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Quarta-feira, 4/6/2008
Comentários
Leitores

Esta é uma preferência sua
Daniel, permita-me discordar de você. Isso não é "certo como dois e dois". Quem acha que Machado afasta o aluno da literatura e Jonathan Swift aproxima é você. Esta é uma preferência sua. Eu fui "obrigada" a ler Machado na escola, aos 14 anos, e acabei gostando. Gosto muito do Machado, embora me irrite com essa coisa de "patrimônio nacional". Não sei se ele é o melhor autor brasileiro, como dizem. Sei que é bom. Fazer ranking é bobagem... Na minha sala do ensino médio (saudosos tempos!), algumas pessoas gostaram do Machado e outras não gostaram, mas ainda assim continuam a se interessar por literatura do mesmo jeito. Detestei o José de Alencar e nem por isso disse "meu, nunca mais quero ler literatura brasileira na vida!". Acho que você está sendo reducionista.

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Marjorie Rodrigues
4/6/2008 às
11h54

O Machadão está em todas
Sim, sim! O Machadão está em todas. O cara, já consumido pelos vermes, consegue extrapolar o seu tempo e assombrar os leitores do século XXI, sendo leitura obrigatória para todos que querem alcançar um lugar nas universidades e afins de nosso país. Sou professora de Português e Literatura e quase sou obrigada a fazer com que meus alunos (ensino médio) leiam o tal. Lógico que ele é bom, ainda mais se comparado ao J. Alencar; mas se eu falar, por exemplo, que não gosto tanto, é capaz de ser apedrejada. O leque deve ser mais amplo. Oferecer e mostrar as possibilidades da literatura e deixar a escolha ao leitor, acho que é minha função. O medo é que sempre escolham um Paulo Coelho, por exemplo. Beijo. PS: O artigo do Guga enriquece bem esse aspecto...

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Adriana Godoy
4/6/2008 às
10h51

Mascação
Fazer alguém gostar de literatura é uma improbabilidade como qualquer outra, meu caro. Assim como fazer gostar de matemática, de história, de química. Não se sabe (nem jamais se saberá) o que, exatamente, que conjunções e redes de sentidos, faz com que um indivíduo goste de literatura (ou de qualquer coisa). O problema é que todos acham que podem e sabem se meter no trabalho dos professores de literatura ou de português. Em qualquer mesa de boteco, comentários como os seus são aventados até que todos estejam bêbados. O negócio é saber que nem todo aluno é igual (em lugar algum), o que pode aumentar a probabilidade de uns gostarem de Machado e outros de Zola. Vários estudantes não gostarão de nada. Muitos serão empresários bem-sucedidos, gostando ou não de Machado ou de equações de segundo grau. Outra coisa: muitas nações precisaram de heróis. A Itália, por exemplo, elegeu Dante. E assim foi com a maioria dos países que precisaram constituir uma literatura nacional. Mas... são europeus.

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por ana elisa ribeiro
4/6/2008 às
10h11

Não posso deixar de comentar
O intuito de incentivar a leitura de "clássicos" da literatura brasileira em detrimento da literatura universal seria justamente privar o povo de cultura de verdade e então preservar uma nação de medíocres...

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Cristiane Cardoso
3/6/2008 às
23h18

Permita-me discordar
Caro Leandro, eu critico apenas a inclusão de livros que, certo como dois e dois, afastarão o aluno da literatura. Não é novidade essa crítica, eu estou apenas passando adiante. Acho que aos alunos deveria pelo menos ser dada a opção de gostar mais de Machado de Assis ou de Jonathan Swift, por exemplo. Não é verdade que, saindo do ensino médio sem traumas literários, a pessoa terá mais probabilidades de, no futuro, vir a gostar mesmo de José de Alencar ou Camilo Castelo Branco? De resto, permita-me discordar: trabalhar, digamos, Kafka em sala de aula não seria de maneira alguma como estudar a formação do império germânico em detrimento da história brasileira. Até porque temos duas matérias de história no colégio, uma para a brasileira e outra para a universal, enquanto que no espectro do ensino de literatura somos pobres ao extremo.

