Quinta-feira,
5/6/2008
Comentários
Leitores
Só gostei de Dom Casmurro
É muito bom saber que existem outras pessoas que não amam Machado de Assis. O único livro dele que gostei realmente foi "Dom Casmurro". Recentemente disseram-se que seria interessante se eu lesse os contos de Machado de Assis (interessante para melhorar e amadurecer a minha escrita), mas não consegui ir em frente. "Uns braços" é extremamente desanimador, assim com "A cartomante". Houve um do qual gostei, mas não lembro o título, sei que a história é de uma solteirona que passa o tempo a relembrar antigos amores...
[Sobre "Não gostar de Machado"]
por
Gelsa Mara
5/6/2008 às
18h05
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Machado, sim. Alencar, não!
Não sei o que faz um jovem do ensino médio gostar de literatura, seja nacional ou internacional, mas José de Alencar, com certeza vai fazer o estudante pular várias páginas e procurar um resumo para conseguir se dar bem na "ficha de leitura"! Também não sei se eu teria entendido (e gostado tanto de) George Orwell se o tivesse lido durante o ensino médio, mas tirem "Senhora" das mãos dos estudantes brasileiros e coloquem "A Revolução dos Bichos" ou "A Metamorfose" e a chance de eles se interessarem pela leitura aumentará muito! Quanto a Machado, eu gosto muito, mas concordo totalmente com o Daniel, quando ele diz que devemos evitar esse nacionalismo literário e valorizar o que é bom, seja da nossa cidade, seja de Marte!
[Sobre "Não gostar de Machado"]
por
Juliana Dacoregio
5/6/2008 às
16h03
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o que vem sendo feio agora
Sugiro ao Sr. Diogo Salles que freqëente mais os festivais que andam rolando por todo o país. Mas que não faça como metade dos jornalistas que vejo em festivais: conversando do lado de fora, na hora do show, e tomando todas o tempo todo. Assista os shows, compre os discos e ouça em casa. E, cara, não necessariamente o que foi feito anteriormente é melhor do que o que vem sendo feio agora, ou virá a ser... O tempo passa, as coisas mudam, as pessoas mudam... Ainda bem que nem o rock, nem a literatura, nem o cinema, e nem nada é igual era há 30 anos atrás... Ainda bem!!!
[Sobre "A indigência do rock e a volta dos dinossauros"]
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edimar filho
5/6/2008 às
15h31
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Nem 8 nem 80 II - a missão
Acho que não dá pra ser tão radical. Arte não é matemática, assim não há como estipular que são x ou y bons escritores, a cada x ou y anos. Além disso, o conceito de "bom escritor" é relativo.
Acho que há uma distinção a ser feita: o fato de um autor não ter seu trabalho reconhecido, seja através das vendas ou através das críticas, não significa que ele não tenha valor. Aliás, livros de auto-ajuda vendem muito bem e nem por isso têm qualidade excepcional (eu pessoalmente os acho insuportáveis, mas tem quem goste...). Continuando: Há autores que morreram sem ser reconhecidos (tiveram reconhecimento póstumo) - já pensou se não tivessem sido publicados? Há mesmo muita coisa ruim, mas com isso forma-se massa crítica para que textos de valor surjam... E qualquer autor tem o direito de achar o seu trabalho o máximo, e de tentar ser publicado, certo?
[Sobre "A saturação dos novos autores"]
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Flavia
5/6/2008 às
14h36
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A culpa é do ensino curricular
Daniel, simplesmente fantástico o fato de você levantar essa questão. Concordemos ou não, discutir isso abertamente já é um ganho! Concordo com você em vários pontos, mas vejo como culpada a má-formação literária do brasileiro, fruto de um currículo escolar obrigatório e muito pouco arejado. Num país em que o ensino se pauta voltado apenas para o Vestibular, não há margem para crescimento intelectual de verdade. Do antigo ginásio para o colegial, o aluno sobre uma "descompressão" literária: acostumado a ter prazer com textos didaticamente adequados (como a famosa "Coleção Vaga-lume", da Ática), se vê diante de estruturas complexas e temáticas adultas, cuja identificação é forçada e a apreciação pouco natural... A leitura, quando deixa de ser uma jornada prazerosa e se torna pura obrigação acadêmica, assina seu atestado de óbito.
[Sobre "Não gostar de Machado"]
por
Leonardo de Moraes
5/6/2008 às
13h36
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Dêem-me um salva-vidas!
