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Segunda-feira, 10/3/2008
Comentários
Leitores

Doar. Sempre.
As sensações são as mesmas. A doação de órgãos se assemelha muito àquela outra. Fiz uma doação para uma biblioteca da periferia da cidade onde moro. A carência é tão grande que acredito que os livros ali farão um trabalho melhor. Silencioso. Leal. Sem exigência alguma. Mas, acima de tudo, o seu texto é emocionante e nos leva a responder. Sempre.

[Sobre "Confissões de uma doadora de órgãos"]

por Djabal
10/3/2008 às
08h23

Em constante movimento
A língua sempre sofrerá modificações, o que pode ser, inclusive, interessante. Não existe coisa que fique sempre igual, pois a lógica é que esteja em constante movimento. Ao contrário do colega acima, considero o Brasil um país com uma cultura popular rica e uma diversidade encantadora. Os "erros" devem ser levados em conta diante do contexto social ao qual nossa população está inserida - sem esquecer da famosa adequação lingüística. Enfim, mudança não é sinônimo de degradação. Principalmente na fala, que sofrerá diversas alterações, só lembrar do terror que era tentar conjugar o "vós", no colégio. Claro que no campo da escrita a atenção precisa ser considerada, mas existem casos e casos, e mesmo Oswald de Andrade tem um belo poema que retrata bem a questão gramática versus cotidiano: "Dê-me um cigarro/ Diz a gramática/ Do professor e do aluno/ E do mulato sabido/ Mas o bom negro e o bom branco/ Da nação Brasileira/ Dizem todos os dias/ Deixa disso camarada/ Me dá um cigarro".

[Sobre "A língua nossa de cada dia"]

por Clara Mazini
9/3/2008 às
15h52

Ateu com A maiúsculo
Um texto claro e bem estruturado sobre o Ateísmo. Também escrevo deus com letra minuscúla e Ateu com a maiscúla. Abraços.

[Sobre "Escrevo deus com letra minúscula"]

por kélen
9/3/2008 à
01h36

Doe, não dói
Doar livros - para quem ama tê-los por perto - significa se desfazer de parte da vida. Recentemente também doei alguns que, por um desses desmandos que nos acometem vez ou outra, apodreciam no meu futuro banheiro da suíte. Muitos deles eram didáticos, ganhos numa livraria como brindes. Pra falar a verdade, já não lembro muito quais foram. Também foram um lote de revistas e outro de jornais. Até hoje me pergunto pra que os queria ali, já que certamente não os leria mais. Nesse amontoado de coisas que se foram, um foi especial. Como já andava com a idéia de doar, faltando só a coragem necessária, entrei em contato com um jornal de circulação nacional, da qual já havia adquirido duas coleções - uma de livros e outra de cds de jazz - e solicitei um livro que continha as primeiras páginas do renomado jornal. Embora meu cartão fosse diferente do da promoção, depois de alguma insistência minha, fui presenteado com o tal livro. Hoje deve estar na Biblioteca Pública local para consulta geral.

[Sobre "Confissões de uma doadora de órgãos"]

por Pepê Mattos
8/3/2008 às
19h21

Paixão pelo leitor
Ana, gosto demais quando o seu assunto é o leitor, ainda que pela tangente. Meus livros registraram meu itinerário e a constituição das minhas vivências, tal como no seu caso. Costumo oferecer meus livros lidos como presente para amigos, conservo muito pouco junto comigo. Já fiz duas doações significativas para bibliotecas de escolas onde estudei, mas deprimi; a escola não era a mesma e não tinha certeza que meus fragmentos seriam acolhidos e aproveitados, mesmo assim respirei fundo e segui. Pouco menos de um ano atrás dei um livro para uma amiga, acho que agi por impulso e ainda carrego um vago remorso por aquele Fitzgerald presenteado. Esta sensação de desprender-se de um bem com valor acima do real provoca um deslocamento que beira o passional e neste caso é bom demais ir as últimas conseqüências. Abraços.

[Sobre "Confissões de uma doadora de órgãos"]

por Carlos E. F. Oliveir
8/3/2008 às
17h51

Da incerteza ao medo
O que a morte nos reserva? Quem poderá dizer? O homem aprendeu desde muito cedo a completar com qualquer coisa a ausência de informação. Assim como o desvendamento dos mecanismos naturais são chamados de invenção, descoberta e o patrimônio do empirismo de ciência. Governados pela incerteza, dentro de um ambiente natural, que em certas circunstâncias nos parece inóspito tememos e personificamos o temor num arquétipo de equilíbrio redentor. Cada cultura nomeou de forma diferente, associou a fenômenos esporádicos gerando uma falsa "consciência". Guga, sua abordagem está além do ateu e do agnóstico, não agride aos credos, apenas resiste como senso crítico diante das nossas incoerencias humanas. Clérigos são rufiões do medo.

[Sobre "Dançando com Shiva"]

por Carlos E. F. Oliveir
8/3/2008 às
15h32

Não consigo me livrar deles
Ana, sinto o mesmo ao doar livros. Não é apego ao material, mas apego às emoções, aos momentos da leitura, por isso que ainda não sou uma doadora exemplar. Tenho vontade de organizar uma locadora de livros, assim tenho "certeza" de que voltariam para mim. Mas me falta desprendimento... Até a próxima!

[Sobre "Confissões de uma doadora de órgãos"]

por Lilian Rezende
8/3/2008 às
11h23

Abordagem bem real
Abordagem bem real a respeito de um fenômeno que ocorre no Brasil, de norte a sul. Lembrei-de de uma época em que "Vai Passar" foi a música do momento. Tocava nos mais diversos ambientes: desde a burguesia mais característica ao habitante da favela. Pena que isso é igual a cometas, só ocorre de tempos em tempos, muito distantes. Bom texto.

[Sobre "Burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinha"]

por Adriana Godoy
8/3/2008 às
10h51

Turma da pesada
Essa turma é da pesada. Que bom que ainda são jovens! Li algumas coisas de Daniel Pelizzari e me encantei. O seu estilo me agradou. Os outros, não conheço, mas vou procurar conhecê-los. Turma do Mal!! bj

[Sobre "Livros do Mal em Vídeo"]

por Adriana Godoy
8/3/2008 às
10h42

Que delícia de texto!
Que delícia de texto!! Bom demais da conta, sô!! Deu vontade de estar onde vocês estiveram e tomar uns chopps, conversar sobre as coisas. A idéia do Rio que você transmite é bela, triste e real... Me deu saudade do Rio, quando eu frequentava essa cidade, na zona sulī, é claro!!hehe!! Bela crônica, Guga. Cada vez você está melhor nessa arte de escrever. Beijo. Dri

[Sobre "Um Luis no fim do túnel"]

por Adriana Godoy
8/3/2008 às
10h39

Julio Daio Borges
Editor

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