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Terça-feira, 3/6/2008
Comentários
Leitores

Isso é uma falácia
Daniel, você critica a inclusão de escritores brasileiros, partindo do pressuposto de que, ao ler grandes clássicos universais, o estudante supostamente gostará da literatura, ao contrário do efeito produzido pela literatura nacional. Isso é uma falácia. O que move alguém a gostar da literatura não é algo assim tão simples. Essa fórmula mágica de que, para alguém gostar da literatura basta que seja apresentado aos livros certos, não existe. Defendo a inclusão da literatura nacional por causa de um ponto simples: já que o aluno passará o resto da vida sem ler nenhum livro, que pelo menos saia do ensino médio com um contato mínimo com clássicos da literatura nacional. Não se trata de "valorizar o que é nosso", apenas de um modo de ensinar um conteúdo relevante, afinal, ninguém cogitaria a hipótese de substituir em História textos sobre o descobrimento do Brasil por textos sobre a formação do império germânico por esses interessarem mais ao estudante... Dos males, o menor.

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Leandro Oliveira
3/6/2008 às
09h23

encare o que for
Oi, Débora, entendo perfeitamente sua situação e já vivenciei todos estes "dramas". Hoje trabalho numa editora, faço o que gosto, mas não esqueço (nunca e nem poderia) que o nosso mercado (jornalístico) é feito de incertezas e que, de uma hora para outra, posso estar desempregada. Sem contar que é um mercado ególatra, não é? As pessoas - ou os jornalistas - são, em geral, arrogantes (porque será?) e não se preocupam nem um pouco com os outros, qdo não estão na pele dos outros... Isso é cruel. Para terminar, uma dica que uso: sempre me lembro que os grandes que admiro no jornalismo, na literatura, fizeram e fazem de tudo. O Saramago foi serralheiro (li isso em algum lugar), a Doris Lessing foi telefonista... Se você escolheu o jornalismo, será sempre jornalista, pq o olhar do bom (bom, hein?!) jornalista está sempre com ele, mesmo que ele tenha um bloguizinho. E para se sustentar (pq não nascemos ricos) encare o que for conveniente: o jornalismo estará sempre com você e, no mais, boa sorte!

[Sobre "Diário de uma desempregada"]

por Ana Claudia Vargas
3/6/2008 às
08h51

A luz das palavras
O Ciclo de palestras "Palavra na Tela" foi leve e divertido, sem deixar de ser didático e esclarecedor. Os profissionais bem sucedidos da Rede que se apresentaram trouxeram luz a muitas dúvidas mas, sobretudo, sugeriram atitudes para quem quer aprofundar a experiência em Internet: missão, reputação, lógica, personalização, coerência, credibilidade, conteúdo além de incontáveis horas, cara a cara com o computador, são dicas fundamentais tiradas desses encontros. Para quem quer mais, vale à pena conferir os áudios das palestras! Abraço.

[Sobre "Internet & Humor, by MarioAV"]

por Guto Maia
2/6/2008 às
22h53

Nem 8 nem 80
Márcia, acho que vc está sendo muito fatalista. Realmente, hoje publica-se muita porcaria e escritores não existem às pencas como quer fazer acreditar a geração Averbuck da vida... Mas daí a dizer que não existe mais ninguém com talento e que devemos esperar 30 anos... já é demais. Aposto que existe um ou outro talento por aí que (ou ainda nao) foi descoberto, ou que está fazendo o que muito "escritor" da nova geração deveria ter feito: esperando a própria escrita maturar. Nem 8 nem 80, por favor...

[Sobre "A saturação dos novos autores"]

por marjorie
2/6/2008 às
14h12

Pior não pode ficar
Excelente artigo. Parabéns, concordo com tudo o que diz. Tenho 20 anos e curto rock clássico; também acho, infelizmente, que o rock está se deteriorando, mas outro dia ouvi o vocalista do Matanza dizer uma coisa interessante. Aí parei para pensar e concordei. Espero que seja uma luz no fim do túnel: numa entrevista, perguntado sobre esse novo movimento emocore, ele disse que vê como o pior extremo que o rock podia chegar, ou seja, disse que não tem como piorar, portanto, como tudo é um ciclo e o rock é imortal (acredito piamente nisso), a próxima fase será bem melhor :D A tendência é melhorar, já que não tem o que piorar. Isso me consola...

[Sobre "A indigência do rock e a volta dos dinossauros"]

por Adriane Brunherotto
1/6/2008 às
23h24

À Ana Elisa, de uma avó
Também fui à Bienal. O objetivo era apresentar o mundo dos livros a dois netinhos, num fim de tarde de domingo. Ao contrário de você, enfrentamos filas e aglomerações nas livrarias e cafés. Pareceu-me que minha idéia tinha sido assimilada por muitas outros avós... Mas foi uma festa, para nós, a intimidade que estabelecemos com outros usuários do mundo das letras. Pipocas, água de coco, fotos em alguns estandes, vários livros comprados e outros tantos continuados no desejo, voltamos para casa tarde da noite... Ali, continuamos a explorar as letras até a exaustão. O entusiasmo das crianças teve seu ápice no dia seguinte, quando meu netinho de quatro anos, diante da TV, me gritou: "Vó, tá passando a Bienal do Livro. Será que vamos aparecer?" De livro na mão, ele tinha ainda nos olhos o mesmo brilho da véspera. Valeu!

[Sobre "Igual, mas diferente: a Bienal de Minas"]

por Beth Castro
1/6/2008 às
21h59

Não chega a tanto...
Como disse o Bruno, idéias relevantes! No entanto, também recebi seu texto pela newsletter deste digníssimo site. Portanto, não acho que o fim do e-mail esteja próximo e acho que não existirá um fim. Ele sempre será MAIS uma ferramenta de comunicação, como são as cartas manuscritas, muito relevantes ainda hoje.

[Sobre "O e-mail não é mais a mensagem"]

por Taís Kerche
1/6/2008 às
16h24

Fiquei curioso
As entrevistas com o Calligaris são sempre muito interessantes. Confesso que não conheço muito ele, só sei que suas aparições na mídia têm aumentado bastante ultimamente, mas fiquei bem curioso para ler o romance, apesar de não ser seu leitor e não ter o hábito de ler a Folha.

[Sobre "O Conto do Amor, de Contardo Calligaris"]

por Fernando Lima
31/5/2008 às
11h39

E-mail seu
Idéias relevantes, Luli. No entanto, vale lembrar que recebi seu texto graças a um e-mail. Acontece.

[Sobre "O e-mail não é mais a mensagem"]

por Bruno Mourão
30/5/2008 às
14h01

Recepção a Milton Hatoum
Nossa, a recepção ao Milton Hatoum tem alcançado essas proporções? Que legal! Os quatro livros dele são, de fato, muito bons. Parecem, no entanto, um só livro, escrito e reescrito, variações sobre um mesmo tema, as conturbadas relações familiares. Nesse sentido, esse último, "Órfãos do Eldorado", é o mais conciso, mais breve mesmo, em que as situações narrativas são menos exploradas. Mas nem por isso ruim. Aliás, ostenta, em comparação com os outros três, grande virtude, já destacada pelo Daniel Piza em uma ótima sinopse: consegue tratar, em espaço exíguo, tanto de questões intimistas quanto da realidade política e social brasileira. Foi muito bom saber, por esta nota, que um bom autor brasileiro está sendo lido, apreciado e discutido!

[Sobre "Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum"]

por Roberta Resende
28/5/2008 às
18h35

Julio Daio Borges
Editor

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