Temos um exemplo capital no texto acima e nos comentários que os seguem. Vejamos: 1) Um texto é escrito; 2) Há os que o detestam e 3) Há os que o adoram. É e será sempre assim. Que isso sirva de lição aos muitos letrados que fazem da sua subjetiva retórica o laço da própria forca. Pôr uma opinião assim, sem pé nem cabeça, Márcia, cria vínculos com o passado e passa a fazer parte de sua biografia. Sua opinião é digna de respeito, porém é limitada pela generalidade como você trata o corpus. E mais uma vez, criticar os Novos e generalizar... é um chover no molhado que não pára nunca!!! Até para (bem) escrever, em site ou blog, é preciso relevância. Se o seu problema são os Novos Escritores, o meu são eternos os críticos dos Novos, com seu pastiche interminável e o discurso "copia e cola", sem qualquer novidade ou corroboração lógica. Há os bons e há os ruins, ué (ou caralho, se você "prefere"... Um salva-vidas, por favor...
[Sobre "A saturação dos novos autores"]
por
Albarus Andreos
5/6/2008 às
10h16
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Esperança
Ana Elisa. Um conto, um conto de fadas se quem lê, prentende, um dia, ver um livro próprio, nas estantes, uma livraria. O melhor é saber que a protagonista tem apenas 33 anos! Que maravilha! Quanto tempo pela frente, quanta tinta, papel, inspiração para trabalhar sem pressa. Nestas horas lamento morar tão longe, tão distante da cidade pela qual morro de amores, descaradamente, confessados. Vivi mais de 33 anos na "desvairada". Mudei, ganhei a paisagem da Guanabara, perdi as livrarias, deixei para trás os amigos que sobraram, vivos, a vibração e a delícia de viver em São Paulo. Perdi o lançamento deste livro, e de outros de outros autores... O texto nos remete à emoção que só o escritor pode ter e só o poeta pode transmitir com tanta sensibilidade. Agora é comprar o livro, ler, e esperar que, um dia, você venha autografar por aqui. Parabéns, Ra
[Sobre "Ao leitor, com estima e admiração"]
por
R Almeida
5/6/2008 às
09h26
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Generalizações....
Daniel! Apenas para finalizar, comentei sobre as generalizações, porque entristeceu-me ver você cometer esse peculiar erro! Primeiro, identificou alguém que te abordou de forma ingênua/babaca, nacionalista, como sendo alguém do ME (movimento estudantil); segundo, imaginou a leitura desses militantes. Digo-te, meu amigo, que ao entrar para o ME, coisa do Século Passado, fui, primeiramente, apresentado a uma pauta de leitura, que não era, de modo algum, nacionalista. Os grandes líderes, e alguns militantes de base, que conheci, à época, eram grandes intelectuais, com uma formação cultural universalista e humanista. Sempre me recomendaram a boa literatura, que, tirando um ou outro, sempre é formada por uma lista mais ou menos igual... De clássicos a populares... E, quem me fez gostar de literatura, dos nove aos doze anos, foi um cidadão chamado Samuel Langhorne Clemens, mais conhecido como Mark Twain! Abraços!
[Sobre "Não gostar de Machado"]
por
paulo vilmar
5/6/2008 à
00h47
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Coisa que dá pano pra manga
Dan, te digo que eu gosto do Machado, mas não me sinto evoluída intelectualmente por isso. Gosto, mas não o considero o melhor escritor brasileiro. Sou mais um Aluísio, um Augusto dos Anjos, um Dalton Trevisan, um Guimarães Rosa, dentre outros singularmente geniais para mim. Como educadora, vejo que é um erro curricular de nossas escolas privar culturalmente seus estudantes de terem acesso à literatura de outros países. Lembro que no 2º ano disse a minha professora de literatura que o Romantismo francês e alemão era muito mais vivo e empolgante; ou você não acha Vitor Hugo mil vezes melhor que o José de Alencar? E só um particular, aquele pequeno que te abordou com um livro do Alencar na mão com certeza devia ser um idiota, pois até onde eu sei, os grandes militantes do movimento estudantil devoram Orwell (conheci o autor através de discussões e debates promovidos pelo M.E), e de preferência em sua lingua materna, para evitar a dertupação das traduções.
[Sobre "Não gostar de Machado"]
por
Gerusa
4/6/2008 às
23h12
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Corajoso, você
Até que enfim alguém corajoso para falar abertamente contra essa onda de falsas vanguardas e falsos vanguardistas. Para mim, o verdadeiro vanguardista é aquele que, pelo seu labor dedicado à Arte, conseguiu produzir uma arte original e de qualidade. Eu apontaria, de imediato, dois artistas que não estão incluídos nas vanguardas oficiais mas produziram uma obra que tem uma personalidade única, que não é imitação de movimentos importados que despudoradamente se copia sem nenhuma crítica em nome da modernidade, para alimentar nossa condição infeliz de cultura colonizada pelo pior tipo de colonização que é a consentida e até desejada e estimulada (ao contrário da imposta pela força das armas), o que indica uma triste mentalidade submissa de escravo. Os dois artistas a que me referi acima são: o baiano Rubem Valentim e o pernambucano Francisco Brennand.
[Sobre "A arte contemporânea refém da insensatez"]
por
Fernando Torres
4/6/2008 às
23h05
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Julio Daio Borges
Editor
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