Domingo,
27/1/2008
Comentários
Leitores
Diogo, o moço
O Mainardi ainda é novinho e ainda irá mudar o modo de pensar!
Na idade dele é assim mesmo; muitos nessa idade passam de radicais, às vezes de esquerda, para revoltados e críticos de tudo e de todos. Ainda bem que ele é crítico de quem merece ser criticado... Agora, saibam que o Diogo já foi comunista, desses de passeatas e quebrar tudo pelas ruas, um radical de esquerda. Era bonitinho ser radicalzinho! Depois ele cresceu, escreveu alguns textos, uns bons e outros nem tanto, vendeu alguns livros, e arrumou um emprego na Veja. Assim, de garoto revoltado e metido a comunista, hoje é um rapaz em transição e se tornando crítico, como todos fomos. Daqui a pouco ele envelhece e passa a ter bom senso, como "quase" todos tivemos. É difícil ficar velho radical. Notem como somente alguns energúmenos são, na maioridade, fanáticos radicalizados. Mas eu gosto do Diogo assim, deixemos que ele execre os medíocres atuais. Quando ficar mais velho ele muda!
[Sobre "Diogo Mainardi"]
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I. Boris Vinha
27/1/2008 às
16h57
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Vandré: sem nenhum arranhão
Sou de São José do Calçado-ES, uma pequenina Cidade de 10.000 habitantes, sou advogado, tenho 47 anos de idade, e há muitos anos venho rebuscando imagens dos festivais (em preto e branco), os quais não pude assistir pois não tinha o que comer... televisão, então, nem no vizinho! Geraldo Vandré é o Geir Campos de minha terra, que também não conheci, mas li. Se não posso vê-lo, acompanho-o pela (e viva a) internet. Réquiem para matraga. Parabéns. Coincidentemente, assemelho-me nos pensamentos de Geraldo, pois cheguei a prestar concurso para a Aeronáutica. Comprei um disco dele, há muitos anos, com o dinheiro da passagem, numa Banca na Rodoviária Novo Rio... era o único LP de Geraldo Vandré, que guardo sem nenhum arranhão.
[Sobre "Geraldo Vandré, 70 anos"]
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José Carlos Bernarde
27/1/2008 às
14h56
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Enochatos e enopedantes
Baco nos livre!
Todo mundo quer falar sobre vinhos!
De uns tempos para cá pensamos conhecer vinhos, falamos sobre essa bebida santificada, adorada por deuses e por filhos de deuses, utilizada em santas ceias em copos simples ou em Santos Graals. Há os enólogos que entendem, de fato. Há os enófilos que pensam que entendem, mas são metidos, como eu próprio sou. Há os sommeliers que fazem um cursinho de nada e já derramam a sabedoria enobabaca sobre todos. Salvo rarríssimas exceções.
Há os Enochatos que enchem o saco de todos, a todo momento, em qualquer lugar, sobre a bebida bendita. Existem enochatos em blogs, em sites, em programas de televisão, em livros. Ô gente desagradável! E há os enopedantes; esses são de amargar. Esses não entendem nada de vinho, mas dizem ter tomado vinhos caríssimos, como os Pètrus, os Romaneé Contis, o Vega Sicilias... Até escrevi sobre isso em meu blog.
[Sobre "De vinhos e oficinas literárias"]
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I. Boris Vinha
27/1/2008 às
11h02
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Criminoso, criminoso?
Realmente o tal João Estrela é um criminoso, no entanto, sempre vai ter uma vírgula ou um no entanto, visto que o mesmo tinha interesse em curtir a vida, é claro que de uma forma desregrada e errada, porém, ele em algum momento seqüestrou alguém? Roubou? As pessoas simplesmente o procuravam porque queriam ser um José, Marcos, Paulo ou fulano Estrela. Pessoas como o Estrela devem ser internadas e excluídas da sociedade até se recuperarem, mas não podem ser julgadas como seqüestradores, ou engravatados de Brasília.
