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Terça-feira, 30/4/2002
Comentários
Leitores

a coisa é clara
Helion. Da onde você tirou que eu nem sabia quem era Carlos Nelson Coutinho? Outra coisa: Cultura e Sociedade no Brasil é uma coletânea de textos do sr. Coutinho, o que você, apesar de insinuar conhecer o autor, parece não saber. Não li apenas um trecho do livro. Li dois ensaios inteiros, com começo, meio e fim (ou seja, as primeiras 80 páginas do livro). E o trecho que citei é extemamente claro e não requer nenhum conhecimento prévio da vida do autor ou de qualquer outro assunto para ser compreendido. Ele diz que numa sociedade verdadeiramente democrática a censura seria exercida por pessoas como ele, claro, que conhecem tão bem os verdadeiros anseios do que ele chama "povo-nação". Se você é contra censura, tem que ser necessariamente contra a posição do sr. Coutinho. Infelizmente não há outro jeito.

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Fabio
30/4/2002 às
16h54

Fabio ainda frustrado.
Este debate sobre o sr. Coutinho baratinou tanto a minha cabeça, que eu acabei colocando crase antes de palavra masculina, coisa que nunca faço (quase nunca). Quem deve estar muito frustrado é o Fabio Danesi, porque ainda não apareceu nenhuma comentarista charmosa... pra ele tentar glaçar com a baba-gosma de aspartame. Brincadeira, Fabio! Eu sei que você é seríssimo.

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Dennis
30/4/2002 às
13h46

Caro Dennis
Caro Dennis, teje tranqüilo. Às vezes precisamos nos contentar com pratos feitos às presas mesmo... não acredito que eu tenha te maltratado, deve ter sido alguém do meu signo e ascendente, não eu... :-)/// Fico feliz por podermos debater com um pouco mais de habilidade culinária e tranqüilidade./// Em tempo: Jamais ficaria ofendido com a pergunta, muito pelo contrário. Mas não sou o Coutinho não, juro. Sequer o conheço pessoalmente, apenas como leitor. Um abraço.

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Helion
30/4/2002 às
13h38

a liberdade da censura
Caro Fábio, é mais fácil pinçar um trecho de um livro, lido parcialmente, de um autor que você até agora desconhecia, do que saber da atuação – humana, cultural, política - de um homem como Carlos Nelson Coutinho. Não se engane, ele não se deixa enquadrar por nenhum manual ou cartilha lido às pressas. Da mesma maneira que o Proust a que se referiu o Dennis também não se deixa enquadrar tão facilmente./// Aliás, usei a expressão “acólito” de forma levemente irônica – já vi que é necessário explicar – como resposta à mensagem do Dennis, na qual ele se autodefinia com essa palavra. Na verdade, não encontro com facilidade acólitos (principalmente no sentido eclesiástico do termo) da liberdade e da democracia, nem mesmo entre os detratores de Carlos Nelson Coutinho.

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Helion
30/4/2002 às
13h27

lembrei! lembrei!
"produtores culturais" e "organizadores da sociedade civil". esses termos me lembraram o que me fugiu (só a foto pesava 8kg) quando falei dos jornalistas comunas. COMISSÁRIOS DO POVO, é esse o nome, é isso que eles querem ser. já pensou o que seria de um site como este, se tivesse que passar pelos olhos (e mãos) de um camarada comissário do povo?

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Alexandre Ramos
30/4/2002 às
13h13

Helion, seja sincero...
Helion, seja sincero: você é o Coutinho? Perguntar não ofende, foi apenas uma dúvida que me passou agora pela cabeça... Você é o próprio?

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Dennis
30/4/2002 às
13h07

Caro Helion
Caro Helion, fui muito desajeitado com você. Desculpe-me. Você não merecia aquele meu "pudim de sarcasmo" feito às pressas. Deve ser culpa do carma (seu). Em alguma vida passada você me maltratou e A Roda do Samsara me obrigou a revidar agora. Tenha a certeza de que você foi mais habilidoso e generoso do que eu. Reconheço e assino embaixo. Abração.

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Dennis
30/4/2002 às
12h47

Delirei.
Vixe! Acho que fugi um pouco do assunto...

[Sobre "Ativismo cibernético"]

por Rogério Macedo
30/4/2002 às
13h01

a liberdade da censura
"Com a conquista de um regime de efetivas liberdades democráticas, pode-se conceber formas diretas de controle -exercidas tanto pelos próprios produtores culturais quanto pelos organizadores da sociedade civil - sobre a geração dos programas televisivos e sobre a informação em geral." Eis aí apenas um exemplo, tirado do livro Cultura e Sociedade no Brasil, do autoritarismo "disfarçado" do sr. Coutinho. Chamá-lo de acólito da liberdade e da democracia ou é má fé ou completo desconhecimento de sua obra e idéias.

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Fabio
30/4/2002 às
12h45

Mercado não é gente.
O comércio é voraz, a única regra do mercado é multiplicar seus tentáculos. Tal fato , narrado com esses termos (voraz, tentáculos), parece se referir a algo de natureza monstruosa. Mas são atributos de uma economia de mercado a busca pelo lucro e a racionalização dos métodos pelos quais esses lucros podem ser atingidos. Não há fatores emocionais, não há o lado "humanístico" em questões de mercado. Tais atributos, os humanos, parecem residir num plano mais elevado. Claro, algo de humano começa a surgir quando entra o homem. A relação do homem com o mercado, com a sociedade massificada, com a propaganda, tudo isso é somente mais um aspecto do indivíduo. É triste constatar que o aspecto econômico, na forma do consumismo desregrado tem determinado a vida de muitas pessoas, sobretudo nas grandes cidades. Mas é de foro íntimo a decisão de se insurgir contra as anomalias da relação homem X mercado. É óbvio que as iniciativas dos grupos citados devem ser apoiadas. Mas é preciso distinguir sempre o que é decisão pessoal e o que é o reforço de um grupo a tal decisão. Não há como cobrar um capitalismo humano, um mercado bondoso. Humanidade e bondade não fazem parte da natureza do mercado. Mas isso o torna mal? Ora, claro que não. Se a bondade não faz parte da natureza do mercado, a maldade não caberia lá, né? Quando se fortalece a idéia de que o comércio comporta a maldade, logo aparecem uns tantos comunistas querendo queimar aquela incrível lanchonete dos sanduíches sem gosto. A decisão cabe, em última instância, ao sujeito, ao consumidor. Quando a decisão de reagir contra alguns aspectos do mundo deixa de ser do indivíduo, nasce o seguinte paradoxo : "alguém, que não sou eu, me disse prá não ouvir ninguém além de mim". Rogério Macedo

[Sobre "Ativismo cibernético"]

por Rogério Macedo
30/4/2002 às
11h06

Julio Daio Borges
Editor

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