Terça-feira,
30/4/2002
Comentários
Leitores
lembrei! lembrei!
"produtores culturais" e "organizadores da sociedade civil". esses termos me lembraram o que me fugiu (só a foto pesava 8kg) quando falei dos jornalistas comunas. COMISSÁRIOS DO POVO, é esse o nome, é isso que eles querem ser. já pensou o que seria de um site como este, se tivesse que passar pelos olhos (e mãos) de um camarada comissário do povo?
[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]
por
Alexandre Ramos
30/4/2002 às
13h13
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Helion, seja sincero...
Helion, seja sincero: você é o Coutinho? Perguntar não ofende, foi apenas uma dúvida que me passou agora pela cabeça... Você é o próprio?
[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]
por
Dennis
30/4/2002 às
13h07
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Caro Helion
Caro Helion, fui muito desajeitado com você. Desculpe-me. Você não merecia aquele meu "pudim de sarcasmo" feito às pressas. Deve ser culpa do carma (seu). Em alguma vida passada você me maltratou e A Roda do Samsara me obrigou a revidar agora. Tenha a certeza de que você foi mais habilidoso e generoso do que eu. Reconheço e assino embaixo.
Abração.
[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]
por
Dennis
30/4/2002 às
12h47
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Delirei.
Vixe! Acho que fugi um pouco do assunto...
[Sobre "Ativismo cibernético"]
por
Rogério Macedo
30/4/2002 às
13h01
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a liberdade da censura
"Com a conquista de um regime de efetivas liberdades democráticas, pode-se conceber formas diretas de controle -exercidas tanto pelos próprios produtores culturais quanto pelos organizadores da sociedade civil - sobre a geração dos programas televisivos e sobre a informação em geral."
Eis aí apenas um exemplo, tirado do livro Cultura e Sociedade no Brasil, do autoritarismo "disfarçado" do sr. Coutinho. Chamá-lo de acólito da liberdade e da democracia ou é má fé ou completo desconhecimento de sua obra e idéias.
[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]
por
Fabio
30/4/2002 às
12h45
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Mercado não é gente.
O comércio é voraz, a única regra do mercado é multiplicar seus tentáculos. Tal fato , narrado com esses termos (voraz, tentáculos), parece se referir a algo de natureza monstruosa. Mas são atributos de uma economia de mercado a busca pelo lucro e a racionalização dos métodos pelos quais esses lucros podem ser atingidos. Não há fatores emocionais, não há o lado "humanístico" em questões de mercado. Tais atributos, os humanos, parecem residir num plano mais elevado. Claro, algo de humano começa a surgir quando entra o homem.
A relação do homem com o mercado, com a sociedade massificada, com a propaganda, tudo isso é somente mais um aspecto do indivíduo. É triste constatar que o aspecto econômico, na forma do consumismo desregrado tem determinado a vida de muitas pessoas, sobretudo nas grandes cidades. Mas é de foro íntimo a decisão de se insurgir contra as anomalias da relação homem X mercado. É óbvio que as iniciativas dos grupos citados devem ser apoiadas. Mas é preciso distinguir sempre o que é decisão pessoal e o que é o reforço de um grupo a tal decisão.
Não há como cobrar um capitalismo humano, um mercado bondoso. Humanidade e bondade não fazem parte da natureza do mercado. Mas isso o torna mal? Ora, claro que não. Se a bondade não faz parte da natureza do mercado, a maldade não caberia lá, né? Quando se fortalece a idéia de que o comércio comporta a maldade, logo aparecem uns tantos comunistas querendo queimar aquela incrível lanchonete dos sanduíches sem gosto.
A decisão cabe, em última instância, ao sujeito, ao consumidor. Quando a decisão de reagir contra alguns aspectos do mundo deixa de ser do indivíduo, nasce o seguinte paradoxo : "alguém, que não sou eu, me disse prá não ouvir ninguém além de mim".
