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Terça-feira, 7/6/2011
Comentários
Leitores

A leitura é livre
Cilas, você tocou num ponto importante: ninguém é dono da forma como as pessoas lêem um livro, um filme, uma história em quadrinhos. A área de pesquisa de processos midiáticos analisa exatamente como a leitura é livre e, muitas vezes foge até dos objetivos do autor da mensagem. O Tio Patinhas, por exemplo, é visto pelos pesquisadores marxistas como propagador da ideologia capitalista, mas um amigo meu lia, adorava e dizia que, para ele, aquilo era uma sátira do capitalismo selvagem.

[Sobre "Monteiro Lobato, a eugenia e o preconceito"]

por Gian Danton
7/6/2011 às
10h11

Santa mistura
O que atormenta aos "puristas" é o fato de se saberem "donos" da verdade de como as crianças lêem os livros de Lobato. Eu, por exemplo, sentia o prazer enorme nas "aventuras" deles todos e, também, dos salgados e doces da Dona Benta. Como criança, lia e aprendia a ser criança, não com a percepção de adulto, como agora, cheio de manias e fobias. E querem saber, adorava aquela época, sem ser saudosista. Aprendi muito com ele. E quanto a ser mestiço, bem, sou negro disfarçado de branco, já que o meu pai era mulato (filho de mãe índia/negro, minha mãe branca filha de portugues com brasileira). Viu só, sou "agente" secreto da "pura" e "clara" eugenia. Longe para sempre os meus sete irmãos, quatro "brancos" e quatro mulatos. Santa mistura. Será que o que escrevi é verdade?!!! Parabéns Gian.

[Sobre "Monteiro Lobato, a eugenia e o preconceito"]

por Cilas Medi
7/6/2011 às
09h41

A condição dos publicitários
Não conhecia as particularidades, mas é sobejamente conhecida a condição dos publicitários. O "sobejamente" não deu um ar "cool" para o que disse... ou escrevi. Risível. Coitado do estagiário... mas, pensando bem, um dia será dono da agência, portanto, não é assim coitado, mas um "sem" experiência. Logo, "pode crer" será um que irá despedir outro estagiário. E parabéns pelos prêmios. Abraços!

[Sobre "Manual do Publicitário"]

por Cilas Medi
7/6/2011 às
09h27

Bianca, obrigado
Bianca, obrigado pelo comentário. Que bom que meu texto ajudou você a decidir pelo tema do seu TCC. Aconselho a ler A lógica da pesquisa científica, do Popper. Fazer pesquisa sem usar o imperativo ético do falseamento pode ser muito perigoso, como Fredrick Werthan, que "provou" que a deliquência juvenil era provocada pela leitura de gibis escolhendo os casos que lhe interessavam.

[Sobre "Monteiro Lobato, a eugenia e o preconceito"]

por Gian Danton
6/6/2011 às
23h14

Fabiana, obrigado
Fabiana, obrigado pelo comentário. Eu tenho o maior orgulho de ser mestiço e acho que a beleza e a força da população brasileira é justamente a variedade de cores. Acredito que a junção de raças é o que Brasil tem de melhor. Sinto muito se você achou meu texto vergonhoso, mas respeito sua opinião. Obrigado pelas dicas de leitura. Ler é sempre bom, concordemos ou não com os autores (pena que nem todo mundo pensa assim). E retribuo com a indicação do livro A lógica da pesquisa científica, de Karl Popper. Um livro fundamental para quem vai fazer pesquisa usando o método dedutivo. Um abraço.

[Sobre "Monteiro Lobato, a eugenia e o preconceito"]

por Gian Danton
6/6/2011 às
23h03

Aproveite as dicas de leitura
Leia Jurema Werneck (fundadora de CRIOLA), Lélia Gonzalez (principal expoente do movimento feminino negro), leia Joan Scott sobre relações de gênero, Sônia Giacominni sobre a situação da mulher negra na escravidão, releia a história do nosso país com outros olhos, com uma postura crítica e estabeleça um diálogo coerente destes autores atuais e pontuais com a obra de Monteiro Lobato. Descontrua os preconceitos e opiniões pessoais para então produzir um conhecimento científico questionador e inquietante como deve ser o mesmo. Boa sorte em teu trabalho e que ele sirva de contribuição para um país menos desigual. Ao autor deste texto, se for de seu interesse, aproveite as dicas de leitura. Abraço, Fabiana.