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Daniel
3/6/2008 às
12h32

Nossa possibilidade
Não tenho nenhum diploma de faculdade e nenhum curso no exterior, desde cedo tive que lutar por meus sonhos, e hoje amo o que faço e tenho uma remuneração muito boa, o engraçado é que comigo acontece ao contrário do que vejo no mercado: depois que consegui chegar onde queria (com dignidade) é que vou buscar uma faculdade. As oportunidades estão aí, muitas vezes nós precisamos criá-las e, com humildade, transformamos essa oportunidade em possibilidade. Abs, Diva.

[Sobre "Emprego? Exercite o desapego"]

por Diva
3/6/2008 às
09h40

Isso é uma falácia
Daniel, você critica a inclusão de escritores brasileiros, partindo do pressuposto de que, ao ler grandes clássicos universais, o estudante supostamente gostará da literatura, ao contrário do efeito produzido pela literatura nacional. Isso é uma falácia. O que move alguém a gostar da literatura não é algo assim tão simples. Essa fórmula mágica de que, para alguém gostar da literatura basta que seja apresentado aos livros certos, não existe. Defendo a inclusão da literatura nacional por causa de um ponto simples: já que o aluno passará o resto da vida sem ler nenhum livro, que pelo menos saia do ensino médio com um contato mínimo com clássicos da literatura nacional. Não se trata de "valorizar o que é nosso", apenas de um modo de ensinar um conteúdo relevante, afinal, ninguém cogitaria a hipótese de substituir em História textos sobre o descobrimento do Brasil por textos sobre a formação do império germânico por esses interessarem mais ao estudante... Dos males, o menor.

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Leandro Oliveira
3/6/2008 às
09h23

encare o que for
Oi, Débora, entendo perfeitamente sua situação e já vivenciei todos estes "dramas". Hoje trabalho numa editora, faço o que gosto, mas não esqueço (nunca e nem poderia) que o nosso mercado (jornalístico) é feito de incertezas e que, de uma hora para outra, posso estar desempregada. Sem contar que é um mercado ególatra, não é? As pessoas - ou os jornalistas - são, em geral, arrogantes (porque será?) e não se preocupam nem um pouco com os outros, qdo não estão na pele dos outros... Isso é cruel. Para terminar, uma dica que uso: sempre me lembro que os grandes que admiro no jornalismo, na literatura, fizeram e fazem de tudo. O Saramago foi serralheiro (li isso em algum lugar), a Doris Lessing foi telefonista... Se você escolheu o jornalismo, será sempre jornalista, pq o olhar do bom (bom, hein?!) jornalista está sempre com ele, mesmo que ele tenha um bloguizinho. E para se sustentar (pq não nascemos ricos) encare o que for conveniente: o jornalismo estará sempre com você e, no mais, boa sorte!

[Sobre "Diário de uma desempregada"]

por Ana Claudia Vargas
3/6/2008 às
08h51

A luz das palavras
O Ciclo de palestras "Palavra na Tela" foi leve e divertido, sem deixar de ser didático e esclarecedor. Os profissionais bem sucedidos da Rede que se apresentaram trouxeram luz a muitas dúvidas mas, sobretudo, sugeriram atitudes para quem quer aprofundar a experiência em Internet: missão, reputação, lógica, personalização, coerência, credibilidade, conteúdo além de incontáveis horas, cara a cara com o computador, são dicas fundamentais tiradas desses encontros. Para quem quer mais, vale à pena conferir os áudios das palestras! Abraço.

[Sobre "Internet & Humor, by MarioAV"]

por Guto Maia
2/6/2008 às
22h53

Nem 8 nem 80
Márcia, acho que vc está sendo muito fatalista. Realmente, hoje publica-se muita porcaria e escritores não existem às pencas como quer fazer acreditar a geração Averbuck da vida... Mas daí a dizer que não existe mais ninguém com talento e que devemos esperar 30 anos... já é demais. Aposto que existe um ou outro talento por aí que (ou ainda nao) foi descoberto, ou que está fazendo o que muito "escritor" da nova geração deveria ter feito: esperando a própria escrita maturar. Nem 8 nem 80, por favor...

[Sobre "A saturação dos novos autores"]

por marjorie
2/6/2008 às
14h12

Julio Daio Borges
Editor

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