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Sexta-feira, 6/6/2008
Comentários
Leitores

Texto vivo e elegante
Excelente artigo. Linguagem viva, escorreita e elegante. Teria grande prazer em continuar a leitura. E fica-se com vontade de comprar o livro. Parabéns !

[Sobre "Festival da Mantiqueira"]

por A. Faria
6/6/2008 às
08h14

Sempre odiei Machado de Assis
Daniel, adorei seu texto! Sempre odiei Machado de Assis (e também José de Alencar, claro) e sou sempre criticada por isso. E o pior é ser criticada por pessoas que nem sequer têm o hábito de ler (refiro-me à literatura, claro!). Aliás, em meu ensino médio, eu sempre me perguntava porque os autores estrangeiros eram melhores que os nacionais (e eu odiava essa idéia). Só depois eu descobri que existem autores nacionais ótimos. E eu não devo isso à escola...

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Carolina Costa
6/6/2008 às
07h33

O camarote do Mago
Muito bom saber que num país de espírito predominantemente inculto chega para o Vale do Paraíba uma importante expressão cultural em sua melhor forma. Não que se possa pensar em São José dos Campos como algo rural, vez que aquela cidade é imensa e muito mais desenvolvida que a média nacional, porém, digamos que nosso povo não seja do mais afortunado em ter tais oportunidades. É o que se observa quando Morais relata a reação da mãe de Paulo Coelho ao ter acesso ao sonho de seu filho. Acredito que o livro "O Mago" seja um sucesso de vendas, não só pelo carisma que muitos possuem em relação a biógrafo e biografado, mas também pelo segundo ser uma pessoa polêmica, sendo certo que muitos, após devorarem o livro, adotarão posições opostas, favoráveis e desfavoráveis, seja pela fé, seja pelas crenças. Com certeza haverá um "rebuliço" cultural, cabe-nos aguardar e assistir de camarote.

[Sobre "Festival da Mantiqueira"]

por Roberta Dib Chohfi
6/6/2008 às
05h53

E se ficar como está?
Não creio que exista alguém em Brasília tentando impor aos nossos infantes leituras goela a baixo. Falta discussão, e na falta, deixe-se tudo como está! É lógico que o estudo da literatura não deve ficar amordaçado aos nossos Machados e Josés! Caso contrário, vamos fazer nossas listinhas, pegar uma foice e partirmos para a briga. Não podemos, também, generalizar, achando que tudo é ruim. Temos ótimos escritores pátrios (escritores pátrios é ótimo) ou de outras plagas! Devemos é pensar no preparo dos professores, imagine "O mundo de Sofia", sendo apresentado por quem nada entende de filosofia, daria outro livro! A apresentação é necessária, mas o gosto pelos livros é algo individual, não pode-se obrigar ninguém a gostar. Abraços!

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por paulo vilmar
6/6/2008 à
01h43

Só gostei de Dom Casmurro
É muito bom saber que existem outras pessoas que não amam Machado de Assis. O único livro dele que gostei realmente foi "Dom Casmurro". Recentemente disseram-se que seria interessante se eu lesse os contos de Machado de Assis (interessante para melhorar e amadurecer a minha escrita), mas não consegui ir em frente. "Uns braços" é extremamente desanimador, assim com "A cartomante". Houve um do qual gostei, mas não lembro o título, sei que a história é de uma solteirona que passa o tempo a relembrar antigos amores...

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Gelsa Mara
5/6/2008 às
18h05

Machado, sim. Alencar, não!
Não sei o que faz um jovem do ensino médio gostar de literatura, seja nacional ou internacional, mas José de Alencar, com certeza vai fazer o estudante pular várias páginas e procurar um resumo para conseguir se dar bem na "ficha de leitura"! Também não sei se eu teria entendido (e gostado tanto de) George Orwell se o tivesse lido durante o ensino médio, mas tirem "Senhora" das mãos dos estudantes brasileiros e coloquem "A Revolução dos Bichos" ou "A Metamorfose" e a chance de eles se interessarem pela leitura aumentará muito! Quanto a Machado, eu gosto muito, mas concordo totalmente com o Daniel, quando ele diz que devemos evitar esse nacionalismo literário e valorizar o que é bom, seja da nossa cidade, seja de Marte!

