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Terça-feira, 12/2/2008
Comentários
Leitores

Escrever, eis a questão!
Disto, todos sofremos. Chega a inspiração e como máquinas de produção literária são textos e mais textos, opiniões sobre tudo e todos e então, não mais que de repente, ela some; a buscamos e nada, cadê? Cadê? O que fazer, usar de técnica e escrever qualquer coisa passível de leitura ou aguardar a primazia? Oh, dúvida cruel que me persegue!

[Sobre "Pimenta in Conserva"]

por Eliana de Freitas
12/2/2008 às
16h18

TV deseducativa!
Que alívio encontrar esse texto! Tenho dois meninos (9 e 6 anos de idade) e uma de minhas maiores lutas com eles é justamente em razão da péssima qualidade do que querem assistir na TV. E depois de muito pensar e conversar, cheguei à conclusão que o caminho é esse mesmo: discutir o tema! Parabéns!

[Sobre "Desligando o Cartoon Network"]

por Roberta Resende
12/2/2008 às
16h01

Schopenhauer tinha razão?
"Seria bom comprar livros se pudéssemos comprar também o tempo para lê-los, mas, em geral, se confunde a compra de livros com a apropriação de seu conteúdo.", já dizia Schopenhauer. Muitas vezes me senti oprimido pela quantidade de livros não lidos em minhas prateleiras (sim, eu continuo comprando mais). Não posso afirmar, sendo bastante sincero, que isso ainda não me incomode. Na verdade porque o fato funciona para mim mais como um lembrete incômodo da realidade de nossa vida cotidiana. Da absurda lógica capitalista onde "tempo é dinheiro". Onde arranjar tempo para dar conta de tudo que chama a atenção de nosssa curiosidade em um mundo que nos cobra cada vez mais? Amo a leitura. Queria muito mesmo ler mais, porque para mim é acima de tudo, um imenso prazer. Mas leio para mim. Não para os outros.

[Sobre "Ah, essa falsa cultura..."]

por Carlos Santanna
12/2/2008 às
14h06

Salada Psicodélica
Há bons momentos, como o alistamento militar do personagem Max, mas há também escolhas grotescas como a psicodelia enlatada durante a canção "Benefit of Mr. Kite" e há momentos simplesmente bobos, como o show no telhado do prédio da gravadora, com a polícia chegando e tudo mais, exatamente como aconteceu na última apresentação em público dos Beatles. As cores, figurinos e cenários são uma festa para os olhos! Mas o roteiro é previsível e a história anda mais devagar que o necessário para se fazer entender. Sabe aquele filme que você assiste até o final e ainda fica com a sensação de que ele não começou? Depois a gente percebe que o filme é lento simplesmente porque não tinha muita história para contar. No início ele é razoável, equilibra bem a história em si com os números musicais. Mas quando começa a ser necessário destrinchar melhor os acontecimentos, os números musicais são empurrados sem critério, quase uns após os outros.

[Sobre "Across the Universe, de Julie Taymor"]

por Juliana Dacoregio
12/2/2008 à
00h20

Uma leitura de Sartre
Estou começando a ler as obras de Sartre. Confesso que é um pouco precoce essa minha atitude, pois estou naquela idade que se questiona tudo, indaga-se sobre tudo. Minha idade é 21, mas isso não importa se o que devemos ter em consideração é existir. Existir é um dos significantes que costumo utilizar para expressar todo esse fenômeno que ocorre conosco. Sartre me faz pensar muito sobre a condição humana, nossas escolhas e a liberdade. Estou lendo "A Náusea", e acredito que estou vivendo na Náusea. Ele também me deixa muito triste quando percebo que a existência humana não possui um propósito, quer dizer, que possui o propósito do não propósito. Sartre é árduo comigo!!!

