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Sábado, 5/2/2011
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As letras estão horríveis
Seu texto é verdadeiro, ainda que existam pessoas que se neguem a ver. Claro, existem coisas boas sendo feitas, mas elas não têm espaço na mídia. Aliás, a televisão desdobra-se em produzir um lixo atrás do outro, tornando-se um verdadeiro desperdício de tecnologia e de tempo, que é caríssimo. As gerações futuras irão ler esse nosso tempo, o de agora, pela massa de coisas ruins que são despejadas no mercado, e não pelos artistas de talento que, em sua maioria, não encontram espaço para veicular seus trabalhos. As letras estão horríveis, pobres de criatividade, de musicalidade, não trazem a rebeldia natural da juventude, tampouco a sabedoria dos mais velhos. Ver meninos e meninas fazendo sucesso porque têm uma boa imagem é tão degradante quanto ver trintonas (lindas, está claro) pulando e suando como adolescentes desesperadas. Sinto falta de ver Elis colocando corpo e alma a serviço de uma voz educada, privilegiada e trabalhada. O mercado hoje é tão voraz que vale a máxima de quem gritar mais...

[Sobre "As letras de música de hoje"]

por ivana
5/2/2011 às
11h16

Em férias permanentemente
Infelizmente, somos os nossos pais. Eles nos ensinam o que lhes ensinaram, que é ir para a escola, graduar-se, crescer, namorar, casar... bem, e ensinar. Ensinar?! Quem não é curioso, não aprende nada, e, na escola, é assim também. O que se pode fazer, excluindo a escola, e o tempo que se passa nela, com todo o gasto que isso requer aos bolsos dos pais, seria estar em férias permanentemente. Pelo menos aprenderíamos como auxiliar um garotinho que se machucou na brincadeira, com lições de vida e de primeiros socorros. Ou vamos fazer o que gostamos, realmente, uma profissão da qual nos orgulhamos. Bem, assim é a escola da vida. Depois de anos na escola "padrão" nos vemos assumindo outros papéis. Até de escritor (bravo pelo fato de não haver respeito). Quem não lê pouco serve para o escritor, que não escreve porque ninguem lê. Assim é a vida. Um desabafo, ao nascer, gritando e chorando até morrer, fazendo os outros entrar no mesmo choro. O primeiro deve ser de revolta.

[Sobre "Chega de Escola"]

por Cilas Medi
5/2/2011 às
09h45

Uma legião de não-curiosos
Sempre achei que escola é lugar para quem quer se ver livre de rebentos azucrinando o dia todo. Detestei escola dos 0 aos 28 anos, quando entrei para a universidade. Daí em diante a coisa não melhorou, mas alguma coisa me dizia que eu tinha que passar por aquilo. Depois de formado entendi que eu passei batido naqueles cinco anos. Bebi muito, arranjei uma nova companheira e aprofundei minhas leituras de outsiders e subterrâneos, minha redenção. Também apareceram um monte de poesias (estão lá todas no meu blog, parado uns 2 anos). É, André, você está certo: estamos produzindo legiões de não-curiosos. E haja pérolas do ENEM pipocando em nossas caixas de e-mails.

[Sobre "Chega de Escola"]

por Pepê Mattos
4/2/2011 às
23h40

Falta de curiosidade reinante
Acho que a escola está mesmo em xeque e não dá para fingir que ela ficou obsoleta (ou que sempre foi...). Mas, de tudo o que diz, o que mais gostaria de ressaltar é a falta de curiosidade reinante. Inclusive dos próprios educadores.

[Sobre "Chega de Escola"]

por Ana Luísa Lacombe
4/2/2011 às
17h29

O importante é o amor
Ah! Quantos sonhos passaram sem que a beleza perdesse a esperança. Sem que o azul do céu entendesse que nas tardes temos o cor de rosa não porque a paixões demais na natureza, mas porque a noite vai chegar pra enfeitar o céu, como se fosse um brinquedo de presépio. O importante é que, às vezes, um amor ficou a nos esperar. Ou chorou para nos encontrar. E o tempo estampou um panorama em que a saudade existe. Evidente que a paixão ficou como um grito parado no ar. E dois lábios secos entendendo as palavras mas querendo beijar.

[Sobre "As Marcas do Tempo"]

por Manoel Messias Perei
4/2/2011 às
16h04

Pilar mal interpretada
Ana, também tive essa impressão da Pilar. Ela foi mal interpretada por muitos que viram o filme. Acho que sem ela o Saramago teria morrido bem antes. Ele mesmo admitiu isso. Veja o filme "Ensaio sobre a cegueira", de Fernando Meirelles. É uma ótima adaptação do livro, apesar também das várias críticas que recebeu. Acho que o diretor captou muito bem as cenas do livro.

[Sobre "Não me interrompas, Pilar"]

por Wellington Machado
4/2/2011 às
10h04

Você come e joga fora
Paródia é um processo de intertextualização, Andrea, com a finalidade de desconstruir ou reconstruir um texto. Muito importante, no modernismo brasileiro. O antropofagismo é isso, você come e joga fora. Eu, sinceramente, adoro! Você não plagiou nada, postou as fontes, no roda-pé. Eu gostei...

[Sobre "Carta aos de Além do Jardim"]

por Vicente Freitas
3/2/2011 às
17h21

O ataque ao reconhecimento
Julio, há uma certa confusão nesta relação entre prêmio literário e literatura, mas best-seller deve ser interpretado como referencial de sucesso comercial. O nosso ambiente cultural é muito semelhante ao que se encontra no mundo todo, analfabetos funcionais buscando resgatar a autoestima através do consumo de livros recomendados. As maiores vendagens estão alavancadas por estratégias de marketing e o público em geral busca sentir-se incluído nas modas e rodas culturais, sem considerar todas as variáveis decorrentes da relação livro e leitor, e aí as análises ficam relativamente viciadas. Literatura faz parte da alta cultura; dependendo do gênero literário, o acesso pode ser considerado restrito, mas vender livro também é uma atividade econômica, cujo exito é dimensionado pela relação custo-benefício. Há muito a dizer sobre o tema, o que há de menos pertinente é o ataque a iniciativas de reconhecimento pelo "mercado" e seus agentes, este posicionamento sectário me parece mais dor de corno.

[Sobre "A desmoralização dos prêmios literários no Brasil"]

por Dudu Oliveira
3/2/2011 às
11h29

Estou errada?
Estou pensando em morar num lugar retirado, no campo, mas perto da cidade. Com conforto e meios de comunicação. Já criei meus filhos e agora quero curtir a liberdade de morar bem. Isso significaca, paz, qualidade de vida. Estou errada?

[Sobre "Sobre a vida no campo"]

por Lilian
2/2/2011 às
16h01

Até a morte é dialética
A vida é um conjunto de contradições que somente a dialética pode interpretar, virando-se do avesso. E essa questão dos novos trabalhos, os novos focos, é interessante, o caráter é mesmo informar. O que morre é a resistência do não transformar, embora a morte de uma forma de trabalho gere o nascimento de outra, mais criativa. Portanto, até a morte, neste caso, é dialética.

[Sobre "The Daily, de Rupert Murdoch, no iPad"]

por Manoel Messias Perei
2/2/2011 às
15h35

Julio Daio Borges
Editor

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