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Juliana Dacoregio
5/6/2008 às
16h03

o que vem sendo feio agora
Sugiro ao Sr. Diogo Salles que freqëente mais os festivais que andam rolando por todo o país. Mas que não faça como metade dos jornalistas que vejo em festivais: conversando do lado de fora, na hora do show, e tomando todas o tempo todo. Assista os shows, compre os discos e ouça em casa. E, cara, não necessariamente o que foi feito anteriormente é melhor do que o que vem sendo feio agora, ou virá a ser... O tempo passa, as coisas mudam, as pessoas mudam... Ainda bem que nem o rock, nem a literatura, nem o cinema, e nem nada é igual era há 30 anos atrás... Ainda bem!!!

[Sobre "A indigência do rock e a volta dos dinossauros"]

por edimar filho
5/6/2008 às
15h31

Nem 8 nem 80 II - a missão
Acho que não dá pra ser tão radical. Arte não é matemática, assim não há como estipular que são x ou y bons escritores, a cada x ou y anos. Além disso, o conceito de "bom escritor" é relativo. Acho que há uma distinção a ser feita: o fato de um autor não ter seu trabalho reconhecido, seja através das vendas ou através das críticas, não significa que ele não tenha valor. Aliás, livros de auto-ajuda vendem muito bem e nem por isso têm qualidade excepcional (eu pessoalmente os acho insuportáveis, mas tem quem goste...). Continuando: Há autores que morreram sem ser reconhecidos (tiveram reconhecimento póstumo) - já pensou se não tivessem sido publicados? Há mesmo muita coisa ruim, mas com isso forma-se massa crítica para que textos de valor surjam... E qualquer autor tem o direito de achar o seu trabalho o máximo, e de tentar ser publicado, certo?

[Sobre "A saturação dos novos autores"]

por Flavia
5/6/2008 às
14h36

A culpa é do ensino curricular
Daniel, simplesmente fantástico o fato de você levantar essa questão. Concordemos ou não, discutir isso abertamente já é um ganho! Concordo com você em vários pontos, mas vejo como culpada a má-formação literária do brasileiro, fruto de um currículo escolar obrigatório e muito pouco arejado. Num país em que o ensino se pauta voltado apenas para o Vestibular, não há margem para crescimento intelectual de verdade. Do antigo ginásio para o colegial, o aluno sobre uma "descompressão" literária: acostumado a ter prazer com textos didaticamente adequados (como a famosa "Coleção Vaga-lume", da Ática), se vê diante de estruturas complexas e temáticas adultas, cuja identificação é forçada e a apreciação pouco natural... A leitura, quando deixa de ser uma jornada prazerosa e se torna pura obrigação acadêmica, assina seu atestado de óbito.

[Sobre "Não gostar de Machado"]

por Leonardo de Moraes
5/6/2008 às
13h36

Dêem-me um salva-vidas!
Temos um exemplo capital no texto acima e nos comentários que os seguem. Vejamos: 1) Um texto é escrito; 2) Há os que o detestam e 3) Há os que o adoram. É e será sempre assim. Que isso sirva de lição aos muitos letrados que fazem da sua subjetiva retórica o laço da própria forca. Pôr uma opinião assim, sem pé nem cabeça, Márcia, cria vínculos com o passado e passa a fazer parte de sua biografia. Sua opinião é digna de respeito, porém é limitada pela generalidade como você trata o corpus. E mais uma vez, criticar os Novos e generalizar... é um chover no molhado que não pára nunca!!! Até para (bem) escrever, em site ou blog, é preciso relevância. Se o seu problema são os Novos Escritores, o meu são eternos os críticos dos Novos, com seu pastiche interminável e o discurso "copia e cola", sem qualquer novidade ou corroboração lógica. Há os bons e há os ruins, ué (ou caralho, se você "prefere"... Um salva-vidas, por favor...

[Sobre "A saturação dos novos autores"]

por Albarus Andreos
5/6/2008 às
10h16

Julio Daio Borges
Editor

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