[Sobre "Monteiro Lobato, a eugenia e o preconceito"]

por Fabiana Santos
6/6/2011 às
21h09

Incentivo para TCCs
Para começar a discussão, apenas esclareço que a "identidade" de alguém pode ser política. Eu, por exemplo, que por um tom de pele claro sou percebida por "branca", possuo uma identidade política negra. Talvez seja o mesmo caso da escritora Ana Maria Gonçalves. Mas sobre isso apenas ela poderia afirmar. Sobre seu texto: reitero absolutamente tudo apontado por Cyrano. Seu texto apenas demonstra uma total ausência de conhecimento, principalmente o científico, sobre as temáticas do racismo, etnicidade (cuja a qual a questão racial está inserida), a questão da "mulata" no contexto brasileiro, as reivindicações dos afro-brasileros dentro dos movimentos sociais e por aí vai. Um texto vergonhoso, sem embasamento teórico algum, texto de opinião leiga e que, infelizmente, ainda é lido, aplaudido e serve até de incentivo para TCC´s. Para a querida leitora que foi incentivada ao TCC: leia Kabengele Munanga (etnicidade, racismo), leia Sueli Carneiro (fundadora do Geledés)

[Sobre "Monteiro Lobato, a eugenia e o preconceito"]

por Fabiana Santos
6/6/2011 às
21h08

Cadê o Daniel Daibem?
Impressionante a tendência insuportável da merdificação do rádio! Pensei que só eu que tinha ficado espantado, mas estou vendo que muita gente sentiu. Cadê o Geraldo Nunes? Cadê o Daniel Daibem? Cadê o Leitura de Domingo? Cadê as músicas dos melhores ouvintes? Cadê o Manoel Beato? Pra que esse monte desvairado de esporte? Querem competir com o Milton Neves pra ver quem fala mais porcaria? Não merecemos. O Grupo Estadão é mestre em estragar tudo... Que pena!

[Sobre "A morte da rádio Eldorado"]

por Zé Bueno Franco
6/6/2011 às
17h48

Um desafio infinito
Lindo. "De qualquer desses cenários decorre que é preciso aprender que o texto escrito (e lido) tem poder, função, regras, parâmetros, serventias, segredos. Independentemente da ferramenta usada, escrever bem, por exemplo, é um desafio infinito, que a muitos custa uma vida inteira (e que a maioria abandona bem cedo)."

[Sobre "Ler, escrever e fazer contas, só que hoje"]

por Marcos Ordonha
3/6/2011 às
21h21

Eugenia e nazismo
Interessante, seu artigo. Gostaria de comentar esse trecho apenas: "Embora acreditassem que a raça branca era superior à negra, acreditavam também que a mestiçagem era a pior opção, fazendo com que as duas raças entrassem em degeneração a partir da mistura. Ao contrário da vertente nazista, a eugenia norte-americana não pregava a matança de raças, mas via como algo negativo a mistura entre elas." O movimento sulista norte-americano Ku Klux Klan se inspirava em teorias eugenistas. Era ponto pouquíssimo questionado o pressuposto de que a raça branca seria superior às outras, e a mestiçagem seria ruim principalmente por comprometer a melhor raça, ou seja, a branca. Eis um dos argumentos que justificavam a vinda de migrantes europeus ("brancos", dizia-se) para "melhorar a raça brasileira". As teorias eugenistas certamente não são um grande obstáculo aos genocídios. Os nazistas também não pretendiam exterminar judeus: essa ideia lhes ocorreu ao longo da IIª guerra.

[Sobre "Monteiro Lobato, a eugenia e o preconceito"]

por Cyrano
3/6/2011 às
11h51

Julio Daio Borges
Editor

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