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Sexta-feira, 3/5/2002
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Gostei do texto, especialmente pelo tom irônico. Seria legal, no entanto, para adicionar ainda mais ironia, que aqueles operários fossem apenas um grupo de amigos literatos, como Bukowski e pares, num dia de trabalhos nos correios da cidade angelical, ignorados em suas facetas mais verdadeiras pela visão míope do observador, apenas a descansar sobre a relva urbana. Creditar à leitura a qualidade da superação da condição humana, que aqui já se traveste de proto-humana, como bem deve ser ressaltado, é de bom tom acatar. Mesmo porque a crença segue igual sentido. Interessante é que o autor parte do princípio que ser homo literalis já é, para si próprio, uma verdade tão absoluta, que a refutação é digna de considerações obsequiosas. De um cavalo ao chão poderia ter nascido a teoria newtoniana. Foi de uma maçã. Bem, ao menos alguns podem nisso crer: Um charuto também pode ser só um charuto. Menos, Alexandre, menos. Mas ainda assim, meus parabéns.

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Homer
3/5/2002 às
09h55

Uma saga de grandes diretores
Caro Bruno, ( desculpe pela faltas de acentos, ja que micro por qual escrevo esta com problema na configuracao) Parabens pelo belissimo texto. Para quem gosta cinema e mais do que interessante. Nao sei se voce viu existe um filme que a HBO produziu que conta a historia da producao do Cidadao Kane que chama KRO249. Era a caixa de lata que pelicula era guaradada. Que tal um texto sobre o Kubrick. Esta passandono CineMax Prime uma saga com todos os filmes do rapaz. Voce poderia fazer varios textos com grandes diretores do seculo XX Abracao Otavio

[Sobre "O cidadão Welles"]

por Otavio
3/5/2002 às
10h26

Há quem prefira a cozinha
Alexandre, obviamente, no clube da humanidade, se um membro não quer saber de ler as atas, sua presença ali será, digamos, pouco significativa, ao menos no hall principal. Mas há gente que quer ficar mesmo na cozinha, na ante-sala, no quintal. Quer estar nesses locais, pois lá é melhor prá fornicar, prá beliscar sorrateiro a broa de milho, prá opinar sem responsabilidade sobre a nova roupa da senhora gorda, sobre o novo automóvel do senhor de casaco preto, sobre o cofiar de bigodes do velho barrigudo, etc. Acho que foi o Victor Hugo que disse "tudo que aumenta a liberdade aumenta a responsabilidade". Há quem abra mão da liberdade que o conhecimento traz para não ter que carregar o fardo da responsabilidade. Há quem prefira deixar nas mãos dos governantes a solução de seus problemas mais comezinhos. É em última instância uma escolha pessoal. Como nos grandes centros urbanos, na cidade do saber há a periferia do conhecimento. Só que nesse caso eu acho que o inchaço populacional da periferia é menos uma questão social do que espiritual. Há, claro, o aspecto social, pois há quem nasça e morra nesse país sem nunca ter passado diante de uma biblioteca pelo fato de não haver bibliotecas nesse país. Mas quem não lê porque "logo me cansa a vista" está mentindo prá si mesmo e nem que morasse dentro duma biblioteca saberia que há mais Capitus nesse universo do que aquela putinha da novela das oito. Pessoas muito ligadas a mim já insinuaram que eu devo ser um idiota, dada a quantidade de tempo que "perco" diante de meros pedaços de papel salpicados de letras. Obviamente não tenho o louvável ânimo de um Alexandre para pegar tal pessoa pelo braço e dizer-lhe que "não é bem assim" ou, se o humor não estiver lá essas coisas, um "você quase nunca sabe do que está falando e eu sei a causa disso". Já tomei minha decisão: danem-se, fiquem na sua areia movediça que eu fico no meu vale das sombras. Mais uma coisinha óbvia, mas que pode explicar alguma outra coisa: as pessoas conseguem emular uma vida feliz longe do conhecimento, longe do desejo de saber algo mais do que aquilo que lhes dê um bom bocado da broa de milho. E essa emulação é um mistério da perfeição que suscita uma pergunta fundamental: as pessoas são realmente mais felizes na ignorância ou pensam que são mais felizes na ignorância? É tentador escolher a segunda opção, mas não dá prá fazer isso, pobres humanos caídos em pecado que somos, sem uma considerável dose de soberba. No entando não é soberba ou extrema vaidade o que me leva a concordar com o Alexandre: há muito de joaninha em quem não lê por não nunca ter sido apresentado aos livros. Mas há seres muito mais primitivos, que vivem em fossas abissais, aqueles que tiveram um pouco da educação formal mas que não lêem porque "não tenho tido tempo e quando tenho logo me dá um sono"... Abraço fraternal no amigo Alexandre Rogério Macedo P.S. Mais das minha abobrinhas em http://pradomacedo.blogspot.com