[Sobre "Traficante, sim. Bandido, não."]
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Diego
27/1/2008 à
00h18
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Dez pra Barsa
Tenho Barsa em casa. Ganhei de minha mãe há oito anos num estande de vendas de um Hotel. Rejubilei-me com a notícia do advento da enciclopédia. Sinto uma profunda tristeza com a juventude atual que tudo busca no Google e contenta-se com isso. Presenciamos a expansão da praticidade e da preguiça. Para mim não se compara Barsa com Google, tudo depende do objetivo e da seleção da informação. Uma hora as pessoas teriam de reconhecer que o Google não preenche todas as necessidades.
[Sobre "A Barsa versus o Google"]
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Fabinho
26/1/2008 às
19h29
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Sobre a mão do canhoto
E não é que no meio desse negócio de destro e ambidestro sempre fica o antônimo a pairar sobre a mão do canhoto e a lhe chamar sinistro, do latim sinister, ora vejam, esquerdo e funesto?
Muitos abraços, Ana Elisa.
[Sobre "Mínimas"]
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Paulinho Assunção
26/1/2008 às
19h15
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Os brutos também traduzem
No livro "De Hitchcock a Greenaway pela História da Filosofia", de Julio Cabrera, o último capítulo "Os brutos também traduzem" traz uma bem-humorada lista de títulos de filmes traduzidos para o português em confronto com o nome original, mostrando o quanto os nossos "tradutores" acertam ou deturpam o entendimento de uma obra cinematográfica e trata especificamente da renomeação, não da tradução. O que se pretende mostrar é que os brutos também renomeiam e criam títulos absurdos e desvinculados do original.
[Sobre "Três e Dez para Yuma"]
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Antônio do Amaral
26/1/2008 às
17h51
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É muita coisa ruim
Ah! É verdade, não leremos todos os livros importantes do mundo, não comeremos todas as maravilhosas iguarias do mundo, não conheceremos todos os cantos do mundo. Mas temos a obrigação de separarmos o joio do trigo, pois há muita bobagem em muitos livros, há muita comida ruim e há muitos lugares que me pergunto: para quê conhecer?
[Sobre "O mau legado de Paulo Francis"]
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Regina Costa
26/1/2008 às
14h45
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É mesquinhez demais
Nunca compartilhei desse entusiasmo todo por Paulo Francis, que para mim desperdiçou talento e inteligência para viver arrotando camarão no circo. Mas concordo com o resto todo e acrescentaria que essa ansiedade toda se deve a uma necessidade de justificar em bases puramente pragmáticas a existência desse mercado todo - que dá cada vez menos lucro. Stanley Fish disse recentemente em um artigo que se as "humanidades" [literatura, filosofia, crítica, etc] fossem mesmo capazes de nos tornar seres humanos melhores, os departamentos da área nas universidades não estariam cheios de gente mesquinha e pequena, gente aliás tão mesquinha e pequena quanto qualquer estádio de futebol ou ônibus lotado de tios, gordos ou magros.
[Sobre "O mau legado de Paulo Francis"]
por
Paulo Moreira
25/1/2008 às
15h52
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A crítica e o leitor
Abdicando do pensamento crítico e abraçando a entrevista e a reportagem promocional, surge também o que o crítico Alcides Pécora chamou de "glosa da glosa": repete-se o que o artista disse para provar ao leitor que o artista é "o que o artista disse". Mais ou menos como um cachorro que fica rodando, correndo atrás do rabo - e todos os livros e exposições e filmes, sem exceção, são sempre ótimos, é claro. A existência desse artigo, paradoxalmente, nega a inexistência de crítica no Brasil - felizmente. Mas o artigo toca no ponto mais sensível: o que não existe é o veículo que ofereça, com consistência e critério, um espaço para essa crítica encontrar-se com o leitor.
[Sobre "A arte da crítica"]
por
Paulo Moreira
25/1/2008 às
15h27
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Julio Daio Borges
Editor
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