 37 piores divulgadas na última semana e afirmo que a posição é mais que merecida. O aluno que quiser estudar lá precisa apenas ter o ânimo de se tornar devedor adimplente. Se um aluno faz uma prova de vestibular hoje e não passa, pode voltar lá no dia seguinte e tentar novamente e assim sucessivamente. É muito simples. E não precisa iniciar o curso em fevereiro ou agosto. Pode iniciar em abril ou outubro, por exemplo. E são esses que tiveram a infelicidade de estudar em uma época que não se reprova, não se cobra presença e é possível se formar sem saber escrever. Na minha sala, pessoas escrevem “serto”, “umano”... Ah, e se reprovar em Direito Civil I esse semestre, pode continuar o módulo II no semestre seguinte e pagar para acessar a DP pela internet. Se não puder pagar no semestre seguinte, continua e faz quando puder.
[Sobre "Curso superior de auto-ajuda empresarial"]
por
liz
30/9/2007 às
12h27
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existem erros que contribuem
Penso que o Tezza está cheio de razão. Não importam que tantos erros aconteçam, as pessoas continuam se tornam críticos e resenhistas. Esse conceito de erro é relativo: existem erros que contribuem e são variações linguísticas e desvios do português padrão.
[Sobre "Literatura e internet"]
por
Lúcio Jr
30/9/2007 às
10h58
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É bom resgatar os clássicos
Talvez mostrar a hipocrisia da sociedade seja mais válido que mostrar alguém rebelando-se conta ela. E, além de mais válido, talvez seja mais elegante e discreto. No mais, bom resgatar os clássicos, meu caro.
[Sobre "Dando a Hawthorne seu real valor"]
por
Rafael Rodrigues
30/9/2007 à
00h53
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Literatura, sim senhor
Jonas, gostei muito da sua abordagem nessa tema bastante dificil e controverso. No entanto, gostaria de acrescentar que parte do estilo de determinado autor está ancorado na sua fluência, na sensibilidade com os valores do seu tempo, que também é referência importante na análise do contexto de determinados autores e seus escritos. Quando limitamos nossa análise a este ou aquele modelo, estamos ignorando o diálogo daquela visão contemporânea na qual se constituiu o registro do momento e da tensão em que a sociedade vivia naquele momento e não escapou da sensibilidade do escritor. Os modernistas são uma onda que já teve força e atualmente se constitui em espuma. Já teve ótimos momentos e serviu para lapidar em parte inúmeros escritores que você citou que, de certa forma, não ficaram indiferentes a revolução modernista e tudo que se seguiu. Um ótimo texto. Um tema apaixonante que necessita de um diálogo mais intenso em busca das posições diversas e, quem sabe, das riquezas dos contrastes.
[Sobre "Uma literatura de sangue, suor, lágrimas e idéias"]
por
Carlos E. Oliveira
29/9/2007 às
23h03
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Jô Soares é Patético!
O Jô acredita que é o máximo, nem adianta querer que ele mude. Tá velho para isso. E como velho, perdeu um pouco da "elegância" que ele precisava mostrar para as câmeras. Acabou grotesco! Junto com "as meninas" embrulha o estômago de qualquer avestruz! Mente! Inventa! Agride gratuitamente (ou não)! Quando não tem argumento... apela! Para criticar Edely Salvati, só encontrou erro no modo dela falar... e ficou imitando, rindo, imitando, rindo, imitando, rindo... Patético... patético... patético...
[Sobre "Anti-Jô Soares"]
por
Cris Bressan
28/9/2007 às
14h30
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Universidade deve dar lucro?
O que mais me impressiona nessa história toda sobre o Ensino Superior é a falta de agilidade das instituições em absover as mudanças do tempo atual. Como me formei em Direito, posso dizer que a maioria dos temas tratados no curso é prosaico, sem aplicação na realidade. Por outro lado, as Faculdades que cuidam especificamente das inovações exageram e acabam transformando o curso numa verdadeira doutrina pura, descarregando conceitos pré-moldados. Não há meio termo nessa história, nem sequer discussão. Estamos numa realidade repleta de Rui Barbosas, populistas, tempos de Fla x Flu monetarista, completamente distante do mundo social. A única discussão é: Universidade precisa dar lucro? Ah, como disse no jornal de ontem um sujeito de uma associação de universidades particulares sobre o resultado pífio delas no exame da OAB, no Estadão, "Formamos um ser humano melhor, mesmo que ele não exerça a profissão. Por que um taxista não pode ser bacharel em Direito?". Preciso dizer mais alguma coisa?
[Sobre "A Poli... - 10 anos (e algumas reflexões) depois"]
por
Vicente Escudero
28/9/2007 às
12h59
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Novos escritores
Caramba, que guerra! Eu apenas estou me interando dessa nova moda de NOVOS ESCRITORES. E eu que pensava que a tecnologia ia trazer mais portas para novas obras. Eu amo escrever, mas quer saber? Net só quando necessário. O meu negócio consiste em sair com lápis e caderno, mas não por ser à moda antiga. Acredito que não se torna escritor, mas nasce escritor. Você não vai ser um escritor por editar 300 páginas com uma super capa. Um escritor tem que recordar a nossa geração que somos humanos, arrancar lágrimas e ao mesmo tempo falar com o leitor através de seu livro. Um dia editarei minhas obras, mas essa onda de novos escritores tem me preocupado. O que vem a ser um novo escritor? Não tenho pressa para editar um livro, escrevo porque essa é minha paixão, e quando estiver pronta serei uma nova escritora. Marcia Mexico(toluca)
[Sobre "Novos escritores? Onde?"]
por
marcia.
28/9/2007 à
00h11
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A demoiselle nua
O modernismo está morto? Não diria morto, mas velho. Velho porque se antecipou, e você sabe: quem se antecipa logo velho fica. Velho de tanto inovar, que não consegue se renovar agora, tampouco revolucionar. Caiu num comodismo, num ostracismo; ficou obsoleto; ficou massivo. O velho modernismo, nosso velho conhecido, não agoniza: cala-se diante da imensidão do porvir.
[Sobre "Arte moderna, 100 anos"]
por
Lúcia do Vale
27/9/2007 às
18h26
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Julio Daio Borges
Editor
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