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Quarta-feira, 19/1/2011
Comentários
Leitores

Um único jeito de escrever
Excelente texto. Exatamente o que acontece na nossa cena literária. E poderia escrever futuramente de como esses prêmios têm criado uma certa formatação nos livros. Já não sei se são os escritores ou o meio literário que tem criado padrões nessa literatura contemporânea. Parece hoje que, no Brasil, só existe um único jeito de escrever.

[Sobre "A desmoralização dos prêmios literários no Brasil"]

por Plínio de Paula Simõ
19/1/2011 às
08h38

E a Cleópatra sempre branca?
Engraçado, não me lembro desse alvoroço todo quando o mundo, por diversas vezes, viu a Cleópatra sendo interpretada por uma atriz branca. Até em "Roma" (seriado da HBO), que a coloca como herança de Alexandria. E mais: alguém se lembra de "A Cabana do Pai Tomás", a primeira novela com negros protagonistas, na qual o personagem principal era branco, embora sua pele tenha recebido tinta preta? A memória é uma coisa que, se não acionamos, acaba ficando no esquecimento. Só estou dizendo isso porque não é de hoje que Orixás, ícones negros, personalidades da cultura africana negra ou de outros matizes são paulatinamente substituídos por atores brancos. Veja em "Caminho das Índias": os índios são ou não africanos? Não compõem a África negra, mas suas peles não são claras como a da Juliana Paes. Veja em "O Clone": os árabes são ou não africanos? Também podem não compor a África negra, mas não têm a cor da pele da Giovanna Antonelli ou de qualquer outro ator branco que pegou os personagens. (Errei: a Índia não está na África. Na verdade, a questão é: os indianos são brancos como são constantemente retratados pela televisão.)

[Sobre "Ação Afirmativa, Injustiça Insuspeita"]

por Túlio Henrique
18/1/2011 às
15h40

Viajei em um sonho
Sempre achei que a história do homem tem alguma coisa errada, e por isso escrevi um livro que foi editado mas não divulgado, estão ainda debaixo de minha cama. Mandei um para o Mel Gibson - em português, mas acho que ele não tem tradutor - e pedi para ele fazer um filme sem violência. Imagine um lugar onde só exista uma raça, diferenciada pelo formato dos olhos, e não pela cor, e onde todos vivem juntos em paz e harmonia... Isso até os eventos catastróficos da separação dos continentes, quando então começa a odisseia do homem... Viajei em um sonho. Gostaria que todos viajassem também.

[Sobre "Ação Afirmativa, Injustiça Insuspeita"]

por Maria Anna Machado
18/1/2011 às
14h27

Os dois lados da internet
Marta, concordo completamente com você. A internet é sem dúvida um instrumento mágico. É uma varinha que tem dois gumes. Você é que tem que saber segurar e usar. Para a nova geração, ela não tem segredos e depende de cada um a sua utilização. Gosto de usar minha experiência, porque aí falo com seguranca. Quando pintava em tela, era caro, não tinha como mostrar e vendia para os próximos; hoje faço Pintura Digital e meus trabalhos correm o mundo através da internet. Mas qual a vantagem disso? Monetária, nenhuma. Talvez orgulho bobo de artista, quem quiser ver é só clicar no Google, digitar meu nome e pronto. Mas, novamente, o incógnito: quem sabe meu nome? Então a internet só funciona com "Empresas" que sabem "usufruir" do que está nela própria.

[Sobre "A internet não é isso tudo"]

por Maria Anna Machado
18/1/2011 às
12h52

Um livro mal compreendido
De todos livros que já li, sem dúvida alguma, "Frankenstein" foi um dos melhores. Há algo de universal na história, no medo de perder o reconhecimento da família ou algo assim, além de todo o suspense e o drama, que faz com que você comece a ler e queira saber sempre o que vem depois. No entanto, acho esse um livro mal entendido em termos de cinema, a considerar suas adaptações. O livro é de terror, mas é menos um terror físico do que emocional (embora tenha lá suas descrições da criatura, assombrosas). O drama é muito forte, a carga emocional é imensa. Não por acaso, foi talvez o livro mais forte que já li (tirando "As flores do mal", de Baudelaire - que nem aguentei ler todo). Recomendo-o de coração aos que sei que apreciam uma boa história para sentir e refletir, e não apenas "viajar".

[Sobre "Frankenstein e o passado monstruoso"]

por Alexandre Maia
18/1/2011 às
11h02

Vítimas do ressentimento?
Parabéns pelo artigo inteligente. Vamos acabar como em "Desonra", de Coetzee, vítimas do ressentimento?

[Sobre "Ação Afirmativa, Injustiça Insuspeita"]

por jardel dias cavalcan
18/1/2011 às
08h17

Próximo de Gõdel Escher Bach
Esse gibi é muito bom. Não é exatamente o mesmo que ler a demonstração do Gõdel e estudar a filosofia do Wittgenstein... mas chega próximo do "Gõdel Escher Bach". Explica bem a relação entre o caminho da filosofia e da matemática - nem todos os filósofos e matemáticos fazem a ponte tão bem. Ainda é um bom exemplo da arte dos quadrinhos.

[Sobre "Logicomix, de Doxiadis, Papadimitriou, Papadatos e Di Donna"]

por Felipe Pait
17/1/2011 às
10h54

Defesa das edições pagas
Noah, as editoras que publicam os livros com edições pagas não necessariamente iludem o autor, acenando com sucesso editorial. A outra face, que talvez você desconheça, é que as pessoas têm inúmeros motivos para publicar um livro - necessidade, no caso de um professor, por exemplo; sonho - e este é um fortíssimo e válido motivo; vontade de divulgar o que pensam; memórias que interessam a um grupo restrito... entre outros. Nada de promessas não cumpridas. A Ophicina de Arte & Prosa não faz promessas inalcançáveis, com certeza! Rachel Kopit Cunha - Fernando Poetta (Editores)

[Sobre "Querem acabar com as livrarias"]

por Arte & Prosa
17/1/2011 às
09h44

Fofocas e questões de Estado
Essa enxurrada de informações torna cada vez mais difícil a absorção de informações importantes e, como você citou, é neste momento que entram os "manipuladores" da informação. Em relação ao Wikileaks, não considero o conteúdo como informação, mas sim uma espécie de fofoca, do mesmo tipo que encontramos em revistas e sites de celebridades. A diferença é que essas fofocas são questões de Estado, que dependendo do modo como são divulgadas, podem gerar desconforto e até mesmo beligerância entre países.

[Sobre "A internet não é isso tudo"]

por Renan Vitalo
16/1/2011 à
00h48

Pra que serve mesmo autoajuda?
Pra que serve mesmo um livro de autoajuda? Sei que estão entre os mais vendidos, e isso ninguém duvida. Mas será que alguém pode ditar como uma pessoa deve agir, como ela deve viver a sua vida? Ou será que essa é só mais uma forma de ganhar dinheiro? Dinheiro - quero dizer, para quem escreve, porque pro leitor, necas. É por isso, Andrea, que sou mais aquele seu artigo "A Auto-desajuda de Nietzsche". No entanto, gostei muito do "Como ser uma webcelebridade".

[Sobre "Como ser uma webcelebridade"]

por Vicente Freitas
15/1/2011 às
10h49

Julio Daio Borges
Editor

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