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Rogério Macedo
3/5/2002 às
09h56

Doce irresponsabilidade
Civilization é um jogo que faz parte das minhas intermináveis batalhas mentais entre a responsabilidade de estudar para uma prova, que se aproxima mais e mais, e a doce irresponsabilidade de passar horas a fio, com a bunda doendo ao cabo de uma madrugada, sentado em frente a uma tela de computador. E o prazer da vingança, como bem ressaltado, é tão forte, que me lembro até hoje das boas sovas que dei em franceses, romanos e persas - nesses últimos principalmente - após mais um acordo de cessar-fogo quebrado. Adeus, que tenho que ir para a aula...

[Sobre "Civilizado?"]

por Homer
3/5/2002 às
09h55

Parabéns companheiro Neu
Nêumane, você é o gênio da raça.

[Sobre "O prazer, origem e perdição do ser humano"]

por Silvio Brandão
3/5/2002 às
09h54

Presença feminina 2
Isabella, você disse tudo, tudinho mesmo. Quando os 'homens sérios' começam a falar de futebol e política, me lembram demais os meninos brigando na saída da escola. Meninas e mulheres não se sentem nem um pouco atraídas por isto. Quanto ao Fabio, ele é um encanto mesmo, e tem gente com dor de cotovelo por aí... hehehehe... Beijão, capitão ornitorrinco! Um beijo a todos, mesmo aos mais enfezadinhos, da Sue

[Sobre "a falsa verdadeira democracia"]

por Assunção Medeiros
3/5/2002 às
09h43

Há vida inteligente na música!
O Digestivo Cultural está de parabéns pela série de ensaios. O novo de Giron mostra uma faceta desconhecida da crítica de música. Eu imaginava que ela estivesse morta. Pelo jeito, está mais viva do que nunca. O texto nos leva ao interesse maior pelo assunto. Vou ler mais crítica de música!

[Sobre "Dizem que a crítica acabou; só se foi quando o verão chegou"]

por Silvio Brandão
3/5/2002 às
09h48

Oh, my Goodness!!
Alexandre, você se supera a cada semana! Como pode isso!?!?! Não contente em nos levar para a cabana no topo da montanha, ainda nos fornece um telescópio - mais que um binóculo - para que olhemos as pessoas lá em baixo. E consegue nos fazer sentir ternura pelas pessoas que geralmente nos desprezam ('é um sonhador, vive com a cara nos livros...'). Mais que parabéns, obrigada... Bernardo, como se tira da 'areia movediça' alguém que luta contra você a chutes e pontapés para permanecer lá? A busca pelos livros e pela cultura é estritamente pessoal, e como disse o Alexandre, independe totalmente de classe social. Quanto aos políticos, eles geralmente estão no mais fundo da areia movediça, você não percebeu? Beijos da Sue

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Assunção Medeiros
3/5/2002 às
09h29

E as propostas?
Alexandre, Você acertou no alvo. Faltou entanto, uma proposta: O que a pequena parcela dos letrados pode (e deve) fazer para içar da areia movediça da ignorância aqueles, digamos, menos favorecidos? Onde entra a responsabilidade da elite cultural? E do Estado? E dos políticos? Abraços, Bernardo Carvalho Goiânia - GO

[Sobre "Quem Não Lê Não É Humano"]

por Bernardo Carvalho
3/5/2002 às
09h11

Grimble, Família e Cia.
Eu me lembro, Alexandre. Grimble, Família e Cia., escrito por um bisneto ou coisa assim do Sigmund Freud, bem divertido. E lembro também do Escaravelho. Pelo visto eu só não me lembrava mesmo do autor da capa do Gênio do Crime...

[Sobre "Figurinhas"]

por Rafael Lima
3/5/2002 às
08h13

Julio Daio Borges
Editor

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