Rogério Macedo
[Sobre "Ativismo cibernético"]
por
Rogério Macedo
30/4/2002 às
11h06
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finalmente a resposta
Caro Dennis, não se preocupe com a tal pesquisa completa. A maneira como você caracterizou fisicamente o Carlos Nelson, o seu alinhamento com Madame Satã e outros, mostram que você faz bem em continuar no terreno da ficção. Leia seu Proust, sim, talvez ele seja muito mais gratificante para você. ///
Por sinal, começo a perceber que estive lendo algumas colunas do Digestivo como se fossem comentários sobre a realidade tal qual a conheço, mas me enganava: são ficção também, literatura de capa-e-espada, com mocinhos, bandidos, e sobretudo vilões marcados pela maldade insana. Entendendo essa pretensão literária, saberei também compreender melhor alguns dos comentários que leio.///
Complemento: somos todos acólitos anônimos da liberdade e da democracia, inclusive o Coutinho e o Proust.
[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]
por
Helion
30/4/2002 às
10h53
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O grande polvo
É Rafael, viramos todos peças de uma propaganda gigantesca. O monstro (?) agora não tem mais os tentáculos de um polvo gigante de seriado dos anos 80. Esses tentáculos, hoje, estão muito mais enraizados (ops!) e nossos bolsos parecem acondicionar a grande raiz ou o cérebro-mãe (para não ser machista, o grande cérebro-pai).
O que me preocupa nisso tudo é que a reação a tudo isso, que nos chega através de jornais e tvs, soa como protesto de um grupinho radical de esquerda. Reduz-se a importância da reação pelo estereótipo - infelizmente, alguns desses grupos tomam atitudes tão atabalhoadas, que fica difícil entender. Aí o efeito é inverso: a população fica contra os que protestam e, sem querer (ou às vezes até de forma deliberada), oxigena o grande polvo. "Se eles (os baderneiros) estão brigando contra é porque deve ser bom. Vou consumir!" Achei interessante os exemplos que você citou de reação inteligente (Manifesto Cluetrain, NoLogo.Org, BehindTheLabel e Adbusters). Mas até isso, de certa forma, é inócuo por atingir poucos grãos nesse deserto árido. Pouca gente tem computador com internet e os que têm (maioria, sir) preferem visitar sites pornográficos ou os chats.
Concordo com o que escreveu: "Pensar em algo assim lembrando da quantidade de analfabetos, funcionais ou plenos, deste país faz dessa ação algo minúsculo. Os objetivos a serem atingidos por aqui ainda estão naqueles estágio mais básico da redistribuição de renda, educação e saúde básicas, ou seja, metas que democratizem o acesso da população ao conhecimento e aos recursos." O populacho vai continuar a não entender nada e a dita parcela esclarecida continua a dar de ombros. "Vamos ao MCDonalds, crianças?"
Grande abraço.
[Sobre "Ativismo cibernético"]
por
Bruno Garschagen
30/4/2002 às
07h10
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Finalmente, a resposta...
Caro Helion, prometo que farei uma pesquisa completa sobre o sr. Carlos Nelson Coutinho. Entretanto... como estou relendo "No Caminho de Swann", temo não conseguir assimilar os conteúdos literários do sr. Coutinho com a serena imparcialidade que ele merece. Quanto à Madame Satã e Glória Pérez, ambas as criaturas jamais defenderam qualquer modelo socialista, falido, quase falido ou emergente, aqui no Brasil ou lá pelas bandas de Wonderland. Essas personalidades foram mencionadas por um lapso mental meu, um ato falho, ou uma ligação inconsciente com determinados conceitos de decadência e fraude. De qualquer modo, foi extremamente prazeroso unir Chico Buarque, Luiz Inácio, Lucélia Santos... com Madame Satã e Glória Pérez. Todos se dariam muito bem num papinho de fim de noite, regado à rios de cerveja e pulverizado com quilos de torresminhos pururuquentos. Complemento: não sou, nem jamais fui de direita, sou apenas um anônimo acólito dos ritos da Liberdade e da Democracia. Abraço imerso na doce paz do samadhi.
[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]
por
Dennis
30/4/2002 à
00h44
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Caridade
Fábio,
vc não tem como me mandar a cena em que aparecem os seios da Mariana? Se puder, valeu mesmo!!!
[Sobre "mariana ximenes nua!"]
por
Renato Nery
29/4/2002 às
23h39
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Julio Daio Borges
Editor
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