[Sobre "Sartre e a idade da razão"]

por Luciani di Santana
11/2/2008 às
20h38

Teorias paradoxais da vida
A onipotência divina é tal que, em cada espaço da Terra onde nos encontramos, nos sentimos acompanhados. Teoricamente significa que as nossas práticas do quotidiano têm um conhecimento pleno do Criador. O homem, elouquecido pelas teorias revolucionárias proporcionadas pela tensão do dia-a-dia, abandona o essencial da vida e mete-se em clivagens que, em vez de o elevar, sufocam. Os animais, muitos deles, nos provam que o viver isolado dispersa forças e não ajuda enfrentar grandes desafios. Nessa observação animal, os macacos não ousam viver fora das suas comunidades onde possuem uma estrutura social evidente. Têm um chefe que cuida deles e parece que se educam sempre que o egoísmo se torna algo sem abono. Apesar do triunfo do capitalismo no mundo, o gene natural do coletivismo nas pessoas insiste em atacar mesmo em plena economia livre, reclamando favorecimentos sociais. A família é um exemplo do coletivismo flagrante do homem puro. Assunto a merecer mais reflexão em "Deus, um Delírio"...

[Sobre "O Gene Egoísta, de Richard Dawkins"]

por Jorge Júlio Manhique
11/2/2008 às
19h44

Fossa, vanguarda e cassetetes
Eu só dividia um apartamento na Barata Ribeiro com a argentina Irma Alvarez mas como todo intelectual que se prezasse na época (eu era um assistente de direção do cinema novo e repórter de passeatas da Última Hora) também frequentava o Solar da Fossa. Graças à atriz e moradora Maria Gladys por quem eu era apaixonado na época - mas ela era apaixonada pelo Cecil Thiré que era apaixonado por... e tudo era mesmo uma fossa deslumbrante, em meio a muita música, cinema, teatro de vanguarda e... cassetetes da PM.

[Sobre "O Verão de 1968"]

por Joel Macedo
11/2/2008 às
13h17

A Eterna Bossa Nova
Tenho 33 anos e vejo q nada mais genial foi criado no mundo musical brasileiro. Graças a Deus ainda temos músicos da época q ainda se levava a boa música ao nosso povo! Apesar de não ter o reconhecido valor aqui no Brasil, a bossa nova foi um movimento muito importante na música. Parabéns aos nossos bossas-novistas e aos 50 anos! Carlos

[Sobre "50 anos de Bossa Nova"]

por Carlos Fiorio
11/2/2008 às
11h41

É querer demais
Julio, é querer demais! Que bom se os conterrâneos das Américas, principalmente da sulina e da central, lessem e entendessem o que estão lendo, gostassem de ler, de ir a museus e bibliotecas, de assitir filmes com boas mensagens, de contar mais do que dez e conhecer mais do que trinta palavras completas e corretas... Nesses países bonitos, mas muito pobres em corpo, mente e alma, ninguém liga para isso, não! Muitos não gostam de ler porque não lhes ensinaram que ler faz bem; outros porque não podem comprar os livros; outros, ainda, porque aprendem na Universidade da vida...(essa é panaca demais). Muitos porque não lhes oferecem bibliotecas públicas e outros porque são burros mesmo e não entenderiam o que está escrito... Então, para que ler? Agora, pode crer, a esmagadora maioria não lê nesses nossos países bananeiros, alguns também são petroleiros, porque deixar de ser ignorante seria um grande luxo, demasiado extravagante para eles e para alguns dirigentes...

[Sobre "A pintura, textos essenciais, volume 9"]

por I. Boris Vinha
11/2/2008 às
10h43

Leio até bula de remédio!
Acho que ler é bom! Eu leio de tudo, até bula de remédio. Podem crer, muitas bulas são verdadeiros exemplos ensaistas, um primor descritivo. Deveriam ser consideradas um novo estilo literário. Não é maldade minha, não, é a pura constatação da realidade. Tem tanto livro inútil por aí que as bulas e alguns artigos de blogs são melhores. São muitos os livros publicados e a maioria de autores estrangeiros. As editoras não gostam de publicar escritores brasileiros e muito menos os novos. Entrem em uma dessas modernas livrarias grandes, dessas bonitonas, com café, restaurante, spa, piscina, sauna e parque infantil, que se perderão no meio de tantos títulos. Pesquisem bem e verão que grande parte é de inutilidades. Não é porque o autor é desses conhecidos que o seu livro é bom! Estou lendo um ensaio de Bernard Shaw, "Socialismo para Milionários", que é uma porcaria! E Bernard Shaw é conhecido, não é?

[Sobre "Ah, essa falsa cultura..."]

por I. Boris Vinha
11/2/2008 às
10h27

Julio Daio Borges
Editor

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